Tisa Moraes
Os professores e demais funcionários da rede estadual de ensino que cumpriram ao menos parcialmente as metas de desempenho da SEESP receberam ontem a bonificação pelo desempenho obtido
Clipping Educacional - Jornal da Cidade de Baurú (31.03.2009)
Conforme a pasta havia anunciado, o bônus poderia chegar a R$ 15 mil, mas foram poucos os professores beneficiados com valores relevantes.
A informação é da diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Bauru, Suzi da Silva. Segundo ela, nem metade dos quase 3 mil professores, diretores e funcionários que trabalham nas escolas estaduais de Bauru foram incluídos na lista do benefício.
"Quem recebeu alguma coisa, recebeu R$ 100,00, R$ 20,00, até R$ 10,00. E tinha gente esperando receber bem mais que isso", declara.
É este o caso da professora Carla Patrícia Juraci de Melos, que foi gratificada com R$ 22,06 pelo desempenho de sua escola no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp). "Já tinha pensado até em trocar de carro ou fazer uma viagem mas, com esse dinheiro, nem o ovo de Páscoa do meu filho vou conseguir comprar", lamenta.
Ainda ontem, a Apeoesp anunciou que pretende ajuizar uma ação coletiva para que os valores sejam reanalisados. Além de se posicionarem contra o bônus, os sindicalistas contestam a forma como ele está sendo aplicado.
Apontam, sobretudo, que o governo não poderia ter contabilizado ausências em licenças-prêmio ou em afastamentos por casamento ou morte de familiar como faltas a serem descontadas do valor a que tinham direito.
Aposentados
Também contestam a exclusão dos servidores aposentados, que não têm direito ao bônus por mérito, como a diretora aposentada bauruense Vera Lúcia Tamião. "É uma política que penaliza o professor e a escola em todos os sentidos. Somos obrigados a utilizar o material didático fornecido pela Secretaria, o que tira nossa autonomia de trabalho, e depois somos culpados por tudo o que não deu certo", afirma Suzi.
Consultada, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou que a bonificação, aplicada pela primeira vez pelo órgão, é proporcional à evolução de cada escola. Se as metas foram 100% alcançadas, todos os funcionários da escola receberam o total do bônus: 20% dos 12 salários mensais, ou seja, 2,4 salários mensais a mais.
Se a escola atingiu 50% de sua meta, seus funcionários recebem 50% do bônus - 1,2 salário mensal a mais, e assim por diante.
Da mesma forma, funcionários das escolas que superaram as metas pré-estabelecidas também receberam pelo resultado superior. Ao passar 20% do índice, por exemplo, os funcionários têm acréscimo de 20% ao bônus total.
Ainda de acordo com a Secretaria, 195.504 profissionais da rede estadual receberam o bônus, mas não informou a porcentagem de servidores a que este número se refere e nem quantos foram beneficiados com valores acima de R$ 1 mil.
fonte:http://e-educador.com
A informação é da diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Bauru, Suzi da Silva. Segundo ela, nem metade dos quase 3 mil professores, diretores e funcionários que trabalham nas escolas estaduais de Bauru foram incluídos na lista do benefício.
"Quem recebeu alguma coisa, recebeu R$ 100,00, R$ 20,00, até R$ 10,00. E tinha gente esperando receber bem mais que isso", declara.
É este o caso da professora Carla Patrícia Juraci de Melos, que foi gratificada com R$ 22,06 pelo desempenho de sua escola no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp). "Já tinha pensado até em trocar de carro ou fazer uma viagem mas, com esse dinheiro, nem o ovo de Páscoa do meu filho vou conseguir comprar", lamenta.
Ainda ontem, a Apeoesp anunciou que pretende ajuizar uma ação coletiva para que os valores sejam reanalisados. Além de se posicionarem contra o bônus, os sindicalistas contestam a forma como ele está sendo aplicado.
Apontam, sobretudo, que o governo não poderia ter contabilizado ausências em licenças-prêmio ou em afastamentos por casamento ou morte de familiar como faltas a serem descontadas do valor a que tinham direito.
Aposentados
Também contestam a exclusão dos servidores aposentados, que não têm direito ao bônus por mérito, como a diretora aposentada bauruense Vera Lúcia Tamião. "É uma política que penaliza o professor e a escola em todos os sentidos. Somos obrigados a utilizar o material didático fornecido pela Secretaria, o que tira nossa autonomia de trabalho, e depois somos culpados por tudo o que não deu certo", afirma Suzi.
Consultada, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou que a bonificação, aplicada pela primeira vez pelo órgão, é proporcional à evolução de cada escola. Se as metas foram 100% alcançadas, todos os funcionários da escola receberam o total do bônus: 20% dos 12 salários mensais, ou seja, 2,4 salários mensais a mais.
Se a escola atingiu 50% de sua meta, seus funcionários recebem 50% do bônus - 1,2 salário mensal a mais, e assim por diante.
Da mesma forma, funcionários das escolas que superaram as metas pré-estabelecidas também receberam pelo resultado superior. Ao passar 20% do índice, por exemplo, os funcionários têm acréscimo de 20% ao bônus total.
Ainda de acordo com a Secretaria, 195.504 profissionais da rede estadual receberam o bônus, mas não informou a porcentagem de servidores a que este número se refere e nem quantos foram beneficiados com valores acima de R$ 1 mil.
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