Juliana Coissi
Clipping Educacional - Folha de São Paulo (19.03.2009)Além do mapa com dois Paraguais, há falhas em grafias de nomes e expressões de inglês incorretas; erratas estão em site
Estado diz que são apenas 18 erros e que cada aluno receberá uma folha com as correções; 17 apostilas apresentam problemas
Além de criar dois Paraguais em um mapa de geografia da 6ª série da rede estadual, os cadernos do aluno distribuídos pela gestão José Serra (PSDB) contêm mais 25 páginas com erros. As falhas estão presentes em 17 apostilas distribuídas para alunos da 5ª à 7ª séries do ensino fundamental e para as três séries do ensino médio.
O material não será recolhido, ao contrário do que foi feito com os 500 mil livros de geografia com o mapa errado. Em vez disso, o Estado fará um "remendo": cada aluno receberá uma folha com as correções de todas as disciplinas de sua série em que há falhas e ele próprio fará a alteração.
A Secretaria de Estado da Educação diz que são 18 erros, incluindo o mapa com dois Paraguais, e que se trata de pequenas falhas de digitação.
A lista de erratas foi detectada pela Folha no próprio site da Secretaria de Estado da Educação. No levantamento feito pela reportagem, há 26 páginas com as correções já feitas - algumas tinham mais de um erro- em nove disciplinas.
São mapas trocados, expressões em inglês incorretas, erros de grafia de nomes e frases que foram alteradas. A reportagem comparou, então, as páginas revisadas com os cadernos já distribuídos aos estudantes de quatro escolas estaduais em Ribeirão Preto.
No caderno de artes da 7ª série, por exemplo, o nome do compositor Charles Gounod é grafado como "Goudnod". A expressão "in front of", no livro de inglês entregue para a 5ª série, é escrita erroneamente como "of front of". Em um texto de português do 1º ano do ensino médio, a questão pede para que o aluno crie um título para um texto de jornal. Porém, a notícia já trazia um título, o que foi suprimido na correção.
Em filosofia, o caderno para o 2º ano do ensino médio usa o termo imperativo "categórico" em vez de "hipotético".
Em química, a tabela para os alunos de 2º ano do ensino médio mostra a palavra "solubidade", em vez do correto, "solubilidade". Outro mapa de geografia, desta vez do 1º ano do ensino médio, estava trocado: o caderno trazia um mapa com destaque para o Brasil; não deveria haver país grifado.
Além dos mapas de geografia, os erros nos materiais didáticos distribuídos pelo governo paulista também aparecem nas apostilas de história dos estudantes da 6ª série. Em São José do Rio Preto e Araçatuba, o Caderno do Aluno para a matéria tem 14 de suas 40 páginas com conteúdo incorreto, que deveria constar nos cadernos para a 7ª série.
Não é só. Segundo professores e aluno, os cadernos da 7ª série também têm erros. "As matérias estão misturadas", disse um professor que não quis ser identificado. "É um festival de erratas destinadas para quase todas as disciplinas."
O erro foi causado por falha de encadernação. As páginas 3 a 8 do caderno da 6ª série, por exemplo, deveriam formar um capítulo sobre feudalismo, mas mostram capítulo sobre iluminismo destinado à série seguinte. O mesmo erro é constatado nas últimas oito páginas.
O problema com o material ocorre em pelo menos três escolas de Rio Preto e uma de Araçatuba. Na Oscar de Barros Serra Dória, de Rio Preto, o problema foi constatado em quatro salas com 40 alunos. Para contorná-lo, docentes passam o conteúdo na lousa para alunos copiarem.
Uma diretora disse que vai xerocar o conteúdo correto para distribuir aos alunos, mas afirmou não saber quantos alunos receberam as apostilas com erro. "Há professores que nem sabem que os conteúdos estão errados. As apostilas chegaram há uma ou duas semanas", comentou um professor de Araçatuba. Em Rio Preto, o erro foi descoberto há duas semanas.
Ontem a Secretaria de Estado da Educação informou que se trata de "problema pontual" que está sendo resolvido com a troca das apostilas. Segundo a assessoria, até ontem nenhum professor havia reclamado dos erros à secretaria.
Além de criar dois Paraguais em um mapa de geografia da 6ª série da rede estadual, os cadernos do aluno distribuídos pela gestão José Serra (PSDB) contêm mais 25 páginas com erros. As falhas estão presentes em 17 apostilas distribuídas para alunos da 5ª à 7ª séries do ensino fundamental e para as três séries do ensino médio.
O material não será recolhido, ao contrário do que foi feito com os 500 mil livros de geografia com o mapa errado. Em vez disso, o Estado fará um "remendo": cada aluno receberá uma folha com as correções de todas as disciplinas de sua série em que há falhas e ele próprio fará a alteração.
A Secretaria de Estado da Educação diz que são 18 erros, incluindo o mapa com dois Paraguais, e que se trata de pequenas falhas de digitação.
A lista de erratas foi detectada pela Folha no próprio site da Secretaria de Estado da Educação. No levantamento feito pela reportagem, há 26 páginas com as correções já feitas - algumas tinham mais de um erro- em nove disciplinas.
São mapas trocados, expressões em inglês incorretas, erros de grafia de nomes e frases que foram alteradas. A reportagem comparou, então, as páginas revisadas com os cadernos já distribuídos aos estudantes de quatro escolas estaduais em Ribeirão Preto.
No caderno de artes da 7ª série, por exemplo, o nome do compositor Charles Gounod é grafado como "Goudnod". A expressão "in front of", no livro de inglês entregue para a 5ª série, é escrita erroneamente como "of front of". Em um texto de português do 1º ano do ensino médio, a questão pede para que o aluno crie um título para um texto de jornal. Porém, a notícia já trazia um título, o que foi suprimido na correção.
Em filosofia, o caderno para o 2º ano do ensino médio usa o termo imperativo "categórico" em vez de "hipotético".
Em química, a tabela para os alunos de 2º ano do ensino médio mostra a palavra "solubidade", em vez do correto, "solubilidade". Outro mapa de geografia, desta vez do 1º ano do ensino médio, estava trocado: o caderno trazia um mapa com destaque para o Brasil; não deveria haver país grifado.
Além dos mapas de geografia, os erros nos materiais didáticos distribuídos pelo governo paulista também aparecem nas apostilas de história dos estudantes da 6ª série. Em São José do Rio Preto e Araçatuba, o Caderno do Aluno para a matéria tem 14 de suas 40 páginas com conteúdo incorreto, que deveria constar nos cadernos para a 7ª série.
Não é só. Segundo professores e aluno, os cadernos da 7ª série também têm erros. "As matérias estão misturadas", disse um professor que não quis ser identificado. "É um festival de erratas destinadas para quase todas as disciplinas."
O erro foi causado por falha de encadernação. As páginas 3 a 8 do caderno da 6ª série, por exemplo, deveriam formar um capítulo sobre feudalismo, mas mostram capítulo sobre iluminismo destinado à série seguinte. O mesmo erro é constatado nas últimas oito páginas.
O problema com o material ocorre em pelo menos três escolas de Rio Preto e uma de Araçatuba. Na Oscar de Barros Serra Dória, de Rio Preto, o problema foi constatado em quatro salas com 40 alunos. Para contorná-lo, docentes passam o conteúdo na lousa para alunos copiarem.
Uma diretora disse que vai xerocar o conteúdo correto para distribuir aos alunos, mas afirmou não saber quantos alunos receberam as apostilas com erro. "Há professores que nem sabem que os conteúdos estão errados. As apostilas chegaram há uma ou duas semanas", comentou um professor de Araçatuba. Em Rio Preto, o erro foi descoberto há duas semanas.
Ontem a Secretaria de Estado da Educação informou que se trata de "problema pontual" que está sendo resolvido com a troca das apostilas. Segundo a assessoria, até ontem nenhum professor havia reclamado dos erros à secretaria.
fonte:http://e-educador.com
"""ontem a Secretaria de Estado da Educação informou que se trata de "problema pontual" que está sendo resolvido com a troca das apostilas. Segundo a assessoria, até ontem nenhum professor havia reclamado dos erros à secretaria.""
ResponderExcluirAi é que mora o prerigo, nenhum professor se deu conta dos erros... a Secretaria deveria estar preocupada com este fato e não aladeando aos quatro ventos como se isto fosse razoavel.