Mariana Mandelli
Clipping Educacional - O Estado de S.Paulo
Alunos da rede estadual no ensino médio tiveram pior rendimento em português e matemática
Pelo segundo ano consecutivo, o ensino médio paulista registrou uma queda de desempenho no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), prova que avalia todas as escolas da rede estadual nos 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º anos do ensino médio.
O Saresp mede, basicamente, os conhecimentos em língua portuguesa, matemática e ciências.
Com base nas notas da prova, é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), número que une o desempenho dos estudantes em matemática e língua portuguesa e ainda reflete dados de aprovação, reprovação ou abandono escolar. Ele permite comparar as notas das séries entre os anos e também possibilita a percepção das diferenças de desempenho entre as escolas da rede.
Os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação são referentes ao Saresp de 2010. Em relação a 2009, o desempenho dos alunos do ensino médio caiu, na prova do Saresp, de 274,6 pontos para 265 em língua portuguesa e de 269,4 para 269,2 pontos em matemática. Por causa dessa queda, o Idesp da série recuou de 1,98 para 1,81.
Houve recuo também na nota do 9º ano do ensino fundamental. O Idesp da série caiu de 2,84, em 2009, para 2,52. O motivo é a queda, no Saresp, das notas de matemática – de 251,5 para 243,3 em 2010 – e de língua portuguesa – de 236,3 para 229,2 pontos.
Em contrapartida, o Idesp do 5º ano cresceu de 3,86 para 3,96, já que houve crescimento de 201,4 pontos para 204,6 no desempenho dos alunos em matemática. Já em língua portuguesa, o índice não mudou e se manteve em 190,4 pontos.
Para a pasta, o motivo da queda de 2009 para 2010 é referente à necessidade mais professores efetivos na rede estadual. Segundo a secretaria, a rotatividade de docentes prejudica o aprendizado dos estudantes da rede.
Para tentar sanar o problema, o governo deve contratar 25 mil novos professores.
Com a mudança de notas, mudou também a distribuição dos alunos da rede nos respectivos níveis de proficiência em cada disciplina, que mostra qual a porcentagem de alunos que aprendeu o suficiente no ano que passou.
Acompanhando a melhoria na 5ª série do fundamental, os estudantes com desempenho considerado insuficiente em língua portuguesa caíram de 20,9% para 19,8. Em matemática, foi de 30,3% para 29%. Os alunos dessa série que apresentaram desempenho suficiente aumentaram de 68,8% para 70,4% em língua portuguesa mas caíram de 63,3% para 62,7% em matemática.
Os piores resultados aparecem na 9ª série fundamental e no ensino médio.
No fim do fundamental, estudantes com desempenho insuficiente saltaram de 22,5% para 28,4% em língua portuguesa, e de 27,6% para 34,9% em matemática. Houve queda também naqueles com aprendizado considerado suficiente: de 75,5% para 69,8% em língua portuguesa, e de 71,2% para 64,3% em matemática.
No 3º ano do ensino médio, a porcentagem de alunos com desempenho insuficiente saltou de 29,5% para 37,9% em língua portuguesa, e de 58,3% para 57,7% em matemática. Aqueles resultado avaliado como suficiente caíram de 69,8% para 61,6% em língua portuguesa, e subiriam de 41,2% para 42% em matemática.
BONIFICAÇÃO
O Idesp também serve para calcular o bônus dos professores das escolas com melhor desempenho, que deve ser pago até o dia 31 deste mês. Neste ano, equipes de 3.591 unidades – 70,9% do total de 5.065 escolas da rede – receberão o bônus.
Fonte: http://www.estadao.com.br
Alunos da rede estadual no ensino médio tiveram pior rendimento em português e matemática
Pelo segundo ano consecutivo, o ensino médio paulista registrou uma queda de desempenho no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), prova que avalia todas as escolas da rede estadual nos 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º anos do ensino médio.
O Saresp mede, basicamente, os conhecimentos em língua portuguesa, matemática e ciências.
Com base nas notas da prova, é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), número que une o desempenho dos estudantes em matemática e língua portuguesa e ainda reflete dados de aprovação, reprovação ou abandono escolar. Ele permite comparar as notas das séries entre os anos e também possibilita a percepção das diferenças de desempenho entre as escolas da rede.
Os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação são referentes ao Saresp de 2010. Em relação a 2009, o desempenho dos alunos do ensino médio caiu, na prova do Saresp, de 274,6 pontos para 265 em língua portuguesa e de 269,4 para 269,2 pontos em matemática. Por causa dessa queda, o Idesp da série recuou de 1,98 para 1,81.
Houve recuo também na nota do 9º ano do ensino fundamental. O Idesp da série caiu de 2,84, em 2009, para 2,52. O motivo é a queda, no Saresp, das notas de matemática – de 251,5 para 243,3 em 2010 – e de língua portuguesa – de 236,3 para 229,2 pontos.
Em contrapartida, o Idesp do 5º ano cresceu de 3,86 para 3,96, já que houve crescimento de 201,4 pontos para 204,6 no desempenho dos alunos em matemática. Já em língua portuguesa, o índice não mudou e se manteve em 190,4 pontos.
Para a pasta, o motivo da queda de 2009 para 2010 é referente à necessidade mais professores efetivos na rede estadual. Segundo a secretaria, a rotatividade de docentes prejudica o aprendizado dos estudantes da rede.
Para tentar sanar o problema, o governo deve contratar 25 mil novos professores.
Com a mudança de notas, mudou também a distribuição dos alunos da rede nos respectivos níveis de proficiência em cada disciplina, que mostra qual a porcentagem de alunos que aprendeu o suficiente no ano que passou.
Acompanhando a melhoria na 5ª série do fundamental, os estudantes com desempenho considerado insuficiente em língua portuguesa caíram de 20,9% para 19,8. Em matemática, foi de 30,3% para 29%. Os alunos dessa série que apresentaram desempenho suficiente aumentaram de 68,8% para 70,4% em língua portuguesa mas caíram de 63,3% para 62,7% em matemática.
Os piores resultados aparecem na 9ª série fundamental e no ensino médio.
No fim do fundamental, estudantes com desempenho insuficiente saltaram de 22,5% para 28,4% em língua portuguesa, e de 27,6% para 34,9% em matemática. Houve queda também naqueles com aprendizado considerado suficiente: de 75,5% para 69,8% em língua portuguesa, e de 71,2% para 64,3% em matemática.
No 3º ano do ensino médio, a porcentagem de alunos com desempenho insuficiente saltou de 29,5% para 37,9% em língua portuguesa, e de 58,3% para 57,7% em matemática. Aqueles resultado avaliado como suficiente caíram de 69,8% para 61,6% em língua portuguesa, e subiriam de 41,2% para 42% em matemática.
BONIFICAÇÃO
O Idesp também serve para calcular o bônus dos professores das escolas com melhor desempenho, que deve ser pago até o dia 31 deste mês. Neste ano, equipes de 3.591 unidades – 70,9% do total de 5.065 escolas da rede – receberão o bônus.
Fonte: http://www.estadao.com.br
Quanta injustiça!
ResponderExcluirEstou cansado de ver o Estado responsabilizar a equipe escolar pelo péssimo desempenho dos alunos. Não quero generalizar, mas na maioria das vezes a culpa não é do professor, nem do diretor, nem do secretário, nem do coordenador... Creio que a maioria cumpre bem o seu papel.
A culpa é do aluno, ou então da política educacional. Os que nos governam afrouxaram tanto as rédeas da educação, que acabaram por criar alunos rebeldes e negligentes. Os alunos de hoje têm a liberdade de fazer ou deixar de fazer o que bem entendem, sem qualquer temor de punição pelos seus atos.
Eu, por exemplo, sem querer ser soberbo, trabalho em uma escola que trabalha muito bem. Com somente algumas exceções, todos nós formamos uma equipe comprometida com a prestação de um serviço de qualidade aos alunos. Nem por isso somos recompensados. No final, de nada adianta todo o esforço dispensado, pois eles não estão nem aí com nada.
Não faz muito tempo que conclui o Ensino Médio em escola pública. E admito que tive professores excelentes em sua maioria. Há pouco deixei de ser aluno, e por isso, posso muito bem testemunhar cada detalhe. O problema é o aluno que não quer ter compromisso e nem responsabilidade. Lembro-me muito bem que na minha turma, poucos se salvaram desta grande culpa. A maioria ia à escola por mera obrigação. Alguns por causa da “Bolsa Pobreza”. Outros por causa do “namorico”. Outros iam para traficar. E assim por diante...
É lamentável, mas é a mais pura realidade.
Estes resultados tão baixos no SARESP não ilustram a verdade. Não temos professores que não ensinam: Temos alunos que não querem aprender, ou no mínimo, alunos que não têm vontade de fazer direito a prova do SARESP. E por conta desta tamanha aberração, todos nós (Quadro do Magistério, Quadro de Apoio Escolar e Quadro de Suporte Escolar) somos punidos, mesmo tendo a consciência de dever cumprido. E BEM CUMPRIDO.