sexta-feira, 6 de maio de 2011

Participação da família é fundamental no desenvolvimento escolar.

 
Ana Cássia Maturano
Clipping Educacional - Especial para o G1
Notas do boletim servem de alerta para pais ajudarem os filhos
Desempenho do aluno pode melhorar se problemas forem detectados antes.
Ana Cássia Maturano Especial para o G1 Muito se discute sobre o valor das notas escolares como sinalizadoras do desenvolvimento escolar da criança. Sem serem absolutas, elas são um indicador importante de como andam as coisas no processo de aprendizagem.
Vários fatores podem influenciar o desempenho dos alunos nas avaliações escolares. Além de terem que prestar atenção às aulas, devem se preparar em casa estudando a matéria, e estarem bem física e psiquicamente ao realizá-las.
É claro que cada aluno é um. Se alguns parecem pegar a matéria no ar, outros só conseguirão aprendê-la ao estudarem sozinhos – seu tempo de atenção pode ser curto. Alguns não precisam nem rever a matéria para uma avaliação, enquanto que outros necessitam de várias revisões.
Apesar de tudo, a prova, mesmo sendo uma entre outras formas de conhecer o aprendizado do aluno, é um importante indicador de como as coisas vão. Ela tem o seu valor e não deve ser desprezada. Inclusive para dizer de outras coisas referentes ao aluno, que vai além da aprendizagem do conteúdo de uma ou mais disciplinas.
As primeiras notas dos alunos já saíram. É hora de dar uma boa olhada no boletim. Não para parabenizá-los, caso o desempenho seja bom; ou puni-los, se forem ruins. Os pais poderão através delas conhecerem um pouco mais seus filhos. É fundamental que acompanhem sempre o desenvolvimento escolar deles, desde a pré-escola.
Quando as primeiras avaliações chegam – mesmo antes do boletim sair – elas já vão dizer um pouco de como as coisas estão se configurando naquela série. Espera-se que a maioria dos alunos fique em torno da média, alguns um pouco abaixo e outros um pouco acima.
Aqueles que acompanham a vida escolar do filho, podem perceber se as coisas andam dentro do esperado ou não.
É certo que algumas crianças estão sempre abaixo da média e tiram suas notas com muito sacrifício – ficar de recuperação ou exame é comum na vida delas. Se isso acontece, além de ajuda extra, precisa ser repensado se aquela escola está de acordo com seu perfil. O que não quer dizer que o aluno não tenha capacidade intelectual suficiente para acompanhá-la.
Encontramos crianças muito capazes, mas que não se enquadram no modo como a escola trabalha. Às vezes, são tachadas de preguiçosas e pouco interessadas, o que dificilmente vai ajudá-las a reverter a situação. No entanto, se o caso for esse, precisa ser visto o porquê dela não se envolver com o aprendizado, que em última instância é não se envolver com seu processo de crescimento.
Algumas iam bem e de repente passam a ir mal em uma determinada série. Considerando que é apenas um mau momento – às vezes é mesmo – as coisas são deixadas de lado e suas dificuldades caem de novo no lugar comum de que não estuda ou não está interessada. Espera-se que o tempo dê um jeito nas coisas.
Nem sempre o tempo resolve e uma ajuda externa se faz necessário. Algo que muitas vezes não é apoiado pela escola.
Já vi casos em que os pais, diante do baixo desempenho do filho, solicitaram uma reunião com a escola, quando então essa considerou que era muito provável que a criança ficasse retida na série (até então, não havia dito nada e já era o meio do ano).
As notas podem indicar muitas coisas e não devem ser desprezadas. Algumas crianças poderiam evitar muito sofrimento na escola se, assim que algo fosse percebido, logo recebessem um apoio em determinadas áreas do conhecimento.
Além de ser uma obrigação da escola orientar os pais nesse aspecto, é obrigação deles atentar para o desempenho dos filhos. E oferecer ajuda para que possam superar suas dificuldades.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)fonte:
http://g1.globo.com

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