Cento e treze unidades do Estado retomam regime após receberem críticas e até abaixo-assinado organizado por pais
Clipping Educacional - Folha de São Paulo
Juliana Coissi
Cento e treze escolas administradas pelo governo do Estado de SP que mantinham ensino integral voltaram ao regime de meio período. O ensino integral era uma das bandeiras de Geraldo Alckmin (PSDB). Na região de Ribeirão, pelo menos três escolas deixaram o período integral após sofrerem pressão de pais, alunos e professores e até de abaixo-assinados.
O programa em que o aluno ficava o dia todo na escola começou no Estado com 511 unidades. Dessas, 389 ainda mantém o ensino integral. Segundo a Apeoesp, entidade que representa os professores, o recuo se deu depois de reclamações de docentes, alunos e até pais, que começaram a transferir seus filhos para outras escolas.
Em Ribeirão Preto, três unidades haviam adotado o ensino integral em 2006. Neste ano, a escola Amélia dos Santos Musa, do Ipiranga, voltou a funcionar apenas em um período depois de um abaixo-assinado organizado pelos pais dos alunos.
"Fizeram um abaixo-assinado porque faltava tudo na escola. Na parte das oficinas, à tarde, não tinha um material diferenciado e os alunos estavam entediados, reclamando o tempo inteiro", disse a conselheira da Apeoesp Ana Amália Curtarelli, que dá aulas na Musa no período da manhã.
Um pai de um aluno, o microempresário Antônio Guilherme Mendonça, 38, aprovou a volta do meio período. "Meu filho falava que ficava o dia inteiro sem fazer nada e que não tinha material para todos", disse o pai, um dos que endossaram o abaixo-assinado.
O microempresário conta que tentou encontrar vagas para transferir o filho de 15 anos para outras escolas. "Elas disseram que já haviam recebido muitos alunos da Musa e que não iriam abrir mais vagas."
A dona de casa Márcia Gonçalves, 41, também aprovou a mudança. "Meu filho diz estar mais concentrado, que tem mais vontade de ir à escola."
Nem todos os pais concordam com o fim do ensino integral. É ocaso da dona de casa Helen Karin Gonçalves, 33. "Antes meus filhos ficavam o dia inteiro na escola. Facilita, porque é difícil encontrar vaga em cursos para eles, à tarde."
Os alunos têm opiniões divididas. "Preferia como no ano passado. Depois do meio-dia tinha gincana, informática", disse Marinalvo Figueiredo, 12. Já Jonathan Rodrigues, 15, reclamou que à tarde "só ficava dentro da sala de aula sem fazer nada diferente".
Além da Amélia dos Santos Musa, desistiram do ensino integral na região as escolas Mário Vieira Marcondes, de Barretos, e Maciel de Castro Junior, de São José da Bela Vista.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação disse que mantém 398 escolas de tempo integral e que a mudança ocorreu por opção dos pais.
O programa em que o aluno ficava o dia todo na escola começou no Estado com 511 unidades. Dessas, 389 ainda mantém o ensino integral. Segundo a Apeoesp, entidade que representa os professores, o recuo se deu depois de reclamações de docentes, alunos e até pais, que começaram a transferir seus filhos para outras escolas.
Em Ribeirão Preto, três unidades haviam adotado o ensino integral em 2006. Neste ano, a escola Amélia dos Santos Musa, do Ipiranga, voltou a funcionar apenas em um período depois de um abaixo-assinado organizado pelos pais dos alunos.
"Fizeram um abaixo-assinado porque faltava tudo na escola. Na parte das oficinas, à tarde, não tinha um material diferenciado e os alunos estavam entediados, reclamando o tempo inteiro", disse a conselheira da Apeoesp Ana Amália Curtarelli, que dá aulas na Musa no período da manhã.
Um pai de um aluno, o microempresário Antônio Guilherme Mendonça, 38, aprovou a volta do meio período. "Meu filho falava que ficava o dia inteiro sem fazer nada e que não tinha material para todos", disse o pai, um dos que endossaram o abaixo-assinado.
O microempresário conta que tentou encontrar vagas para transferir o filho de 15 anos para outras escolas. "Elas disseram que já haviam recebido muitos alunos da Musa e que não iriam abrir mais vagas."
A dona de casa Márcia Gonçalves, 41, também aprovou a mudança. "Meu filho diz estar mais concentrado, que tem mais vontade de ir à escola."
Nem todos os pais concordam com o fim do ensino integral. É ocaso da dona de casa Helen Karin Gonçalves, 33. "Antes meus filhos ficavam o dia inteiro na escola. Facilita, porque é difícil encontrar vaga em cursos para eles, à tarde."
Os alunos têm opiniões divididas. "Preferia como no ano passado. Depois do meio-dia tinha gincana, informática", disse Marinalvo Figueiredo, 12. Já Jonathan Rodrigues, 15, reclamou que à tarde "só ficava dentro da sala de aula sem fazer nada diferente".
Além da Amélia dos Santos Musa, desistiram do ensino integral na região as escolas Mário Vieira Marcondes, de Barretos, e Maciel de Castro Junior, de São José da Bela Vista.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação disse que mantém 398 escolas de tempo integral e que a mudança ocorreu por opção dos pais.
fonte:http://e-educador.com
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