sábado, 3 de outubro de 2009

Empresa responsável por realização do Enem é alvo de 354 ações na Justiça, segundo jornal

Clipping Educacional - Redação com agências
A empresa FunRio, uma das integrantes do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), responsável pela realização do Enem, é alvo de 354 procedimentos jurídicos que tramitam na primeira instância da Justiça no Rio de Janeiro. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
A prova do Enem, que aconteceria neste fim de semana, foi cancelada na madrugada da última quinta-feira após o jornal "O Estado de S.Paulo" ter alertado o Ministério da Educação de que a prova tinha vazado.
Segundo a publicação, a maior parte dos processos da empresa FunRio se refere a mandados de segurança e antecipações de tutela em concursos, mas há, também, ações indenizatórias por danos morais e materiais.
O processo seletivo para o Corpo de Bombeiros do Rio, organizado pela empresa em 2008, é objeto de inquérito porque, segundo promotores, o Ministério Público recebeu reclamações de candidatos sobre o modo de aplicação da prova, a realização dos testes físicos e a clareza sobre os locais de aplicação das provas teóricas, entre outras queixas.
Procurado pelo jornal, o secretário executivo da Funrio, Azor José de Lima, disse que a maioria das 354 ações que a empresa responde na Justiça está relacionada a esse concurso do Corpo de Bombeiras. "Não temos nenhuma ação que quesione o vazemento da prova", afirmou ele.
MEC pode trocar organizador
O Ministério da Educação quer substituir o consórcio Connasel na organização do Enem. Na sexta-feira, em reunião do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) com representantes do consórcio, uma nova denúncia: coordenadores da prova em São Paulo ficariam com as provas em casa até o dia do exame.
Irritado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, determinou que sua equipe trabalhasse com um plano B. Entre as alternativas está a de o próprio Inep passar a organizar o sistema, amparado por outras instituições públicas, como Correios e Exército, que participariam da distribuição e segurança das provas. A equipe também busca empresas interessadas em assumir o papel.
A possibilidade de o Inep assumir a organização da prova está prevista no contrato com o consórcio. A cláusula 15 permite que, em determinados casos, o Inep tome o controle "no Estado e local em que se encontrar".
A data da prova, no entanto, ainda não está definida. O ministério confirmou que ela deve ocorrer no início de novembro, talvez na primeira quinzena, para evitar coincidência com a data de outros vestibulares.
A presidente do consórcio, Itana Marques Silva, não quis confirmar a nova falha na segurança detectada. Afirmou que o caso está sendo analisado pela polícia e que qualquer informação seria comunicada ao Inep. Ela limitou-se a dizer que, apesar do roubo da prova, não houve falha na segurança.
Fonte: http://educacao.ig.com.br

Um comentário:

  1. Pior é que a empresa que faz toda a segurança da Editora Plural, onde as provas do Enem foram impressas, foi trocada há pouco mais de um mês, segundo funcionários... Além disso, a PLURAL EDITORA E GRAFICA LTDA é um holding da família Frias, do Grupo Folha.

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