sábado, 15 de agosto de 2009

Capital terá aulas aos sábados

Bruno Ribeiro
Clipping Educacional- do Agora
A Prefeitura de São Paulo definiu ontem que as aulas perdidas por conta da gripe suína serão repostas aos sábados e nos dias de conselho de classe, que também foram transferidos para os sábados. A medida atinge 1,1 milhão de estudantes, que voltam à escola na segunda-feira.
Para completar os 200 dias letivos, os alunos terão de repor dez dias de aula. A volta às aulas, que deveria ter sido retomada no dia 3, foi adiada por conta do aumento de casos de gripe suína no Estado.
Na portaria que determinou a reposição dos dias perdidos, publicada ontem no "Diário Oficial" da Cidade, a prefeitura manteve a liberdade de cada escola escolher as datas para que as aulas extras aconteçam. No caso de creches, tanto as da rede própria quanto nas conveniadas, a prefeitura decidiu que as crianças terão aulas ininterruptas até o fim do ano (exceto nos feriados). Os conselhos de classe e outras atividades que deveriam provocar a suspensão das aulas durante a semana, serão transferidos para os sábados.
Professores e funcionários da rede estão obrigados a repor os dias em que ficaram em casa. Quem não comparecer às aulas de reposição terá o dia descontado do salário.
As escolas têm prazo até o próximo dia 28 para definir os ajustes no calendário letivo e enviá-los às diretorias de ensino da cidade. As diretorias vão analisar todos as propostas e terão de aprová-las. A ordem da prefeitura é que todos os alunos tenham 200 dias de aulas, ou 800 horas de ensino, até o fim do ano.
Rede estadual
A Secretaria de Estado da Educação disse que, na semana que vem, os diretores de ensino terão uma reunião para definir como será o calendário de reposição das aulas. A secretaria já havia dito, no meio da semana, que as escolas teriam autonomia para definir as datas --também com a opção de escolher os sábados, a exemplo do que vai acontecer na capital.
O sindicato das escolas particulares do Estado disse que as escolas também vão repor as aulas perdidas. A reposição será menor --a maioria dos colégios adiou em apenas uma semana o retorno às aulas. Cada escola definirá seu próprio plano.

Um comentário:

  1. Loyése disse:


    Existem várias irregularidades nas ações do governo em relação à gripe H1N1. Primeira irregularidade: O governo prolongou as férias com o argumento de que o período de inverno faz com que o vírus se espalhe com mais facilidade; porém, absurdamente reinicia as aulas ainda dentro do inverno e com um agravante, pois aumenta um dia na semana (sábado) e, se antes diminuiu o risco de contágio, agora aumentou essa possibilidade em mais um dia. Segunda irregularidade: O governo está infringindo a Lei 444/85 (Estatuto do Magistério do Estado de São Paulo) no seu artigo 91 que traz que as aulas suspensas por determinação superior são consideradas aulas dadas... Os professores que trabalharem aos sábados deverão fazê-lo de forma voluntária ou sob recebimento de horas extras!!! Terceira irregularidade: Como ficam os professores que frequentam cursos aos sábados?! Educação continuada, por exemplo (Pós Graduação)... O governo reclama que os professores não fazem cursos, no entanto tenta retirar o único dia que possibilita aos mesmos prosseguirem estudos!!! Quarta irregularidade: O governo alega que os 200 dias letivos têm que ser cumpridos, mas na época dos 180 a qualidade do ensino era melhor, ou seja, trocou qualidade por quantidade!!! Quinta irregularidade: Os sábados não resolverão a defasagem dos alunos, já que esta vem desde o início da vida escolar em função de políticas educacionais errôneas como a progressão continuada, salas superlotadas, baixos salários dos professores, ações desastrosas como, por exemplo, os erros na elaboração de materiais didáticos (palavrões, 2 Paraguais, Neoclassicismo no lugar de Neocolonialismo, Facismo no lugar de Fascismo e outras falhas)... Se o governo visitasse as escolas (em loco) perceberia, talvez, que copiar paradigmas de outros países e adaptá-los numa realidade como a do nosso Brasil não deu certo; pelo contrário, está trazendo graves consequências: ausência de limites, alunos desinteressados, professores doentes por não conseguirem exercer a profissão...

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