É HORA DE MUDAR,

POR SILVIO DOS SANTOS MARTINS

Clippinp Educacional - SECOM/CPP

A Secretaria da Educação de São Paulo publicou no ano de 2011 resolução que trouxe em seu bojo uma novidade que chamou a atenção de todos os que militam no magistério. A Resolução determinava que as férias regulamentares do pessoal docente fossem parceladas em duas vezes, 15 dias em Janeiro e 15 dias em julho, permanecendo os restantes dias, dos referidos meses, como período de recesso escolar.

Essa posição assumida pela Secretaria da Educação, no primeiro momento, desagradou à maioria dos integrantes do magistério paulista. O secretário da Educação,professor Herman, depois de tomar conhecimento do desagrado da maioria dos professores com relação ao parcelamento das férias, afirmou que poderia reestudar a situação.

Isso não ocorreu, pois, segundo o secretário da Educação, em encontros ocorridos em todo o Estado, os docentes se pronunciaram a favor da divisão das férias. Identicamente ao senhorsecretário, entendemos que é muito importante ouvir os professores.

Então, senhor secretário, vamos ouvir as bases? Vamos ver o que pensam os colegas do magistério a respeito das atribuições pelo artigo 22, artigo este que nasceu de consulta às bases, e que está sendo desfigurado pela administração quando impede a atribuição dos que se encontram em estágio probatório e, também, daqueles que tiveram faltas em número superior a 12, durante o ano.

Vamos ouvir o magistério no que tange às atribuições para os OFAS nas unidades escolares, quando parece que a grande maioria esperava que acontecesse nas Diretorias de Ensino. Vamos verificar o que pensam nossos colegas do magistério sobre a aplicação da Lei do Piso, no que se refere ao cumprimento dos 33 por cento de atividades extra classe.

Vamos, antes de municipalizar qualquer escola neste estado de São Paulo, verificar se isso interessa aos professores e até à comunidade, e não como anteriormente acontecia, de cima para baixo, sem consulta, e sem respeito a toda uma história de vida dos professores.

E como não consultar as bases, na emblemática questão da progressão continuada? Realmente, senhor secretário, está na hora de ouvir o clamor do magistério, está na hora de ouvir as entidades, está na hora de mudar.

Ponto de Vista de Professor Silvio dos Santos Martins, 2o vice-presidente do CPP e apresentador do quadro Por Dentro do Assunto.

fonte: http://www.cpp.org.br/