sexta-feira, 29 de maio de 2015

Professores da rede estadual de São Paulo mantêm greve

Clipping Educacional - Do UOL*, em São Paulo

Professores da rede estadual de SP entram em greve

Professores da rede estadual de São Paulo decidem permanecer em greve após assembleia no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). A paralisação da categoria completa 78 dias. Entre as pautas reivindicadas pela categoria estão o aumento salarial de 75,33%, aplicação da jornada do piso, contratação dos professores temporários, o reajuste do vale-alimentação e vale-transporte; entre outras.
Os professores da rede estadual decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (15) em assembleia na avenida Paulista. A paralisação completa 78 dias. A próxima reunião será no dia 3 de junho.
A aprovação ocorre em um momento de enfraquecimento da paralisação. No início da semana, a Apeoesp, principal sindicato da categoria, reconheceu que a adesão dos professores caiu pela metade e está em 30%. Já o governo Geraldo Alckmin (PSDB) fala que os faltosos não passam de 5%.
O motivo, segundo o sindicato, foi o corte de ponto dos grevistas, que estão desde maio sem receber salário. O sindicato recorre dos descontos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O sindicato da categoria fez uma reunião com o governo do Estado neste mês. O governo informou que enviará, em até 30 dias, projeto de lei que estende o atendimento médico de saúde dos servidores públicos (Iamspe) a esta parcela da categoria.
O governo também sinalizou que vai diminuir o intervalo contratual dos temporários para três anos - hoje, eles precisam se afastar das aulas por 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo empregatício. A Secretaria Estadual de Educação já havia mencionado em reunião anterior que "estudava" a implementação das medidas.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, criticou o resultado da reunião. "Positiva para mim seria ter saído com o índice (do reajuste)", disse. Não houve nenhuma proposta de reajuste, mas o governo afirmou que "mantém a política salarial" e que a data-base da categoria é em 1º de julho.
A greve
Entre as reivindicações, os professores pedem a valorização da carreira, reajuste salarial que equipare perdas salariais, aumento do valor do vale-transporte e do vale-alimentação e são contra o fechamento de salas de aulas, o que ocasionou a demissão de 20.000 professores e superlotou turmas remanescentes.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que "avalia que a decisão do sindicato é extemporânea e ofensiva aos pais e alunos paulistas, uma vez que a categoria recebeu o último aumento salarial há sete meses, em agosto de 2014, o que consolidou um reajuste de 45%".
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em 2011 foi instituída uma política salarial que permitiu aos professores e demais servidores da rede estadual de ensino um aumento salarial de 45% em quatro anos.
A Apeoesp argumenta que, passados os quatro anos, o reajuste está defasado e que por isso o aumento de 75,33% equipararia as perdas salarias aos vencimentos das demais categorias de nível superior. Hoje, o salário é de R$ 2.145, para 40 horas semanais.
*Com Agência Estado
fonte: http://educacao.uol.com.br/

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