RAFAEL SAMPAIO
clipping Educacional - da Folha de S.Paulo
Ter graduação em licenciatura é indispensável para quem quer dar aulas no ensino infantil, fundamental ou médio, segundo professores.
"É quase impossível ser contratado na rede pública ou em escolas particulares, hoje, sem formação universitária. Isso inclusive é orientado por lei desde 1996 [Lei de Diretrizes e Bases]", diz a professora Iole de Freitas Druck, presidente da comissão interunidades dos cursos de licenciatura da USP.
Antigamente, para ser professor, bastava a formação de magistério (o chamado "curso normal"), equivalente ao ensino médio, com quatro anos de duração. "As escolas normais estão sendo extintas, após crescer a cobrança pelo diploma. No Estado de São Paulo, por exemplo, ninguém aceita só a formação de magistério", afirma Neide Noffs, professora de educação da PUC-SP.
Bruno Fernandes/Folha Imagem
Foi buscando o conteúdo e a formação de um curso universitário que Luciana Alves da Costa, 29, fez licenciatura em letras na USP
A duração da licenciatura é de no mínimo três anos. Ela forma professores em determinadas áreas do conhecimento (em geografia, por exemplo) e cobra disciplinas como didática e psicologia educacional.
Também é obrigatório fazer estágio em escolas e cumprir atividades práticas, como projetos de gestão em colégios.
Vestibulares
Os vestibulares para os cursos de licenciatura, em geral, são separados dos bacharelados, mas cada instituição de ensino tem uma regra. Na USP, o candidato a cursos de matemática e física deve optar por licenciatura ou bacharelado na hora da inscrição.
Já quem escolhe química só vai optar entre bacharelado ou licenciatura no terceiro ano do curso, após seguir disciplinas comuns às duas graduações.
No caso dos cursos dados pela FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), como história, quem optar por licenciatura tem obrigatoriamente que cursar o bacharelado (não é necessário fazer um segundo vestibular).
"A licenciatura exige formação integral, não pode ser vista como um "apêndice" do bacharelado", diz a professora Neide.
Antes de 2002, ano em que o Conselho Nacional de Educação lançou as diretrizes que reformularam as licenciaturas no país, era comum a situação de "apêndice". Muitas universidades davam diploma nas duas graduações com só quatro anos de curso, três de bacharelado e um de licenciatura.
"Os docentes eram formados com uma "pincelada" das aulas necessárias para a profissão, o que era ruim", ressalta Sabrina Moehlecke, professora de educação da UFRJ.
Foi buscando o conteúdo e a formação de um curso universitário que Luciana Alves da Costa, 29, fez licenciatura em letras na USP. Ela havia se formado no magistério em 1998.
"Acho que a profissão exige um olhar diferenciado e crítico, o que a universidade oferece." Hoje, Luciana é professora de literatura e gramática no colégio Oswald de Andrade, na zona oeste de São Paulo.
Ter graduação em licenciatura é indispensável para quem quer dar aulas no ensino infantil, fundamental ou médio, segundo professores.
"É quase impossível ser contratado na rede pública ou em escolas particulares, hoje, sem formação universitária. Isso inclusive é orientado por lei desde 1996 [Lei de Diretrizes e Bases]", diz a professora Iole de Freitas Druck, presidente da comissão interunidades dos cursos de licenciatura da USP.
Antigamente, para ser professor, bastava a formação de magistério (o chamado "curso normal"), equivalente ao ensino médio, com quatro anos de duração. "As escolas normais estão sendo extintas, após crescer a cobrança pelo diploma. No Estado de São Paulo, por exemplo, ninguém aceita só a formação de magistério", afirma Neide Noffs, professora de educação da PUC-SP.
Bruno Fernandes/Folha Imagem
Foi buscando o conteúdo e a formação de um curso universitário que Luciana Alves da Costa, 29, fez licenciatura em letras na USP
A duração da licenciatura é de no mínimo três anos. Ela forma professores em determinadas áreas do conhecimento (em geografia, por exemplo) e cobra disciplinas como didática e psicologia educacional.
Também é obrigatório fazer estágio em escolas e cumprir atividades práticas, como projetos de gestão em colégios.
Vestibulares
Os vestibulares para os cursos de licenciatura, em geral, são separados dos bacharelados, mas cada instituição de ensino tem uma regra. Na USP, o candidato a cursos de matemática e física deve optar por licenciatura ou bacharelado na hora da inscrição.
Já quem escolhe química só vai optar entre bacharelado ou licenciatura no terceiro ano do curso, após seguir disciplinas comuns às duas graduações.
No caso dos cursos dados pela FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), como história, quem optar por licenciatura tem obrigatoriamente que cursar o bacharelado (não é necessário fazer um segundo vestibular).
"A licenciatura exige formação integral, não pode ser vista como um "apêndice" do bacharelado", diz a professora Neide.
Antes de 2002, ano em que o Conselho Nacional de Educação lançou as diretrizes que reformularam as licenciaturas no país, era comum a situação de "apêndice". Muitas universidades davam diploma nas duas graduações com só quatro anos de curso, três de bacharelado e um de licenciatura.
"Os docentes eram formados com uma "pincelada" das aulas necessárias para a profissão, o que era ruim", ressalta Sabrina Moehlecke, professora de educação da UFRJ.
Foi buscando o conteúdo e a formação de um curso universitário que Luciana Alves da Costa, 29, fez licenciatura em letras na USP. Ela havia se formado no magistério em 1998.
"Acho que a profissão exige um olhar diferenciado e crítico, o que a universidade oferece." Hoje, Luciana é professora de literatura e gramática no colégio Oswald de Andrade, na zona oeste de São Paulo.
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