quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Em São Paulo, concurso reprova professor que teve depressão

Clipping Educacional - O Estado de S. Paulo
Docentes que já tiraram licenças médicas pela doença estão impedidos de assumir cargos na rede estadual
Professores aprovados no último concurso para a rede estadual de São Paulo estão impedidos de assumir seus cargos por terem tirado, em algum momento de suas carreiras, licenças médicas por motivo de depressão. Por essa razão, devem continuar com contratos temporários. Especialistas afirmam que a decisão é preconceituosa.
O concurso que selecionou docentes para atuar no ciclo 2 do ensino fundamental tem diversas etapas: prova inicial, curso de preparação (que dura cerca de quatro meses), prova pós-curso e diversos exames de perícia médica – fase na qual os professores que tiveram depressão foram "reprovados". Docentes míopes e obesos também foram impedidos de assumir seus cargos nessa mesma seleção.
A psiquiatra da Unifesp Mara Fernandes Maranhão afirma que vetar um docente pelo fato de ele ter tido depressão é preconceito. "Toda pessoa está sujeita a passar por situações difíceis", explica. "Aquelas que têm propensão ou componente genético desenvolvem processos depressivos". Segundo ela, são poucos os quadros realmente curáveis, já que há grande chance de recorrência. "Mas a doença é tratável e, com acompanhamento, o paciente pode voltar a trabalhar normalmente".
Eli Alves da Silva, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB-SP, concorda. "Essa pessoas estão sendo discriminadas pelo próprio Estado, que é quem deveria combater esse tipo de coisa". Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o governo deve "propor acompanhamento a todos os casos de professores com problemas de saúde e não alijá-los do trabalho". A entidade ressalta que seu departamento jurídico tem ingressado com ações na Justiça para garantir aos professores nessa situação o direito de lecionar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br

6 comentários:

  1. É um absurdo!!!
    Discriminação! Preconceito! Falta de amor ao próximo!!!

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  2. Como temporário/precário qualquer um serve... gordo, míope, depressivo... Serve por 5, 10, 15 anos sem ninguém vetar, agora, se for para efetivar, a conversa muda de figura! ABSURDO!!!!!!!!!!!

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  3. Para se aposentar por causa da depressão não pode.Para se efetivar não pode e para ser temporário sem categoria pode.
    São dois pesos e duas medidas.

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  4. Depois reclamam que não tem professor!!!
    Lógico, estão boicotando!

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  5. Os professores precisam se unir e batalhar pela sua dignidade, pelos seus direitos.
    Quer dizer que o professor só tem deveres a cumprir, mas direitos não!!!

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  6. Aposto e ganho que na própria Secretaria da Educação existam profissionais gordos, míopes, depressivos etc..assim como no DPME...eles estão lá efetivos...trabalhando , por que o professor não pode? Tem que processar o Estado por PRECONCEITO...Cadê a inclusão....falácias...governo mentiroso...
    Sem contar que: alguem leu no edital do concurso que míope, gordo..depressivo e etc não poderia fazer a prova?

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