quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Justiça agora proíbe MEC de divulgar gabarito do Enem

LARISSA GUIMARÃES
Clipping Educacional - DE BRASÍLIA
Decisão ocorre um dia após juíza suspender exames por relatos de falhas
AGU irá apresentar explicações e poderá recorrer; alunos de PE relataram que redação vazou, diz professor
Um dia depois de suspender o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em todo país, o Ministério da Educação sofreu outra derrota: a Justiça Federal do Ceará proibiu a divulgação do gabarito das provas aplicadas no último fim de semana.
Também ontem multiplicaram-se as queixas de estudantes contra falhas na prova. Além disso, professores de Petrolina relataram um suposto vazamento do tema da redação -a Polícia Federal foi acionada, mas o MEC nega a hipótese de vazamento.
Com a decisão de ontem da Justiça, o MEC também ficou proibido de disponibilizar o formulário para os alunos que responderam incorretamente o gabarito, que estava com o cabeçalho invertido. O acesso ao formulário seria aberto hoje.
"A eventual divulgação do gabarito poderá acarretar acirrados ânimos entre os candidatos eventualmente aprovados e aqueles que não obtiveram resultado exitoso", justificou a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal.
Em sua decisão, ela considerou que as falhas do Enem "se operaram contra todos", afirmando que houve transgressão das normas do edital.
Os problemas foram maiores no primeiro dia de prova, sábado, quando parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Havia erro também no cabeçalho da folha de respostas.
Houve ainda outros problemas, como uso de celular durante a prova e liberação de lápis e relógio (itens proibidos) em parte das salas.

RECURSO
Ontem, ficou decidido que o MEC encaminhará até segunda-feira um pedido de reconsideração à juíza e ao TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região).
O agravo terá dois efeitos: pede que o tribunal casse a decisão ou que a juíza reconsidere a questão.
Se a medida não der certo, a União entrará com pedido de suspensão de liminar, outro tipo de recurso.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, disse que os cerca de 2.000 estudantes prejudicados por conta de erros de impressão na prova de sábado têm direito de fazer nova avaliação, com o mesmo grau de dificuldade da anterior.
"A decisão de refazer a prova [inteira do último fim de semana] representa prejuízo claro" aos 3,4 milhões de estudantes, disse.
Ontem, o ministro Fernando Haddad (Educação) voltou a dizer que não há necessidade de aplicar a prova de sábado a todos os alunos.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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