sábado, 30 de outubro de 2010

Objetivo é unir ensino e diversão

LUCIANO GRÜDTNER BURATTO
Clipping Educacional - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Novas ferramentas integram pedagogia e tecnologia, mas seu uso ainda não é acessível a todos
Estudantes do colégio Dante Alighieri, que usam laptop em aulas organizadas em pequenos grupos e dois professores
O burburinho domina a sala de aula. Em netbooks, alunos do primeiro ano do ensino fundamental comandam animais em uma floresta virtual e compartilham suas descobertas com colegas e com a professora.
Ao final da brincadeira, narram em redações as peripécias de seus bichos preferidos. Os textos, depois reunidos em um livro, serão lançados na escola, com direito a noite de autógrafos.
A atividade de redação em um colégio da capital paulista, descrita acima, ilustra como tecnologia e pedagogia podem ser integradas a fim de tornar o ensino mais efetivo e divertido.
Além de computador e internet, tecnologias mais recentes, como lousas digitais, estão mudando as feições da velha sala de aula, resquício da Revolução Industrial em um mundo pós-industrial.
Algumas instituições chegam a investir 4% de seu orçamento em tecnologia, valor repassado para os pais na cobrança da mensalidade.

DESAFIOS
Esses avanços impõem dois grandes desafios para a educação brasileira: a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de professores para seu correto uso.
O caminho é longo, e novidades como votadores, mesas digitais, realidade aumentada e aulas em 3D ainda estão em grande parte restritas às instituições de ensino fundamental e médio da rede particular e às faculdades.
Segundo o último censo do Ministério da Educação, apenas 49% das escolas públicas de ensino fundamental possuem computadores e só 33% têm acesso à internet. No ensino médio a situação melhora: 97% têm micros e 89% estão conectadas.
O uso de computadores e de novos recursos não se traduz em melhoria automática na educação -e isso vale do ensino infantil à universidade, dizem especialistas.
É preciso ter um professor preparado para usar as novas ferramentas, que incluem sistemas integrados de informática, que unem aulas preparadas por todos os docentes, e até corretores automáticos de testes.
A Folha conversou com pesquisadores e produtores de tecnologia e consultou 32 instituições de ensino. O resultado é um panorama da tecnologia educacional no Brasil e como ela pode ser usada para atrair o "tecnoaluno" que está chegando às salas de aula.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/

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