Jéssika Torrezan
Clipping Educacional - do Agora
A pior escola pública do Estado e a pior da Grande São Paulo têm muitos fatores em comum. Em nenhuma delas os alunos têm acesso livre a bibliotecas e a salas de informática. Alunos contam que, apesar de ter conhecimento de que os locais existem, nunca são levados para lá --os motivos alegados são que os locais estão sendo reformados, e alguns contaram que os professores dizem não levá-los lá por medo de que eles quebrem as máquinas.
A escola estadual Dr. João Ernesto Faggin, a pior pública do Estado e, por consequência, da capital, com 37,48 pontos, fica na zona sul de SP. A escola estadual Profa. Maria Marques de Noronha, com 38,09 pontos, está na periferia de Carapicuíba e tem a nota mais baixa da Grande SP.
Alunos das duas escolas contam que nunca usaram as salas de computador. "Disseram que existe, mas nunca levaram a gente lá. Eu já vi professor usando, mas aluno, nunca. A biblioteca fica fechada, nem sei se tem livros lá dentro" conta A.M., 17 anos, aluno do terceiro ano do ensino médio da Faggin. Em Carapicuíba, a queixa é a mesma. "Eles não deixam a gente usar a biblioteca. Computador, então, nem pensar. Mas se não tem nem papel higiênico, que dirá computadores", conta a aluna A.S, 13 anos.
O dia a dia nos dois colégios não é diferente. A participação da comunidade é pequena, e os problemas de indisciplina e de depredações, constantes. Faltam professores.
No colégio que detém o título de pior do Estado, os alunos do 3º ano do ensino médio dizem não estar preparados para enfrentar o exame deste ano. "Parece que os professores não querem ensinar direito. Alguns passam os exercícios e já dão as respostas, não querem nem saber das dúvidas", diz J.S., 17 anos, do terceiro ano.
Estrutura é uma coisa que também faz falta na Profa. Maria Marques, de Carapicuíba. Alunos contam que as aulas de educação física são dentro do colégio, já que pessoas da comunidade usa a quadra no horário de aula e os funcionários não conseguem tirá-las de lá. Os equipamentos para a aula, como bolas e redes, foram roubados em 2008 e não foram repostos até hoje. O local onde é a biblioteca têm de ser usado como sala de aula normal por falta de espaço --a direção diz que o problema será resolvido com a reforma em andamento. O diretor, Josemar Valdevino da Silva, diz que um dos motivos das notas ruins é a falta de autoestima dos alunos. "Eles não têm expectativas. Por que se preocupariam com o Enem?", questiona.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirmou que a Dr. Faggin está passando por uma reforma e que a sala de informática começará a funcionar no dia 5 de maio. Sobre as salas de leitura, diz que a ordem é deixá-las abertas e que a direção da escola já foi orientada sobre isso.
A pior escola pública do Estado e a pior da Grande São Paulo têm muitos fatores em comum. Em nenhuma delas os alunos têm acesso livre a bibliotecas e a salas de informática. Alunos contam que, apesar de ter conhecimento de que os locais existem, nunca são levados para lá --os motivos alegados são que os locais estão sendo reformados, e alguns contaram que os professores dizem não levá-los lá por medo de que eles quebrem as máquinas.
A escola estadual Dr. João Ernesto Faggin, a pior pública do Estado e, por consequência, da capital, com 37,48 pontos, fica na zona sul de SP. A escola estadual Profa. Maria Marques de Noronha, com 38,09 pontos, está na periferia de Carapicuíba e tem a nota mais baixa da Grande SP.
Alunos das duas escolas contam que nunca usaram as salas de computador. "Disseram que existe, mas nunca levaram a gente lá. Eu já vi professor usando, mas aluno, nunca. A biblioteca fica fechada, nem sei se tem livros lá dentro" conta A.M., 17 anos, aluno do terceiro ano do ensino médio da Faggin. Em Carapicuíba, a queixa é a mesma. "Eles não deixam a gente usar a biblioteca. Computador, então, nem pensar. Mas se não tem nem papel higiênico, que dirá computadores", conta a aluna A.S, 13 anos.
O dia a dia nos dois colégios não é diferente. A participação da comunidade é pequena, e os problemas de indisciplina e de depredações, constantes. Faltam professores.
No colégio que detém o título de pior do Estado, os alunos do 3º ano do ensino médio dizem não estar preparados para enfrentar o exame deste ano. "Parece que os professores não querem ensinar direito. Alguns passam os exercícios e já dão as respostas, não querem nem saber das dúvidas", diz J.S., 17 anos, do terceiro ano.
Estrutura é uma coisa que também faz falta na Profa. Maria Marques, de Carapicuíba. Alunos contam que as aulas de educação física são dentro do colégio, já que pessoas da comunidade usa a quadra no horário de aula e os funcionários não conseguem tirá-las de lá. Os equipamentos para a aula, como bolas e redes, foram roubados em 2008 e não foram repostos até hoje. O local onde é a biblioteca têm de ser usado como sala de aula normal por falta de espaço --a direção diz que o problema será resolvido com a reforma em andamento. O diretor, Josemar Valdevino da Silva, diz que um dos motivos das notas ruins é a falta de autoestima dos alunos. "Eles não têm expectativas. Por que se preocupariam com o Enem?", questiona.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirmou que a Dr. Faggin está passando por uma reforma e que a sala de informática começará a funcionar no dia 5 de maio. Sobre as salas de leitura, diz que a ordem é deixá-las abertas e que a direção da escola já foi orientada sobre isso.
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