segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ranqueamento no Enem gera polêmica entre escolas de SP

PATRÍCIA GOMES e ANDRESSA TAFFAREL
Clipping Educacional - DE SÃO PAULO
O percentual de participação dos alunos no exame, índice que o MEC evidenciou neste ano, tem gerado picuinhas entre as escolas tops da cidade de São Paulo.
No colégio Integrado Objetivo, por exemplo, o segundo da capital, 100% de seus alunos prestaram o exame.
"Nosso colégio ficou em segundo lugar com participação total da turma. Se fizermos como o Vértice [o primeiro] e selecionarmos só os melhores mesmo para fazer a prova, também tiramos o primeiro lugar", diz Eduardo Figueiredo, coordenador do colégio Integrado Objetivo. O Vértice, primeiro da capital, teve 84,4% de participação.
Mauro Aguiar, diretor do Bandeirantes (6º colocado), contra-ataca. "Isso que o Objetivo faz é uma vergonha", diz, em alusão ao fato de a unidade Integrado convidar os melhores alunos do Objetivo para fazer parte da escola, que fica dentro de um Objetivo. O Bandeirantes teve 63,3% de participação.
"Se eu separasse, a gente gabaritaria [acertaria tudo] no Enem", diz Aguiar. Segundo ele, alguns de seus melhores alunos deixam de fazer a prova porque estão interessados apenas em USP e Unicamp, que não consideram a nota do exame. Se 100% dos alunos tivessem feito, diz, sua média final seria maior.
Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieesp (sindicato das escolas particulares), diz que a entidade é contra esse tipo de lista porque o ranking do Enem apenas cria uma "briga de egos" entre as instituições. "[A colocação] Acaba se tornando uma propaganda da própria escola."

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