domingo, 22 de maio de 2011

Cresce número de alunos com nota insuficiente em português

Fernanda Bassette Clipping Educacional -  - O Estado de S.Paulo
Índice de estudantes do 3º ano do ensino médio com notas abaixo do básico em português preocupa especialista
O desempenho dos alunos do 3.º ano do ensino médio no Saresp piorou significativamente em língua portuguesa: em 2009, 29,5% deles estavam com notas abaixo do básico; em 2010 esse número saltou para 37,9%. A nota geral caiu de 274,6, em 2009, para 265,7, em 2010.
Tirar uma nota abaixo do básico - ou insuficiente - significa que o estudante não foi capaz de assimilar o mínimo do conteúdo esperado para aquela disciplina.
Para Maria Helena Guimarães, ex-secretária de Educação do Estado, os resultados são preocupantes porque não foi apenas a média geral dos estudantes que caiu - e sim porque mais alunos receberam o conceito insuficiente na prova.
"A queda de quase dez pontos na média geral é um indicador ruim. Mas, além disso, um bom resultado é aquele que aumenta o número de estudantes nos conceitos adequado e avançado e diminui o número de alunos com notas abaixo do básico", diz.
Matemática. O desempenho dos estudantes em matemática se manteve praticamente estável nos dois últimos anos, apesar de tradicionalmente os alunos se saírem pior nessa disciplina.
O número de alunos com nota abaixo do básico em matemática diminuiu quase um ponto porcentual de um ano para o outro: eram 58,3%, em 2009, contra 57,7%, em 2010. A nota geral ficou praticamente idêntica: 269,4, em 2009, e 269,2, em 2010. "Os resultados de matemática não surpreendem porque seguem uma tendência de estagnação há vários anos. Não é surpresa que não melhorem. Agora, ter uma queda tão acentuada em português é algo que precisa ser explicado", diz Maria Helena.


'Professor é mais essencial que nunca', afirma educador  Antonio Nóvoa participou da Feira Educar 2011, que termina neste sábado, e falou à Estadão/ESPN
Acaba neste sábado, 21, a Feira Educar 2011, evento que reúne uma série de profissionais envolvidos na área. Entre os palestrantes internacionais, participaram o sociólogo italiano Domenico de Masi, o norte-americano David Thornburg, um dos maiores especialistas mundiais em tecnologia na educação, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud e o educador espanhol Francesc Imbernón.
Além de ideias sobre a educação, o evento debate até o mobiliário ideal para ser usado. Entre os expositores, estão os cursinhos Positivo, Objetivo, Uno, Pueri Domus e Anglo, as editoras Vozes, Opet e Artmed e os fabricantes de móveis Desk, Metadil e Nilko.
Segundo o organizador do evento, Marco Melo, a feira teve como objetivo a capacitação de educadores, mas também de todas "as pessoas ligadas diretamente ou não à formação das crianças, inclusive os pais".
O reitor da Universidade de Lisboa, o educador Antonio Nóvoa, foi um dos estrangeiros que participaram da feira. Ele comentou com exclusividade à âncora da rádio Estadão/ESPN Mia Bruscato sobre o papel central do professor na Educação, mesmo com revoluções tecnológicas no setor.
"O professor é mais essencial que nunca. Antes ele era a biblioteca viva que transmitia conhecimento. Hoje, o conhecimento não está só no professor, mas em toda a sociedade. Hoje o professor deve criar condições para que os alunos se apropriem desse conhecimento", diz Nóvoa.

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