quinta-feira, 17 de março de 2011

Seis em cada dez professores de SP dizem que violência nas escolas causa "sofrimento"

Clipping Educacional - Da Redação/Em São Paulo
Uma pesquisa feita pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra que, para 57,5% dos professores de São Paulo, casos de violência nas escolas causam “sofrimento”. A preocupação só fica atrás de jornada de trabalho excessiva, superlotação nas salas de aula e dificuldades de aprendizagem dos alunos.
A docente havia pedido que o aluno parasse de conversar durante a aula. Ele foi suspenso por seis dias.
O relatório, que foi concluído em dezembro de 2010, ouviu 615 docentes dos ensinos fundamental e médio da rede paulista. O objetivo era avaliar como estava a saúde do professor estadual.
Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, o aumento da violência contra o professor –especialmente no interior do Estado, onde o número de casos vêm crescendo desde 2007– mostra falta de valorização docente.
“Não é um problema só do professor. É também da família e da sociedade. Como resolver isso? O menino tem que ser punido. Não tem que passar em brancas nuvens. Mas a saída não pode ser só a punição. Tem que passar pelo processo: [reforço da] autoridade [do docente], reconhecimento profissional e respeito”, afirma.
Brasil
Os casos não são exclusividade dos professores paulistas. Em todo o país, são registrados casos de violência contra docentes.
Em Porto Alegre, no ano passado, uma professora foi assaltada por um ex-aluno dentro da sala de aula. O estudante teria roubado R$ 10 para comprar crack. Em Brasília, o governo local estudava colocar câmeras dentro das escolas para combater a violência.

Um comentário:

  1. Silvana,minha amiga, como educador, vejo que os professores estão cansados de lidar com uma sociedade que não enxerga o valor da Educação. O resultado disso se manifesta através de profissionais desestimulados, onde a aprovação vale mais que o aprendizado. Falta investimento no ensino básico, qualificação dos educadores, salário digno e uma política que consiga enxergar as limitações de uma sociedade que provoca a violência no meio e saiba lidar com isso.

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