Fábio Mazzitelli,
Clipping Educacional - Jornal da Tarde
Oficial foi destacado para trabalhar na sede da Secretaria da Educação para monitorar os casos Parte do plano de combate à violência nas escolas estaduais de São Paulo, um oficial da Polícia Militar foi destacado para trabalhar exclusivamente dentro da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, região central. A presença da PM na secretaria foi formalizada no início do ano, com a criação da Supervisão de Segurança, ligada diretamente ao gabinete do secretário Paulo Renato Souza. O trabalho do oficial, porém, começou efetivamente neste mês, com o início do registro online de ocorrências escolares. Segundo o secretário adjunto de educação, Guilherme Bueno, o oficial da PM tem entre as atribuições realizar um “trabalho de inteligência”, identificando gangues e pontos de tráfico ligados a alunos, e coordenar ações que possam exigir intervenções agudas. O PM, cujo nome não foi relevado pela Secretaria da Educação, é um capitão subordinado à Diretoria de Polícia Comunitária da corporação. Ele terá acesso ao registro online de ocorrências escolares e ao sistema de videomonitoramento que será instalado nos colégios estaduais da Grande São Paulo - a promessa é instalar no segundo semestre 11 mil câmeras em todas as 2.200 unidades de ensino da região metropolitana. “Como temos aqui um capitão da Polícia Militar totalmente destacado para trabalhar conosco, vamos poder mapear onde estão os problemas e saber que tipo de ação teremos tanto do lado de dentro como de fora dos muros”, diz o secretário adjunto Bueno. Nos últimos meses, a Polícia Militar tem sido chamada a intervir em situações de conflito em escolas estaduais, o que tem provocado reações violentas dos alunos, como ocorreu no mês passado na Antonio Firmino de Proença, na Mooca, zona leste, e ontem em uma escola de Osasco, na Grande São Paulo, onde houve tumulto, mas sem consequências.
Apesar do histórico, o secretário adjunto de educação defende que quase a totalidade dos episódios de violência dos colégios seja resolvida sem a necessidade da intervenção policial. Ontem, o JT informou que casos de violência atingem 42% das escolas com os melhores desempenhos no Saresp, exame de avaliação da rede. “Imagina-se que, em 99,9% dos casos, o diretor consiga resolver com os instrumentos que dispõe na escola. Obviamente, existem situações que fogem do controle. O que podemos fazer é ajudar a polícia com informações de dentro da escola. Vamos trabalhar juntos. Por isso, um capitão da PM especialista em ronda escolar e em policiamento comunitário vai fazer essa interface”, afirma Bueno. Para Elie Ghanem, professor da Faculdade de Educação da USP, a integração entre as pastas da educação e da segurança pública, em tese, é positiva. Mas o docente acredita ser fundamental levar o debate da violência ao público. “Todas as disciplinas (nas escolas) teriam que debater sobre as condições de segurança das populações com as quais lidam, dos ambientes em que trabalham. Debater junto aos estudantes e às famílias para que se possa formar uma compreensão mais consistente a respeito desse fenômeno desafiador. Não se pode deixar um assunto muito complexo na mão de um único serviço, que é o do policiamento”, diz Ghanem. “Se as pessoas que trabalham e estudam nas escolas e as famílias delas não conversarem entre si e entenderem as suas responsabilidades, pode haver uma perda de recursos com essas medidas”, afirma.
Oficial foi destacado para trabalhar na sede da Secretaria da Educação para monitorar os casos Parte do plano de combate à violência nas escolas estaduais de São Paulo, um oficial da Polícia Militar foi destacado para trabalhar exclusivamente dentro da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, região central. A presença da PM na secretaria foi formalizada no início do ano, com a criação da Supervisão de Segurança, ligada diretamente ao gabinete do secretário Paulo Renato Souza. O trabalho do oficial, porém, começou efetivamente neste mês, com o início do registro online de ocorrências escolares. Segundo o secretário adjunto de educação, Guilherme Bueno, o oficial da PM tem entre as atribuições realizar um “trabalho de inteligência”, identificando gangues e pontos de tráfico ligados a alunos, e coordenar ações que possam exigir intervenções agudas. O PM, cujo nome não foi relevado pela Secretaria da Educação, é um capitão subordinado à Diretoria de Polícia Comunitária da corporação. Ele terá acesso ao registro online de ocorrências escolares e ao sistema de videomonitoramento que será instalado nos colégios estaduais da Grande São Paulo - a promessa é instalar no segundo semestre 11 mil câmeras em todas as 2.200 unidades de ensino da região metropolitana. “Como temos aqui um capitão da Polícia Militar totalmente destacado para trabalhar conosco, vamos poder mapear onde estão os problemas e saber que tipo de ação teremos tanto do lado de dentro como de fora dos muros”, diz o secretário adjunto Bueno. Nos últimos meses, a Polícia Militar tem sido chamada a intervir em situações de conflito em escolas estaduais, o que tem provocado reações violentas dos alunos, como ocorreu no mês passado na Antonio Firmino de Proença, na Mooca, zona leste, e ontem em uma escola de Osasco, na Grande São Paulo, onde houve tumulto, mas sem consequências.
Apesar do histórico, o secretário adjunto de educação defende que quase a totalidade dos episódios de violência dos colégios seja resolvida sem a necessidade da intervenção policial. Ontem, o JT informou que casos de violência atingem 42% das escolas com os melhores desempenhos no Saresp, exame de avaliação da rede. “Imagina-se que, em 99,9% dos casos, o diretor consiga resolver com os instrumentos que dispõe na escola. Obviamente, existem situações que fogem do controle. O que podemos fazer é ajudar a polícia com informações de dentro da escola. Vamos trabalhar juntos. Por isso, um capitão da PM especialista em ronda escolar e em policiamento comunitário vai fazer essa interface”, afirma Bueno. Para Elie Ghanem, professor da Faculdade de Educação da USP, a integração entre as pastas da educação e da segurança pública, em tese, é positiva. Mas o docente acredita ser fundamental levar o debate da violência ao público. “Todas as disciplinas (nas escolas) teriam que debater sobre as condições de segurança das populações com as quais lidam, dos ambientes em que trabalham. Debater junto aos estudantes e às famílias para que se possa formar uma compreensão mais consistente a respeito desse fenômeno desafiador. Não se pode deixar um assunto muito complexo na mão de um único serviço, que é o do policiamento”, diz Ghanem. “Se as pessoas que trabalham e estudam nas escolas e as famílias delas não conversarem entre si e entenderem as suas responsabilidades, pode haver uma perda de recursos com essas medidas”, afirma.
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