quarta-feira, 24 de junho de 2009

Violência afeta 42% das melhores escolas de SP, aponta pesquisa

Clipping Educacional - Da Agência Estado
Nas unidades com pior desempenho, seis em dez tiveram casos violentos.Desde o dia 1º, secretaria tem sistema de registro de ocorrências.
Quatro em cada dez escolas com melhor desempenho na rede paulista de ensino já registraram casos de violência. No grupo das unidades com piores notas, a proporção é mais alta: seis em dez tiveram episódios violentos.
Os números fazem parte do mais recente trabalho sobre violência nas escolas estaduais, apresentado na sede do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) pelo pesquisador Naercio Menezes Filho.
“Fazendo as regressões estatísticas e separando a influência de outros fatores, a violência tem um impacto significativo na proficiência (competência escolar)”, diz.
O problema é tido pela Secretaria Estadual da Educação como um dos principais da rede no Estado, que abriga cerca de 5,5 milhões de alunos em 5.300 unidades. “Não há dúvida de que há hoje uma invasão da violência externa nos muros das escolas”, diz o secretário adjunto, Guilherme Bueno.
Ele admite que o Estado ainda não conhece o problema “com precisão”. “Então, uma das medidas no Sistema de Proteção Escolar que montamos aqui foi criar um sistema de registro de ocorrências, que já está funcionando desde o dia 1º, para possamos ter informações e estatísticas, dados confiáveis para entender e dimensionar a questão”, diz.
Para Luiz Gonzaga de Oliveira, presidente do sindicato dos diretores do Estado (Udemo), a violência nas escolas acaba também refletindo em outros fatores, como a rotatividade dos profissionais. “Porque nas regiões mais violentas o diretor não fica”, diz. “Se a comunidade participar da vida escolar, será ela quem vai fazer a defesa contra a violência, externa e interna.”
Líder do sindicato dos professores (Apeoesp), Maria Izabel Noronha diz que a violência está ligada à perda de autoridade docente. “Tiraram a autoridade do professor. É necessária uma campanha para ele que volte a ser reconhecido.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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