quarta-feira, 25 de maio de 2011

Meta de SP é colocar magistério entre 10 carreiras mais desejadas

Consultoria norte-americana trabalha em plano que pretende valorizar o professor e melhorar a posição da rede no Pisa até 2030

Marina Morena Costa
Clipping Educacional -  iG São Paulo
A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo prepara um plano de desenvolvimento da educação básica, chamado “Um salto de qualidade”, que terá como meta tornar o magistério uma das dez carreiras mais atraentes para os jovens até 2030. O plano é resultado dos 15 encontros que o secretário de Educação, Herman Voorwald, teve com cerca de 20 mil profissionais da rede desde o começo do ano, e está sendo desenvolvido com o auxílio da consultoria norte-americana McKinsey.
Herman afirmou nesta terça-feira que a valorização do professor é a prioridade de sua gestão. “Se não houver um trabalho rápido de recuperação da carreira, não teremos melhora na qualidade de educação”, disse em um evento da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre produção acadêmica, realizado na Secretaria de Estado da Educação.
O plano também tem como meta elevar o desempenho da rede estadual no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) – prova trienal aplicada a estudantes de 65 países. A Secretaria quer estar entre os 25 melhores sistemas de ensino até 2030, posição hoje de países como França e Estados Unidos. No último exame, os alunos do Estado de São Paulo tiraram nota 392 em leitura, abaixo da média do País (412), que ficou em 53º lugar.
Transformar a carreira de professor em uma das mais atraentes também será um grande desafio. No último vestibular da Fuvest, o maior do Brasil e que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), o curso de licenciatura mais concorrido foi História, que ficou em 67º, com 6,14 candidatos por vaga.
Neste mês, o governo aumentou o piso dos professores na rede estadual paulista de R$ 1.665 para R$ 1.894 para 40 horas semanais a partir de julho. Como o aumento conta a incorporação no salário base de R$ 96, que já é recebida por todos os docentes com o nome de Gratificação Geral, o acréscimo foi, na prática, de R$ 133.
“As três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) são exemplos de sucesso e todas focaram em recursos humanos. Esta é a prioridade desta gestão”, destacou o secretário.
O plano de desenvolvimento da educação básica deve ser anunciado nos próximos meses pelo governador Geraldo Alckmin. Segundo Herman, os serviços da consultoria McKinsey são bancados por “um grupo de empresários ligados à educação”.

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