quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Análise: Brasil discute salário e se esquece da formação do professor

ILONA BECSKEHÁZY
Clipping Educacional - ESPECIAL PARA A FOLHA
Parece óbvio aos brasileiros que tenhamos que aumentar a qualidade (e a equidade) da educação que oferecemos no país. Para isso, temos que começar respondendo a duas perguntas: quais são os componentes da excelência e da equidade educacional e quanto eles custam em seu conjunto no contexto brasileiro.
Poderíamos queimar etapas para responder à primeira pergunta se resolvêssemos ler e incorporar os achados das pesquisas internacionais que esmiúçam há décadas os sistemas competentes de ensino (excelentes e equitativos) e que já mapearam o que permite aos sistemas escolares ensinarem conteúdos, valores e comportamentos à maior parte de seus alunos, mesmo que eles tenham origens familiares muito diferentes.
Mas resolvemos queimar etapas na segunda pergunta, já respondendo que temos que gastar 10% da produção interna de riqueza com educação, que ela vem do pré-sal e que os professores devem ter aumentos de salário indexados à arrecadação de impostos, mesmo que não tenhamos a menor ideia de como todos estes gastos vão fazer com que nossos alunos aprendam mais e de forma mais justa.
Educação de qualidade, a partir de um contingente professoral de alto nível está para o desenvolvimento social e cidadão do país como o consumo e os valores da classe média estão para a estabilidade econômica e democrática.
Da mesma maneira que podemos nos intoxicar quando a classe média resolve gastar mais do que ganha, podemos nos envenenar se pagarmos muito a professores que sabem pouco sobre como dar uma boa aula. É a formação dos profissionais da educação que vem antes do salário, e não o contrário.
ILONA BECSKEHÁZY é consultora de educação e mestranda pela PUC-Rio
fonte: http://www1.folha.uol.com.br

7 comentários:

  1. dá uma sala de 7ª série pra essa VACA , que ela vai cagar mole por uma semana , uma puta dessa que fala um lixo desse é como defecar pela boca, quanto será que ela imagina que ganha um professor do ensino fundamental 10.000 20.000 por mês, vai pra zona mulher chupar uma boa rol....

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  2. essa senhora deve trabalhar para sistemas de ensino que nada trazem para uma educação libertária, somente para formar garçons, o equivoco é tão grande que ela acha que os bilhões do PIB serão divididos para os professores como um grande bolão, e estupidez demais um pais que tem escolas sem banheiro, ter que escutar tamanha bobagem em troca da venda de apostilas.

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  3. É revoltante certamente o que disse esta senhora que está fazendo mestrado pela PUC. Devemos espalhar este absurdo acompanhado de sábios comentários de profissionais da educação que vivem a educação e não apenas escrevem sobre ela. Compartilhem muito isto para que esta senhora sinta vergonha e arrependa-se do dia em que resolveu escrever tais inutilidades.

    Mas, colegas, vamos mostrar para todos que não somos o que ela diz!

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  4. A autora deste texto sente-se no direito de dizer que não se deve aumentar o salário de um professor que "não sabe como dar uma boa aula". Não posso ficar calada, pois, como em todas as profissões, existem maus profissionais e esta pessoa não tem propriedade para generalizar uma classe de trabalhadores que já sofre tanto no seu dia-a-dia e faz milagres com a matéria-prima que recebe. AMO MEUS ALUNOS, MAS EU AMO A MINHA DIGNIDADE TAMBÉM!

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  5. Não devemos mais aceitar que teorias sem conexão com a prática continuem humilhando os educadores! Valorizo o profissional que se capacita e estuda sempre, mas não admito (como educadora) que alguém que não sabe sobre a prática em uma escola de periferia venha falar que não sabemos "dar uma boa aula" e por isso não devemos ter aumento salarial.

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  6. Se alguém descobrir o que a mestranda em questão entende por "pagar muito", avisem-me, por favor!

    Será que ela recebeu para escrever isto? Será que foi muito? Muito do tipo proporcional à BOBAGEM que ela disse!!

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  7. Será que esta mestranda sabe o que é alfabetizar uma criança que mora na periferia, ameaçada pelo toque de recolher, com fome, pois seu único objetivo de ir à escola é comer? Famílias desestruturadas, sem consciência e compromisso com a educação da criança?!

    A autora deste texto, a qual não merece nem que seja mencionado o nome, foi infeliz ao publicar um artigo como este na semana que antecede o dia dos PROFESSORES.

    INDIGNAÇÃO: é o sentimento de todos os EDUCADORES DE VERDADE!!!

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