Ana Okada e Simone Harni
Clipping Educacional - Em São Paulo
O vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 foi avaliado pelo coordenador do curso Etapa, Carlos Eduardo Bindi, como uma "tragédia anunciada" há meses.
O vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 foi avaliado pelo coordenador do curso Etapa, Carlos Eduardo Bindi, como uma "tragédia anunciada" há meses.
Segundo o professor, "a tragédia só não foi mais brutal, porque ocorreu antes de o exame ser aplicado". "Houve um 'terremoto' e o tsunami só não foi tão grande, porque ninguém fez a prova", disse."
Em abril, quando tomaram a decisão de usar o Enem como vestibular de universidades federais, não havia a licitação pronta para aplicar a prova. Órgãos mais experientes de vestibular se recusaram a organizar o exame", avaliou.
Apenas o Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção) participou do processo licitatório. O consórcio é formado pela Consultec (Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos Ltda), pela Funrio (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência) e pelo Instituto Cetro (Instituto Nacional de Educação Cetro), com matrizes em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.
Experiência de processos de seleção
Apenas o Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção) participou do processo licitatório. O consórcio é formado pela Consultec (Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos Ltda), pela Funrio (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência) e pelo Instituto Cetro (Instituto Nacional de Educação Cetro), com matrizes em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.
Experiência de processos de seleção
Na opinião de Bindi, é um risco muito grande as faculdades colocarem a seleção nas mãos de terceiros. Segundo ele, os responsáveis por grandes processos seletivos costumam ser professores com história acadêmica de pesquisa e trabalho nas universidades.
"Essa prova talvez não tenha sido cuidada com todo o carinho que devia ter sido. Isso não pode acontecer. É um absurdo", opina.
Mais longe o vestibular unificadoPara o professor Luís Ricardo Arruda de Andrade, coordenador da unidade Tamandaré do cursinho Anglo, em São Paulo, o cancelamento do Enem adia também a ideia de transformar o exame no vestibular unificado das universidades federais: "É uma demonstração de que essa decisão é muito mais difícil do que se imagina, é um alerta para que eles [o MEC] não se apressem", diz. Para ele, as mudanças do Enem foram anunciadas precipitadamente. Andrade espera que a nova data do Enem não coincida com as datas dos grandes vestibulares, que estão previstos para serem aplicados em novembro, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) , em 8/11, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em 15/11 e a Fuvest, em 22/11. "O ideal é que a prova fosse marcada até o meio de outubro", afirma.
Mais longe o vestibular unificadoPara o professor Luís Ricardo Arruda de Andrade, coordenador da unidade Tamandaré do cursinho Anglo, em São Paulo, o cancelamento do Enem adia também a ideia de transformar o exame no vestibular unificado das universidades federais: "É uma demonstração de que essa decisão é muito mais difícil do que se imagina, é um alerta para que eles [o MEC] não se apressem", diz. Para ele, as mudanças do Enem foram anunciadas precipitadamente. Andrade espera que a nova data do Enem não coincida com as datas dos grandes vestibulares, que estão previstos para serem aplicados em novembro, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) , em 8/11, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em 15/11 e a Fuvest, em 22/11. "O ideal é que a prova fosse marcada até o meio de outubro", afirma.
Olá Sil...estou sempre por aqui....Sou sua nova seguidora,viu?
ResponderExcluirO ministro Haddad é um azarado
ResponderExcluirO novo Enem promete (ou prometia) revolucionar os abjetos vestibulares brasileiros. Em sua principal experiência probatória, entretanto, o misterioso vazamento da prova pode pôr tudo a perder.
Mas é muita urucubaca. Justo quando alguém está prestes a contrariar a bilionária indústria dos concursos, cursinhos e materiais didáticos, surgem suspeitas contra a gráfica da Folha de São Paulo, denunciadas pelo Estadão e recebidas de mandíbulas abertas pelos reitores das universidades estaduais paulistas, sob as críticas oportunistas do privatizador Paulo Renato Souza.
Com inimigos dessa monta, Fernando Haddad precisa tomar um belo banho de sal grosso. Mas uma boa investigação ajudaria muito também.