segunda-feira, 14 de março de 2011

Novo colunista de "Saber", Ricardo Semler fala sobre educação

Clipping Educacional - DE SÃO PAULO
Estreia nesta segunda-feira (14) a nova coluna de Ricardo Semler, 51. CEO e sócio majoritário da empresa Semco S/A e diretor da Fiesp, formado em direito pela USP e em administração de empresas por Harvard, é autor de best-sellers no Brasil e exterior, como o "Virando a Própria Mesa" (1988) e "Seven-days Weekend" (2003).
Em 1990, criou a Fundação Ralston-Semler, com o objetivo de pesquisar e contribuir para a busca de soluções e inovações para a escola e a educação no país.
*
FOLHA: Qual o papel da educação para o desenvolvimento do país?
SEMLER: Um papel que se presta a clichês. Fica bonito e mister dizer que a educação é importante, mas é frase vazia. O Brasil botou os meninos na sala de aula, mas agora tem uma das piores educações do mundo --há que se mudar por completo o método, e não simplesmente reciclar professores, ensinar gestão e colocar computador na escola-- o sistema é obsoleto.
Por que parece que estamos tão defasados se nos comparamos aos mesmos índices de outros paises em desenvolvimento?
A educação no mundo inteiro é obsoleta e apenas começa a se modernizar. Pelo ranking atual sistemas mais autoritários, como os asiáticos, tendem a disparar (o 1o lugar pertence à cidade de Shanghai), mas não é modelo para nós.
Onde buscar soluções e novas ideias para a educação (publica e privada)?
Nos pensadores independentes, nas charter schools americanas, nas experiências de ponta, que são sempre vistas com desconfiança pela sociedade, no início (que é agora).
Quais são os maiores desafios da educação brasileira hoje em sua visão?
Um só: aceitar que melhorias marginais em um sistema obsoleto é similar a colocar motor de BMW num Opala 76.
Qual seu interesse pessoal no tema?
Dedico uma fundação a um projeto Lumiar/Synapses, que já consumiu milhões de reais e anos de estudo para desenvolver algo novo para a rede pública brasileira. Na coluna, pretendo abranger questões de educação latu sensu, e não o mundo da escola ou educação per se, pois é de posturas, filosofias e questionamentos que se nutre a educação verdadeira, genérica e soberana
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

0 comentários:

Postar um comentário