FÁBIO TAKAHASHI/ANDRESSA TAFFAREL
Clipping Educacional - DE SÃO PAULO
Boas notas, mas condições de aulas totalmente distintas, é o que marca a lista das melhores escolas da capital paulista no Enem.
No ranking das 20 melhores estão o Etapa e o Bandeirantes com 51 e 44 alunos por turma de ensino médio, respectivamente.
Também estão o Centro Educacional Pioneiro e o colégio Batista Brasileiro, com, respectivamente, 19 e 23 alunos por classe.
O Santo Américo oferece 8,3 horas-aulas diárias; o instituto federal, 4,5. A lista refere-se aos melhores do Enem 2009 --o resultado por escola do exame do ano passado ainda não foi divulgado.
Para o professor José Augusto Dias, da Faculdade de Educação da USP, outros fatores influenciam as médias das escolas no Enem: número de alunos que fazem a prova, a qualidade do corpo docente e a direção do colégio.
"[Diferenças entre outros indicadores] Se tornam algo secundário nesse caso."
Silvia Colello, também professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que o Enem mostra o nível de aprendizagem dos alunos, mas mostra, por exemplo, se a escola tem condição de oferecer um tratamento individualizado aos estudantes.
"Não podemos dizer que um baixo número de estudantes em uma sala de aula garanta o sucesso do ensino", afirmou Colello.
"Mas é certo que, em classes menos numerosas, o professor tem melhores condições para acompanhar o aluno e ainda para promover dinâmicas de trabalho mais dialogadas e interativas."
REPROVAÇÃO
Entre os melhores colégios no Enem, também há grandes diferenças nas taxas de reprovação. No Centro Educacional Pioneiro, é de 0%. No Etapa, de 0,7%.
Já no Colégio Albert Sabin e no Santo Américo são, respectivamente, de 9% e 7%.
Há uma uniformidade maior, porém, em relação ao tipo de estabelecimento dos colégios com as melhores notas no exame: entre os 40 primeiros, 38 são privados.
Os dois públicos, um federal e um estadual, são instituições de ensino técnico.
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