quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Conselho de Classe aprova aluno com nota baixa e pai se revolta no Paraná

Clipping Educacional - Portal RPC
CURITIBA - O pai de um estudante do ensino médio em uma escola estadual de Londrina, no Paraná, denunciou a "aprovação irregular" do filho. Segundo ele, o aluno não tinha notas para passar de ano, mas foi aprovado por Conselho de Classe. O adolescente, que não teve o nome divulgado, tirou nota 38 em física, 26 em matemática e 35 em geografia.
- Umas notas como essas não era para passar de ano, mas para reprovar - disse Claudemiro Nobre, pai do aluno, em entrevista ao PRTV 1ª Edição.
O pai perdeu o sono com a nota dos dois filhos, que estão no ensino médio e passaram de ano, apesar da dificuldade de atingirem a média 60 nas escolas estaduais. A análise do boletim revelou que, para atingi-la, ainda faltavam 92 pontos em física, 93 em matemática e 72 em geografia.
- Acho que no terceiro bimestre ele já estava reprovado - revelou o pai.
A aprovação dos estudantes foi feita no Conselho de Classe, que decide o futuro dos alunos que estão com notas baixas e prestes a reprovar.
- Isso serve de incentivo para outros alunos. Muitos alunos devem deixar de estudar porque já sabem que vão passar de ano - afirmou.
A secretaria estadual de Educação negou orientação para aprovação de alunos e disse que deve investigar o caso. A chefe do Núcleo Regional de Ensino, Márcia Lopes, garante que não há orientação para que os professores passem os alunos de ano.
- O conselho é soberano. Quando a criança vai para o conselho de classe, é para que a escola faça uma análise do aluno. A secretaria estadual de educação não trabalha com aprovação automática - afirmou Márcia, em entrevista ao PRTV 1ª Edição.
Embora o Núcleo garanta não haver esse tipo de situação, há dentro das escolas pessoas que dizem justamente o contrário: o Conselho de Classe serviria para empurrar alunos sem condições de avançar nos estudos.
Um professor, que dá aula em escolas estaduais há oito anos e não quis se identificar, afirmou que sempre recebe as mesmas orientações.
- Tem que dar nota para o aluno, tem que empurrar o aluno, porque se segurar, não vai adiantar anda. Alguns diretores disseram que a vida ensina - disse.
Segundo a secretaria estadual de educação, a análise do conselho de classe depende de cada caso e contexto, já que a história do aluno deve ser analisada especificamente. A superintendente da secretaria estadual de Educação, Alayde Digiovanni, afirmou que o caso relatado pelo pai em Londrina deve ser investigado.
- Não há orientação de aprovação automática e não podemos deixar que a vida dê conta do aluno. Quem tem que dar conta somos nós. Se for o caso, podemos abrir processos administrativos - disse.
Fonte: http://oglobo.globo.com

3 comentários:

  1. Achei muito justa a preocupação desse pai,pois realmente a escola aprova alunos sem condições,atendendo a apelos de direção,supervisão de leis que protege os estudantes e deixam o professores desmoralizado perante a classe,quando tem que aprovar alunos que não estudaram durante o ano todo chegam no final do ano recebem nota de graça.A vida não nos dá segunda chance e nem aceita no mercado de trabalho pessoas mal preparadas.Para que a escola prepara?

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  2. Esta é realmente a realidade em nossas escolas por todo o Brasil. Profissionais despreparados (não por culpa deles),escolas sem recursos pedagógicos,culpo um sistema de ensino vindo de cima para baixo, que só sabe cobrar, cobrar formulas de trabalhos e resultados sem querer saber a realidade da escola. Somos obrigados a cumprir para amostragem de dados estatísticos. Realmente para que a escola prepara?
    Para desmotivação coletiva dos profissionais da educação em todos os aspectos e para fazer propagandas lindas de uma educação perfeita, familia, com todas as dificuldades perfeita, feliz, blabla, blabla, participativa.Na verdade o Brasil está com fome de uma educação adequada para ralidade da comunidade onde a escola está localizada. Saiam das scretarias, das superintendências, de casa e venham conhecer as verdadeiras condições de trabalhos dos profissionais da educação brasileira no dia a dia e do aluno. Vocês precisam saber que aluno não é só nota (quantitativo),mas um somatório de desenvolvimentos e conhecimentos(HABILIDADES E COMPETÊNCIAS)qualitativo, que são avaliados no Conselho de Classe que tem uma perspectiva e trabalho de recuperação do aluno para o ano seguinte. Precisamos ver é a necessidade da continuidade da escola para o aluno especial. Este aluno requer profissionais qualifiucados e preparados para o desenvolvimento de cada caso, é muito bonito dizer que o aluno especial está em escola regular e não esclarecer que o o profissional não foi e não está preparado para receber este aluno.

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  3. Realmente eu concordo com este pai que esta revoltado com a aprovaçao de seus filhos,pois no futuro que profissional vai competir em um mercado de trabalho cada vez mais esigente. Sem contar que o governo cada vez mais cobra dos professores, Mas esquece de impor cobranças tambem aos alunos que vem para a escola sem enteresse algum .
    E se o professor cobra dele, simplesmente responde fazer para que se no final do ano os professores me aprovam mesmo eu nao tendo feito nada. Sao alunos sem visão de dever que todos os dias os professores se deparam em suas salas, e que não sabem mais o que fazer para controla-los.
    , isto sem contar com a falta de respeito , que muitas vezes leva os proficionais da educaçao a se ausenterem de seu trabalho.
    Na minha opiniao esta faltando um pouco mais de regras para que os alunos no minimo colabore com o professor, para que ,apartir dai se consiga verdadeiramente uma melhora na educaçao escolar de nossas crianças.Que como dizem são o futuro do país.
    Como professora já sofri varias discriminações por parte de alunos. Que a melhora tem que ser geral e não sobrecarregar somente os profissionas. Educação é a meu ver um termo muito
    complexo e precisa ser penssado em todos os aspectos. A começar por não permitir que alunos sejam aprovados mesmo não tendo nota. E pararem de pedirem aos professores que aprovem o menor numero de alunos , para que as escolas não sejam
    comprometidas em sua avaliação.

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