sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ecstasy já chegou aos alunos do ensino médio

Fernanda Aranda
Clipping Educacional - Jornal da Tarde
O dado mais preocupante do relatório é o número de consumidores de ecstasy entre jovens estudantes do ensino médio, que seria de 3,4% dessa população em 2007. O crescimento do consumo e apreensão de drogas sintéticas colocou o Brasil na 22ª colocação entre os países que já apreenderam esse tipo de droga. É o único na América do Sul. Foram 210 mil comprimidos apreendidos em 2007. No ano passado, a Polícia Federal descobriu, no Paraná, o primeiro laboratório clandestino, o que revelou o início de uma produção local. A maior preocupação da ONU seria com os chamados “usuários problemáticos” - cerca de 18 a 38 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos. A evidência de que as drogas invadiram a vida dos jovens, incluindo os das classes sociais altas, não se restringe às chamadas “balas” consumidas nas baladas. Migrar das estatística de dependente para a de infrator não é um caminho raro de ser percorrido. Pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da USP avaliou 150 meninos da unidade da Fundação Casa de Ribeirão Preto, interior, e encontrou a relação: do total, 96,7% disseram ter experimentado maconha e 65,3% deles confirmaram o uso de cocaína. A história de Júlia (nome fictício), hoje com 19 anos, reúne esses dois lados. Ela, filha única e de classe média, já passou por três endereços diferentes em menos de quatro anos. A casa dos pais, na zona leste da capital, onde cresceu. Depois, quando deixou de fumar só maconha, passou para cocaína e acabou no crack, foi morar na Cracolândia, região central. “Caí então na besteira de roubar”. Júlia, hoje, está na Fundação Casa. “Sei que foram as drogas que me levaram ao fundo do poço. Só quando me livrei delas é que pude recomeçar a vida.”
Fonte:http://www.crmariocovas.sp.gov.br

0 comentários:

Postar um comentário