FÁBIO TAKAHASHI
Clipping
Educacional - Folha de São Paulo
Escolha de unidades públicas
do Estado levará em conta notas baixas em exames e rotatividade de professores
Medida faz parte de um novo
pacote do governo para a educação; total de investimentos não foi divulgado
ainda
A gestão do governador Geraldo
Alckmin (PSDB) apresenta hoje um novo plano para tentar melhorar a educação
pública no Estado.
Uma das iniciativas será
intervir em 1.206 escolas com baixo desempenho e alta rotatividade de professores,
situadas em áreas carentes.
O número equivale a 25% das
cerca de 5.000 escolas estaduais paulistas.
Segundo o programa
"Educação-Compromisso de São Paulo", esses colégios deverão receber
mais recursos para reformas de instalações, para cursos de aprimoramento
voltados aos professores e para projetos especiais de recuperação dos alunos.
Um outro objetivo do programa
é aumentar a participação das famílias no ambiente escolar. Para isso, os
colégios deverão ser abertos no dia 5 de novembro a pais e estudantes a fim de
que deem sugestões de melhorias.
Mesclando medidas novas e
outras já em andamento, o programa como um todo visa, segundo representantes do
governo, colocar o Estado entre os 25 melhores sistemas do mundo até o ano de
2030.
Hoje, está na 53ª posição
entre 65, considerando uma simulação que apresenta São Paulo como um país no
Pisa (avaliação internacional).
SEM NÚMEROS
O programa terá de ser
custeado pelo próprio Orçamento da Educação. O valor total do investimento será
divulgado apenas em novembro.
A educação pública paulista
enfrenta dificuldades. Segundo dados oficiais, as notas do ensino médio e do 9º
ano do ensino fundamental tiveram queda na última avaliação geral, o Saresp.
Apenas o 5º ano melhorou. A
rede estadual representa mais de 80% das matrículas da educação básica
paulista.
Há cerca de quatro anos, o
Estado teve outro plano de educação, na gestão José Serra (PSDB), cujas metas
foram parcialmente atingidas.
ENSINO INTEGRAL
Em outra frente, de forma
experimental, 19 escolas de ensino médio terão ano que vem jornada ampliada, de
seis para oito horas, com atividades extras ligadas ao currículo regular. Além
disso, os professores receberão dinheiro extra para lecionarem apenas nesses
colégios. A ideia pode ser estendida no futuro.
Entre as ações previstas no
programa que já estão em andamento está a nova carreira do magistério e plano
de reajustes, que prevê aumento de 42,25% em quatro anos.
O plano que será lançado hoje
foi feito em parceria com institutos e fundações privadas e a consultoria
internacional McKinsey.
0 comentários:
Postar um comentário