Clipping Educacional - AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Ministro da Educação entre 1995 e 2002 - sua gestão criou o Enem - e atual secretário de Estado da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza acredita que a inexperiência do consórcio que aplicaria a prova deste ano permitiu a falha de segurança e o vazamento. "Problemas de logística vinham acontecendo. Começaram a chegar casos de alunos de classe média de tal bairro que teriam de fazer a prova em favelas", conta. "No meio de falhas assim, a segurança foi mais uma falha, grave, no esquema de logística." Para Paulo Renato, com a adoção do Enem nos critérios de seleção dos vestibulares das universidades federais "a prova passou a ter um valor econômico e social muito importante, aumentando a tentação da fraude".
SÃO PAULO - Ministro da Educação entre 1995 e 2002 - sua gestão criou o Enem - e atual secretário de Estado da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza acredita que a inexperiência do consórcio que aplicaria a prova deste ano permitiu a falha de segurança e o vazamento. "Problemas de logística vinham acontecendo. Começaram a chegar casos de alunos de classe média de tal bairro que teriam de fazer a prova em favelas", conta. "No meio de falhas assim, a segurança foi mais uma falha, grave, no esquema de logística." Para Paulo Renato, com a adoção do Enem nos critérios de seleção dos vestibulares das universidades federais "a prova passou a ter um valor econômico e social muito importante, aumentando a tentação da fraude".
Maria Helena Guimarães, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo e diretora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na gestão de Paulo Renato no ministério, também atribui ao caráter de processo seletivo do novo Enem os maiores riscos de vazamento. "O risco e a complexidade de aplicar uma prova assim não se devem tanto pelo tamanho e pela quantidade de estudantes inscritos, mas pela natureza dela, que mudou. Isso exige uma dinâmica e uma logística diferentes", afirma. "Fraude pode acontecer em qualquer processo e deve ser investigada pela polícia. Mas temos de lembrar que, no caso deste Enem, tudo foi muito atropelado, muito rápido", diz. Diretor do Colégio Etapa, o educador Carlos Bindi diz que tudo não passou de uma "catástrofe anunciada". "O que aconteceu era previsível. Uma prova de vestibular convencional envolve a vida acadêmica e a honra dos que participam da sua preparação", compara. "O Enem, não. Não existe a mesma obsessão com a segurança. Ninguém do MEC fica tomando conta da impressão, da distribuição. É uma decisão de gabinete.
"A educadora Maria Inês Fini, coordenadora do grupo de autores da prova do Enem desde sua criação, em 1998, até 2002, afirma que ficou "muito chateada" com a notícia. "Em meu tempo, adotávamos procedimentos diferentes. Não existia, por exemplo, uma cópia da prova no MEC. Apenas três pessoas, eu e outros dois consultores, conheciam a íntegra do exame", relata ela. Para o coordenador de Vestibular do Curso Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, havia "gente demais mexendo na coisa". "Mas recebi a notícia com espanto e incredulidade", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte:http://www.estadao.com.br
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