O Ministério da Educação anunciou uma nova proposta para o Enem que poderá substituir o vestibular das 55 universidades federais e de instituições estaduais que adotarem a medida
Clipping Educacional - Agência Brasil (30.03.2009)
Segundo o ministro Fernando Haddad, o exame teria 200 questões de múltipla escolha e uma redação e seria aplicado em dois dias. Atualmente, o Enem tem 63 questões e uma redação.
No novo formato, as questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. No entanto, como a maior parte das universidades aplica vestibular duas vezes por ano, não se descarta a possibilidade de o Enem ser aplicado mais de uma vez no ano. A idéia é que o mesmo seja aplicado pelo menos duas vezes por ano, anunciou ontem o ministro Fernando Haddad. A ideia é realizar um teste por semestre, na mesma data, em todo o País.
Haddad enviou nota aos reitores das federais com a proposta do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele se reunirá com os dirigentes, na próxima segunda-feira, para discutir a medida. Como as universidades têm autonomia para definir as formas de ingresso, a substituição só valerá nas instituições que aderirem ao novo sistema.
"Funciona bem em países desenvolvidos", disse Haddad. O novo Enem permitirá o ingresso em todas as universidades públicas ou privadas que aderirem.
A proposta é inspirada no Scholastic Assessment Test (SAT), teste aplicado nos EUA.
A ideia é a seguinte: o candidato faz a prova do Enem em qualquer Estado e recebe uma nota. Na outra ponta, cada universidade determina a pontuação mínima para ingresso em seus cursos. Essa nota de corte poderá variar em diferentes instituições e cursos. Assim, um estudante do Rio que obtenha nota para ingressar numa faculdade de medicina do Ceará, por exemplo, poderá matricular-se naquele Estado. E vice-versa.
O ministro afirmou que isso dará mais mobilidade aos estudantes, beneficiando alunos que não têm dinheiro para arriscar vestibulares em outras cidades.
Segundo ele, só 0,04% dos calouros frequentam a universidade em outro Estado. O governo deverá aumentar os repasses de assistência estudantil às universidades que aderirem. A medida servirá de estímulo para que elas abram mão da arrecadação com as taxas de vestibulares.
A proposta é que a nova prova seja realizada pela primeira vez em outubro, num sábado e num domingo, avaliando quatro áreas: linguagens, com questões de língua portuguesa, língua estrangeira e redação; matemática; ciências humanas; e ciências da natureza. Cada teste teria 50 questões de múltipla escolha. Os critérios de uso dos resultados ficam a cargo das instituições.
De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, os critérios do exame ainda serão discutidos. Ele, no entanto, adianta que o resultado obtido pelo estudante em um exame continuará válido mesmo após a aplicação de outro Enem. "Ele só vai refazer [o Enem] para aumentar a pontuação", explicou.
Fernandes acrescentou que o modelo será usado como uma espécie de "pesca" por parte do estudante, que poderá escolher a universidade onde deseja estudar, de acordo com a nota que obtiver na prova. Para o ministro Haddad, o novo formato do Enem permitirá maior mobilidade dos alunos entre as unidades da Federação.
Segundo ele, apenas 0,04% dos estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior têm origem em estado diferente da unidade da federação onde estudam. "Nos Estados Unidos, 20% dos alunos são oriundos de estados diferentes de onde cursam a universidade", comparou.
Uma nota técnica com a proposta foi enviada na noite de segunda (30) para análise da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A ideia é unificar o acesso às vagas em universidades federais e estaduais, mas, como têm autonomia, as instituições podem aderir ou não ao novo Enem.
Segundo o ministro, o presidente da Andifes, Amaro Lins, disse que pretende fazer uma reunião com os reitores, provavelmente na semana que vem, para debater o assunto. "A ideia é superar o vestibular tradicional e que as universidades participem também do processo de realização do Enem. Já temos alguns conteúdos que consideramos necessários para serem cobrados, mas a discussão com as universidades será aberta", disse o ministro.
Haddad, porém, destacou que o Enem não impede a realização de outras etapas de um processo seletivo para ingresso na universidade. Ou seja, o Enem poderia servir como uma primeira fase do vestibular e as universidades teriam a possibilidade de instituir uma segunda fase do processo seletivo por contra própria.
Haddad disse ainda que o novo Enem poderia acabar com a sobreposição de avaliações. "Acabaríamos com o Enade [exame do governo federal para avaliar o aluno do ensino superior] para os ingressantes nas universidades e também o Encceja do ensino médio [exame do governo federal para os cursos de jovens e adultos]", disse o ministro, lembrando que o MEC tem condições de implementar a medida ainda este ano, caso tenha o aval das universidades.
O ministro explicou que o objetivo da unificação do vestibular é reestruturar os currículos do ensino médio em todo o país, que, atualmente, costumam ser focados no vestibular das universidades em cada Estado. Ele defendeu que a mudança criará "um novo conceito de ensino" no país, deixando de favorecer os candidatos de maior poder aquisitivo, "capazes de diversificar suas opções na disputa por uma das vagas oferecidas".
No novo formato, as questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. No entanto, como a maior parte das universidades aplica vestibular duas vezes por ano, não se descarta a possibilidade de o Enem ser aplicado mais de uma vez no ano. A idéia é que o mesmo seja aplicado pelo menos duas vezes por ano, anunciou ontem o ministro Fernando Haddad. A ideia é realizar um teste por semestre, na mesma data, em todo o País.
Haddad enviou nota aos reitores das federais com a proposta do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele se reunirá com os dirigentes, na próxima segunda-feira, para discutir a medida. Como as universidades têm autonomia para definir as formas de ingresso, a substituição só valerá nas instituições que aderirem ao novo sistema.
"Funciona bem em países desenvolvidos", disse Haddad. O novo Enem permitirá o ingresso em todas as universidades públicas ou privadas que aderirem.
A proposta é inspirada no Scholastic Assessment Test (SAT), teste aplicado nos EUA.
A ideia é a seguinte: o candidato faz a prova do Enem em qualquer Estado e recebe uma nota. Na outra ponta, cada universidade determina a pontuação mínima para ingresso em seus cursos. Essa nota de corte poderá variar em diferentes instituições e cursos. Assim, um estudante do Rio que obtenha nota para ingressar numa faculdade de medicina do Ceará, por exemplo, poderá matricular-se naquele Estado. E vice-versa.
O ministro afirmou que isso dará mais mobilidade aos estudantes, beneficiando alunos que não têm dinheiro para arriscar vestibulares em outras cidades.
Segundo ele, só 0,04% dos calouros frequentam a universidade em outro Estado. O governo deverá aumentar os repasses de assistência estudantil às universidades que aderirem. A medida servirá de estímulo para que elas abram mão da arrecadação com as taxas de vestibulares.
A proposta é que a nova prova seja realizada pela primeira vez em outubro, num sábado e num domingo, avaliando quatro áreas: linguagens, com questões de língua portuguesa, língua estrangeira e redação; matemática; ciências humanas; e ciências da natureza. Cada teste teria 50 questões de múltipla escolha. Os critérios de uso dos resultados ficam a cargo das instituições.
De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, os critérios do exame ainda serão discutidos. Ele, no entanto, adianta que o resultado obtido pelo estudante em um exame continuará válido mesmo após a aplicação de outro Enem. "Ele só vai refazer [o Enem] para aumentar a pontuação", explicou.
Fernandes acrescentou que o modelo será usado como uma espécie de "pesca" por parte do estudante, que poderá escolher a universidade onde deseja estudar, de acordo com a nota que obtiver na prova. Para o ministro Haddad, o novo formato do Enem permitirá maior mobilidade dos alunos entre as unidades da Federação.
Segundo ele, apenas 0,04% dos estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior têm origem em estado diferente da unidade da federação onde estudam. "Nos Estados Unidos, 20% dos alunos são oriundos de estados diferentes de onde cursam a universidade", comparou.
Uma nota técnica com a proposta foi enviada na noite de segunda (30) para análise da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A ideia é unificar o acesso às vagas em universidades federais e estaduais, mas, como têm autonomia, as instituições podem aderir ou não ao novo Enem.
Segundo o ministro, o presidente da Andifes, Amaro Lins, disse que pretende fazer uma reunião com os reitores, provavelmente na semana que vem, para debater o assunto. "A ideia é superar o vestibular tradicional e que as universidades participem também do processo de realização do Enem. Já temos alguns conteúdos que consideramos necessários para serem cobrados, mas a discussão com as universidades será aberta", disse o ministro.
Haddad, porém, destacou que o Enem não impede a realização de outras etapas de um processo seletivo para ingresso na universidade. Ou seja, o Enem poderia servir como uma primeira fase do vestibular e as universidades teriam a possibilidade de instituir uma segunda fase do processo seletivo por contra própria.
Haddad disse ainda que o novo Enem poderia acabar com a sobreposição de avaliações. "Acabaríamos com o Enade [exame do governo federal para avaliar o aluno do ensino superior] para os ingressantes nas universidades e também o Encceja do ensino médio [exame do governo federal para os cursos de jovens e adultos]", disse o ministro, lembrando que o MEC tem condições de implementar a medida ainda este ano, caso tenha o aval das universidades.
O ministro explicou que o objetivo da unificação do vestibular é reestruturar os currículos do ensino médio em todo o país, que, atualmente, costumam ser focados no vestibular das universidades em cada Estado. Ele defendeu que a mudança criará "um novo conceito de ensino" no país, deixando de favorecer os candidatos de maior poder aquisitivo, "capazes de diversificar suas opções na disputa por uma das vagas oferecidas".
fonte:http://e-educador.com
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