segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mais uma vez, Gilberto Dimenstein ataca a APEOESP e os professores


Clipping Educacional - Blog da Presidenta 
O colunista da Folha.com, Gilberto Dimenstein, insiste em atacar a APEOESP, que atua para defender os professores e a educação dos desmandos de um governo que ele mesmo diz reconhecer que não está resolvendo os problemas da educação pública no estado de São Paulo
Gilberto Dimentein não sabe de fato o que é o mérito do professor. Desafio-o a debater publicamente, frente a um grande público, onde os professores estejam presentes, o que é capacidade profissional e mérito na rede estadual de ensino, sem condições de trabalho, baixos salários, salas de aula com mais de 40 alunos, violência e onde o professor paga do próprio bolso seu aperfeiçoamento profissional. Mérito e capacidade profissional, saiba Dimenstein, não se avaliam por uma única prova, mas constituem um conjunto de atividades que se refletem na aprendizagem dos alunos, com qualidade. Não se pode fazer um raciocínio “contábil” em educação. Há mais fatores a se avaliar.

Se a política meritocrática, baseada em provas e avaliações unilaterais, fosse tão boa por que o Estado de Nova York, um dos pioneiros, cancelou esse tipo de procedimento? Tanto que uma de suas mentoras, a professor Diane Ravitch, escreveu um livro demonstrando que não serve à qualidade da educação e porque os EUA pagam o preço por esta política errada.
Quem esteve sempre de mãos dadas com a política educacional deste governo foi o senhor Gilberto Dimenstein. Quando a então secretária Maria Helena Guimarães de Castro inventou esta prova este senhor a aplaudiu e nós dissemos que nada resolveria. Ele não conhece a rede estadual de ensino. Não pode ser arrogante e nos ministrar aulas sobre o que bem conhecemos, porque vivenciamos o seu cotidiano. Vejam os comentários publicados na sua própria coluna. Ele vive de uma ONG. Para quantos alunos de escola estadual este senhor ministra aulas? Por que não utiliza os recursos que recebe para contribuir efetivamente para a melhoria da escola pública em vez de ficar de longe destilando ataques contra o sindicato e contra os professores?
A resposta da nossa categoria virá nos dias 14, 15 e 16 de março, com uma forte greve. Dirão: a mesma resposta de sempre. E nós dizemos: enquanto não mudarem os métodos do governo, nossa resposta será a mesma, pois é a que nos resta. Renovo, finalmente, o desafio ao senhor Dimenstein: vamos realizar um debate público sobre este tema.

0 comentários:

Postar um comentário