Fábio Takahashi
Clipping Educacional - Folha de São Paulo (01.12.2009)
Secretaria da Educação de SP publica relação de 15 escolas da rede estadual onde aplicação do exame está sob suspeita
Secretário Paulo Renato Souza diz que problemas são pontuais; dirigente da Apeoesp afirma que "todo o processo está em xeque"
A Secretaria de Estado da Educação anunciou que vai apurar denúncias de fraudes no Saresp, prova que avalia os alunos da rede e serve de base para pagamento de bônus a professores. Está sob suspeita a aplicação do exame em 15 escolas.
Professores e dirigentes ganham gratificação em dinheiro caso sua escola melhore no exame. Fizeram a avaliação, no mês passado, 2,5 milhões de alunos, em 8.759 colégios.
A gestão José Serra (PSDB) diz que os problemas são pontuais e que, onde houver comprovação de fraude, o resultado da unidade será anulado e passará a valer a média da região para o pagamento de bônus.
Segundo as denúncias, pacotes com provas chegaram com exemplares a menos em alguns colégios. A suspeita é que cadernos tenham sido extraviados e divulgados antes do teste.
Já na escola Benedito Aparecido Tavares, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), há a denúncia de que professores ajudaram os alunos a resolver as questões. O caso foi divulgado pela revista "Época", que relatou problema na distribuição dos aplicadores, que deram o exame para as unidades onde lecionam. A regra determina que o exame seja aplicado por docentes de outras escolas.
A relação das 15 escolas foi divulgada no "Diário Oficial" do Estado do último sábado. A primeira apuração será feita pelas diretorias de ensino. Se for comprovada a fraude, o caso será enviado à polícia. "Se o professor passou cola aos alunos, ele será processado. É uma fraude", disse o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.
Crítica ao sistema
Os casos divulgados "colocam em dúvida todo o processo", afirma a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha. "Como garantir que não houve outras fraudes? Não concordamos com a política de bônus por desempenho, mas, se tem, que seja bem feita", disse.
Segundo o secretário, o sistema não está em xeque porque há poucas denúncias em relação ao número de provas (26 para cada série) e de escolas. "Só seria o caso de pensar em anulação geral se vazassem todos os cadernos", afirmou.
Educadores divergem sobre o uso de exames como base para remunerar professores -para alguns, é o melhor método para avaliar o mérito do docente; para outros, ao colocar essa carga na prova, a avaliação educacional fica prejudicada por estar mais suscetível a fraudes.
A suspeita de irregularidades na sua aplicação não foi o único problema do Saresp deste ano. A prova foi adiada por uma semana, pois a empresa contratada (Caed) não conseguiu imprimir e distribuir o exame a tempo. Além disso, parte dos alunos recebeu provas em que a folha de respostas não era compatível com o caderno de perguntas -numa questão do ensino médio faltou uma figura.
Outro problema em exames educacionais neste ano ocorreu no Enem, do governo federal. A prova vazou, e o Ministério da Educação teve de adiá-lo.
Fonte:http://e-educador.com
Secretaria da Educação de SP publica relação de 15 escolas da rede estadual onde aplicação do exame está sob suspeita
Secretário Paulo Renato Souza diz que problemas são pontuais; dirigente da Apeoesp afirma que "todo o processo está em xeque"
A Secretaria de Estado da Educação anunciou que vai apurar denúncias de fraudes no Saresp, prova que avalia os alunos da rede e serve de base para pagamento de bônus a professores. Está sob suspeita a aplicação do exame em 15 escolas.
Professores e dirigentes ganham gratificação em dinheiro caso sua escola melhore no exame. Fizeram a avaliação, no mês passado, 2,5 milhões de alunos, em 8.759 colégios.
A gestão José Serra (PSDB) diz que os problemas são pontuais e que, onde houver comprovação de fraude, o resultado da unidade será anulado e passará a valer a média da região para o pagamento de bônus.
Segundo as denúncias, pacotes com provas chegaram com exemplares a menos em alguns colégios. A suspeita é que cadernos tenham sido extraviados e divulgados antes do teste.
Já na escola Benedito Aparecido Tavares, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), há a denúncia de que professores ajudaram os alunos a resolver as questões. O caso foi divulgado pela revista "Época", que relatou problema na distribuição dos aplicadores, que deram o exame para as unidades onde lecionam. A regra determina que o exame seja aplicado por docentes de outras escolas.
A relação das 15 escolas foi divulgada no "Diário Oficial" do Estado do último sábado. A primeira apuração será feita pelas diretorias de ensino. Se for comprovada a fraude, o caso será enviado à polícia. "Se o professor passou cola aos alunos, ele será processado. É uma fraude", disse o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.
Crítica ao sistema
Os casos divulgados "colocam em dúvida todo o processo", afirma a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha. "Como garantir que não houve outras fraudes? Não concordamos com a política de bônus por desempenho, mas, se tem, que seja bem feita", disse.
Segundo o secretário, o sistema não está em xeque porque há poucas denúncias em relação ao número de provas (26 para cada série) e de escolas. "Só seria o caso de pensar em anulação geral se vazassem todos os cadernos", afirmou.
Educadores divergem sobre o uso de exames como base para remunerar professores -para alguns, é o melhor método para avaliar o mérito do docente; para outros, ao colocar essa carga na prova, a avaliação educacional fica prejudicada por estar mais suscetível a fraudes.
A suspeita de irregularidades na sua aplicação não foi o único problema do Saresp deste ano. A prova foi adiada por uma semana, pois a empresa contratada (Caed) não conseguiu imprimir e distribuir o exame a tempo. Além disso, parte dos alunos recebeu provas em que a folha de respostas não era compatível com o caderno de perguntas -numa questão do ensino médio faltou uma figura.
Outro problema em exames educacionais neste ano ocorreu no Enem, do governo federal. A prova vazou, e o Ministério da Educação teve de adiá-lo.
Fonte:http://e-educador.com
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