domingo, 8 de abril de 2012

Tatiana Santiago
Clipping Educacional - do Agora
Falta de salas de aulas disponíveis, ausência de alunos e cansaço de professores. Esse é o retrato do sistema de reforço escolar da rede de ensino estadual.
Até agora, o modelo de recuperação era o de contraturno, em que as escolas davam a recuperação fora do horário de aula.
A Secretaria de Estado da Educação afirma que, neste ano, haverá novos tipos de reforço.
A recuperação é oferecida aos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e para os do ensino médio.
Na semana passada, a reportagem do Agora visitou oito escolas nas zonas norte e leste da cidade e ouviu relatos das dificuldades enfrentadas.
"Um dos grandes problemas é a falta de professores e a dificuldade do aluno em vir fora do horário de aula. Quando o professor efetivo ministra as aulas, ele geralmente está exausto e o rendimento cai, além da remuneração ser baixa. Já o professor temporário nem sempre tem a experiência necessária", diz a diretora de uma escola, que preferiu não se identificar.

Resposta
A Secretaria de Estado da Educação afirmou, por meio de nota, que ampliou neste ano as modalidades de recuperação.
De acordo com a pasta, um dos novos modelos é o de recuperação contínua, em que professores auxiliares darão apoio aos titulares em sala de aula.
O outro é o chamado intensivo, diz a secretaria, em que serão formadas classes para até 20 estudantes do ensino fundamental, "com estratégias pedagógicas diferenciadas e específicas".
A pasta afirma ainda que a possibilidade de reforço no contraturno está mantida, e que cada escola vai escolher o modelo a ser adotado a partir de maio.
A secretaria diz que nos próximos dias vai publicar normas que "assegurem disponibilidade de salas, frequência de alunos e o cumprimento de outros requisitos".

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