Clipping Educacional - Jornal Folha de S. Paulo
O ministro da Educação, Fernando Haddad, reafirmou na tarde desta quarta-feira a intenção de aumentar o tempo do aluno em sala de aula.
Segundo ele, com a ampliação, a desigualdade entre alunos diminui. "Um dos maiores problemas está na desigualdade de aprendizado entre os alunos. Reduzir desigualdade significa equalizar as oportunidades de educação, e uma das formas de fazer isso é oferecer para o aluno de classe mais abastada e para o outro de classe menos abastada a mesma qualidade de ensino."
O governo trabalha com duas propostas: aumentar a carga horária diária de 4 para 5 horas e aumentar o ano letivo, que atualmente tem 200 dias, para 220 dias. Outra hipótese é misturar as duas opções. Além disso, uma das metas do PNE (Plano Nacional de Educação) é que até o fim da década no mínimo 50% das escolas públicas de educação básica ofereçam o turno integral.
"Nenhum outro país está indo na direção em que o Brasil está. Ou você tem mais horas por dia, ou mais dias por ano. Então estamos conversando com secretários de educação para verificar se nós podemos ampliar a jornada", afirmou o ministro.
O MEC pretende concluir as discussões a respeito da mudança até o final do ano. De acordo com o Haddad, tanto o ministério pode elaborar um projeto de lei quanto pode apoiar uma das proposições parlamentares já em tramitação sobre o assunto.
O ministro, que é cotado como candidato do PT à prefeitura de São Paulo, negou que proposta tenha motivação política. "Não houve um ano, em todo esse tempo, em que não tivemos grandes propostas feitas pelo MEC. São duas emendas constitucionais, mais de 50 projetos de lei. A agenda da educação é urgente e não pode ficar ao sabor do jogo político."
PESQUISA
O ministério baseia-se em pesquisa realizada pelo Instituto Ayrton Senna e coordenada por Ricardo Paes de Barros, da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência) para afirmar que um aumento do tempo de "exposição" aos estudos melhora o desempenho escolar.
Uma das conclusões do estudo -- que compilou e analisou pesquisas estrangeiras sobre o assunto -- foi a de que o aprendizado de um aluno de professor que não faltou durante o ano letivo é 44% maior do que o de um aluno cujo professor tenha faltado 10 dias.
Para Paes de Barros, "tão importante quanto aumentar o ano letivo é garantir o cumprimento efetivo da carga horária pela escola", conforme determina a legislação. "Se hoje em dia os 200 dias que nós já temos fossem cumpridos regularmente, o impacto já seria enorme", afirmou.
De acordo com ele, também não adianta aumentar a duração das aulas de 50 minutos, porque há um limite para o aprendizado. Mais cedo, em evento no Ministério da Cultura, Haddad havia afirmado que o MEC pretende aproveitar o maior tempo em sala para valorizar aulas de arte e esporte.
As informações são do Jornal Folha de S. Paulo
SECOM/CPP
fonte: http://www.cpp.org.br
QUANTO MAIS TEMPO EM SALA DE AULA, MENOR O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS COM AS ATIVIDADES,ELES VÃO SE CANSANDO E APRENDEM CADA DIA MENOS DEVEMOS PENSAR EM MELHORAR AS CONDIÇÔES DE ENSINO , E NÃO AUMENTAR DIA LETIVOS.A REDE NECESSITA DE PROFISSIONAIS QUE QUEIRAM LUTAR EM PROL DA EDUCAÇÃO, FALTEM POUCO E QUE SEJAM COMPROMETIDOS COM SEU TRABALHO. NÃO ADIANTA POLÍTICA DE BÔNUS OU MÉRITO PRECISAMOS DE PROFISSIONAIS NA REDE QUE ESTEJAM DISPOSTOS A TRABALHAR COM AFINCO ALÉM DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE PARA TRATAR DA SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES E ALUNOS.
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