segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vitrine do governo Lula, escolas técnicas têm infraestrutura precária e escassez de recursos

Roberto Maltchik
Clipping Educacional - Jornal O Globo
BRASÍLIA - Celebrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos programas educacionais mais bem-sucedidos de sua gestão, a expansão do ensino profissional ainda não foi capaz de resolver problemas crônicos de infraestrutura nas escolas técnicas do país. Sem contar a disparidade entre o dinheiro investido em obras e o aplicado na formação de docentes: desde 2008, o governo já destinou R$ 1,1 bilhão para levantar prédios e construir laboratórios, mas empenhou apenas R$ 44 milhões na qualificação de profissionais.
Entre 2003 até o final de 2010, o número de escolas técnicas saltará de 141 para 354. Já as matrículas na rede federal quase dobraram e passaram de 113.639 para 219.982, entre 2003 e 2009. Os institutos federais adotaram como prioridade integrar o conhecimento técnico ao ensino médio, além de incentivar jovens e adultos, que completaram apenas o ensino fundamental, a procurarem vagas nos cursos profissionalizantes.
Você conhece alguma escola nessa situação? Conte aqui
Depois da visita do presidente Lula ao Instituto Federal em Planaltina, a 35 quilômetros de Brasília, em fevereiro de 2009, os 498 alunos comemoraram a promessa de novas instalações e a ampliação dos centros de treinamento, voltados para a prática agropecuária. A reforma dos alojamentos, que abrigam 160 jovens, era uma das prioridades dos estudantes.
Em março deste ano, o novo alojamento estava pronto. Menos de dois meses depois, o prédio rachou, e foi condenado pelos engenheiros. De volta à casa antiga, com chuveiros quebrados e camas em péssimo estado de conservação, os alunos não sabiam que estiveram expostos ao risco de uma tragédia. O prédio, além de inacabado, está sob suspeita de ter sido construído sem concreto armado. Na semana passada, O GLOBO esteve no prédio e encontrou pedreiros trabalhando na reforma. Os alunos reclamaram das péssimas condições das instalações.
- Logo depois que a gente chegou, o prédio começou a rachar. Tivemos que voltar às pressas para esse alojamento aqui. É essa situação que vocês estão vendo. Os professores melhoraram, mas a estrutura continua péssima. Pelo que nos prometeram, a melhoria foi mínima ---- relata Marcos Moreira, 18 anos, aluno do 3º ano do curso de técnico agropecuário, integrado ao ensino médio
fonte: http://oglobo.globo.com/

0 comentários:

Postar um comentário