Adriana Ferraz
Clipping Educacional - do Agora
O conhecimento de ciências foi testado pela primeira vez no Saresp, e o resultado foi negativo: 82% dos alunos têm domínio insuficiente ou parcial dos conteúdos. O pior desempenho foi obtido entre os alunos do terceiro ano. Às vésperas do vestibular, 94,8% se mostraram despreparados, sendo que metade desses estudantes (49,8%) não sabe a matéria, obtendo conceito abaixo do básico.
No ensino médio, somente 5,2% do total apresenta notas boas ou ótimas (adequado ou avançado). Já 45% dos estudantes ficaram no nível básico. A prova, aplicada em 2008, avaliou o desempenho dos jovens em biologia, física e química.
Na lista de perguntas, temas como radiação, fecundidade, poluição e fontes energéticas. Matérias mais complexas, que exigem maior investimento na estrutura física para o ensino, como reconhece a própria Secretaria da Educação: "Precisamos avançar, principalmente na questão dos laboratórios e dos materiais oferecidos para o estudo", disse ontem a secretária Maria Helena de Castro, que deixa o cargo na próxima segunda, durante a apresentação das notas da prova. "Sabemos agora de que ponto partir. Conhecemos a realidade, o que nunca havia sido feito", completou.
Para o coordenador de física do colégio Bandeirantes, Heins Adalbert Hillermann, a dificuldade de aprendizagem das disciplinas está relacionada à deficiência em outras matérias. "Para que um aluno aprenda física, é preciso que tenha uma boa base de matemática e que seja bom na parte de interpretação de texto. Sem isso, muitas vezes não entende o enunciado", diz.
O mesmo problema pode ser detectado em química e biologia. "As questões envolvem gráficos, tabelas e equações que precisam ser compreendidos. É preciso habilidade para lidar com outras informações. É um trabalho de equipe [de várias disciplinas]", afirma Hillermann.
A baixa pontuação em matemática, por exemplo, comprova a tese. No 3º ano do ensino médio, apenas 0,4% dos estudantes teve o aproveitamento máximo nessa matéria, obtendo o conceito avançado. Em ciências, a situação é pior: 0,2%.
Média positiva
O teste de ciências também foi aplicado a alunos da 6ª e da 8ª série do ensino fundamental. O melhor desempenho é observado na primeira faixa, na qual 32% dos alunos alcançaram notas boas ao responder a perguntas sobre o funcionamento do organismo e o meio ambiente. Na 8ª série, o rendimento cai: 16,7% ficaram acima da média.
Não é possível saber a evolução dos estudantes, já que não houve avaliação de ciências no Saresp 2007 nem no Saeb (Sistema de Avaliação de Educação Básica), do governo federal.
Fonte: http://www.agora.uol.com.br
O conhecimento de ciências foi testado pela primeira vez no Saresp, e o resultado foi negativo: 82% dos alunos têm domínio insuficiente ou parcial dos conteúdos. O pior desempenho foi obtido entre os alunos do terceiro ano. Às vésperas do vestibular, 94,8% se mostraram despreparados, sendo que metade desses estudantes (49,8%) não sabe a matéria, obtendo conceito abaixo do básico.
No ensino médio, somente 5,2% do total apresenta notas boas ou ótimas (adequado ou avançado). Já 45% dos estudantes ficaram no nível básico. A prova, aplicada em 2008, avaliou o desempenho dos jovens em biologia, física e química.
Na lista de perguntas, temas como radiação, fecundidade, poluição e fontes energéticas. Matérias mais complexas, que exigem maior investimento na estrutura física para o ensino, como reconhece a própria Secretaria da Educação: "Precisamos avançar, principalmente na questão dos laboratórios e dos materiais oferecidos para o estudo", disse ontem a secretária Maria Helena de Castro, que deixa o cargo na próxima segunda, durante a apresentação das notas da prova. "Sabemos agora de que ponto partir. Conhecemos a realidade, o que nunca havia sido feito", completou.
Para o coordenador de física do colégio Bandeirantes, Heins Adalbert Hillermann, a dificuldade de aprendizagem das disciplinas está relacionada à deficiência em outras matérias. "Para que um aluno aprenda física, é preciso que tenha uma boa base de matemática e que seja bom na parte de interpretação de texto. Sem isso, muitas vezes não entende o enunciado", diz.
O mesmo problema pode ser detectado em química e biologia. "As questões envolvem gráficos, tabelas e equações que precisam ser compreendidos. É preciso habilidade para lidar com outras informações. É um trabalho de equipe [de várias disciplinas]", afirma Hillermann.
A baixa pontuação em matemática, por exemplo, comprova a tese. No 3º ano do ensino médio, apenas 0,4% dos estudantes teve o aproveitamento máximo nessa matéria, obtendo o conceito avançado. Em ciências, a situação é pior: 0,2%.
Média positiva
O teste de ciências também foi aplicado a alunos da 6ª e da 8ª série do ensino fundamental. O melhor desempenho é observado na primeira faixa, na qual 32% dos alunos alcançaram notas boas ao responder a perguntas sobre o funcionamento do organismo e o meio ambiente. Na 8ª série, o rendimento cai: 16,7% ficaram acima da média.
Não é possível saber a evolução dos estudantes, já que não houve avaliação de ciências no Saresp 2007 nem no Saeb (Sistema de Avaliação de Educação Básica), do governo federal.
Fonte: http://www.agora.uol.com.br
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