Clipping Educacional - Do G1, em São Paulo*
'Currículo precisa ser mais
sensato', disse Haddad no Senado.
Para ele, Brasil teve avanços
tímidos de qualidade do ensino médio.
O ministro da Educação,
Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (5), em audiência na Comissão de
Educação, Cultura e Esporte do Senado, em Brasília, uma redução da carga de
conteúdos do ensino médio. “Temos de caminhar na direção de um currículo mais
sensato e menos sobrecarregado”, afirmou. O ministro destacou que enquanto o
ensino fundamental respondeu aos estímulos governamentais, mas o ensino médio
os avanços têm sido mais tímidos do ponto de vista da qualidade.
O ministro disse também que o
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não serve para avaliar a qualidade das
escolas. Segundo ele, a matriz do Enem é mais leve do que um vestibular
tradicional, mas ainda é mais pesada do que deveria ser o currículo do ensino
médio. Haddad defendeu um aumento do índice mínimo de participação para a nota
ser considerada. Atualmente, a participação mínima de 2% dos estudantes permite
à escola ter sua nota do Enem computada.
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Haddad defende aumento nos
investimentos em educação
Para Haddad, a comparação
feita com base nos dados do Enem é "injusta", uma vez que há
variáveis que não são consideradas nas notas divulgadas. Ele disse, por
exemplo, que as escolas particulares investem de três a dez vezes mais por
aluno do que as públicas. Em sua avaliação, o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) é mais apropriado para avaliar as escolas de ensino
médio no Brasil.
Haddad disse ainda que o
ranking de desempenho das escolas no Enem provoca distorções. Na edição de
2010, somente 13 escolas públicas apareceram entre as cem melhores . “A escola
pública recebe todo mundo, não há seleção . É o quilombola, o filho do
pescador, o indígena, o negro e o pobre”, destacou. “Já a escola particular
recebe filhos da classe média alta, a escola particular ainda conta com os
recursos da ordem de 3 a 10 vezes aqueles com que a escola pública conta.”
O ministro disse ser a favor
de aulas em tempo integral para o ensino médio das escolas públicas. “Com o
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), nos vamos
estar com o ensino médio integral à mão. Assim que aprovarmos o Pronatec, o
Brasil começa a implantar, rapidamente, o ensino médio de tempo integral, ou
com educação profissional ou com outras alternativas de formação do jovem.”
(*) Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado
Fonte: http://g1.globo.com
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