Apesar de novembro ser considerado o mês da consciência negra, as relações raciais e o respeito à diversidade devem ser trabalhados em sala de aula diariamente, em todos os meses do ano.
Tenho relutado muito em desenvolver algumas considerações sobre este tema, não por não ter nada a dizer mas, ao contrário, porque temo que o que tenho a dizer irá contrariar convicções arraigadas em um grande número de amigos militantes dos diversos movimentos de afirmação da negritude, gente de qualidade que, com a melhor das boas intenções encara, a meu ver, de uma maneira racista a questão da discriminação racial.
E decidi fazer isto a propósito de uma estatística divulgada através de um artigo escrito pelo professor de geografia Emanuel Vital que será publicado, nos próximos dias, no Portal do Sertão . O autor se declara membro do grupo de consciência negra “Quilombo do Rosário”, de Oeiras-PI.
As estatísticas referidas separam os brasileiros em negros e brancos (além de pardos, mulatos e sei lá o que mais).O autor se detém apenas nos dois primeiros. E as estatísticas concluem que os brancos são mais abastados economicamente, melhor educados, tem maior expectativa de vida e por aí vai.
Não contesto as estatísticas, nem o articulista. O que contesto são os critérios racistas que nortearam a pesquisa. Quem faz as perguntas predispõe as respostas.
Também não contesto a evidência de que a polícia, por exemplo, suspeita sempre dos negros antes dos brancos. Mas isto se chama discriminação racial. E não é com racismo que ela se combate, bem ao contrário,
Ninguém é bobo. Não se trata de dizer que a pele das pessoas não varia de coloração. Também não se trata de negar a História, e o professor-articulista muito bem destaca que os negros no Brasil são, na sua absoluta maioria, descendentes de escravos. Que seus avós, bisavós e tataravós foram explorados, humilhados, espancados e chicoteados, apartados da própria cultura e privados de educação e de liberdade. Nada disto se pretende negar.
Dizem que a escravidão é uma mancha na nossa história. Que dela devemos nos envergonhar. Mas da história não se deve esperar lições de moral.
Falando sobre a História Lenine, a quem não está muito em moda citar, dizia que ela “não serve nem para rir, nem para chorar, mas para compreender”. Então a escravidão deve ser profundamente estudada e não hipocritamente lamentada. Quanto ao racismo, ele se perpetuará enquanto dividirem os homens em brancos e negros, arianos e judeus, judeus e árabes, seja por que próposito for, de valorizar ou detratar uma raça ou religião em relação às outras. Enquanto a Humanidade não for encarada como uma só, presente em cada um de nós, teremos de concordar com Engels, outro banido dos manuais de citações em voga. Para ele vivemos ainda a “Pré-História da Humanidade”.
fonte: http://www.overmundo.com.br
Tenho relutado muito em desenvolver algumas considerações sobre este tema, não por não ter nada a dizer mas, ao contrário, porque temo que o que tenho a dizer irá contrariar convicções arraigadas em um grande número de amigos militantes dos diversos movimentos de afirmação da negritude, gente de qualidade que, com a melhor das boas intenções encara, a meu ver, de uma maneira racista a questão da discriminação racial.
E decidi fazer isto a propósito de uma estatística divulgada através de um artigo escrito pelo professor de geografia Emanuel Vital que será publicado, nos próximos dias, no Portal do Sertão . O autor se declara membro do grupo de consciência negra “Quilombo do Rosário”, de Oeiras-PI.
As estatísticas referidas separam os brasileiros em negros e brancos (além de pardos, mulatos e sei lá o que mais).O autor se detém apenas nos dois primeiros. E as estatísticas concluem que os brancos são mais abastados economicamente, melhor educados, tem maior expectativa de vida e por aí vai.
Não contesto as estatísticas, nem o articulista. O que contesto são os critérios racistas que nortearam a pesquisa. Quem faz as perguntas predispõe as respostas.
Também não contesto a evidência de que a polícia, por exemplo, suspeita sempre dos negros antes dos brancos. Mas isto se chama discriminação racial. E não é com racismo que ela se combate, bem ao contrário,
Ninguém é bobo. Não se trata de dizer que a pele das pessoas não varia de coloração. Também não se trata de negar a História, e o professor-articulista muito bem destaca que os negros no Brasil são, na sua absoluta maioria, descendentes de escravos. Que seus avós, bisavós e tataravós foram explorados, humilhados, espancados e chicoteados, apartados da própria cultura e privados de educação e de liberdade. Nada disto se pretende negar.
Dizem que a escravidão é uma mancha na nossa história. Que dela devemos nos envergonhar. Mas da história não se deve esperar lições de moral.
Falando sobre a História Lenine, a quem não está muito em moda citar, dizia que ela “não serve nem para rir, nem para chorar, mas para compreender”. Então a escravidão deve ser profundamente estudada e não hipocritamente lamentada. Quanto ao racismo, ele se perpetuará enquanto dividirem os homens em brancos e negros, arianos e judeus, judeus e árabes, seja por que próposito for, de valorizar ou detratar uma raça ou religião em relação às outras. Enquanto a Humanidade não for encarada como uma só, presente em cada um de nós, teremos de concordar com Engels, outro banido dos manuais de citações em voga. Para ele vivemos ainda a “Pré-História da Humanidade”.
fonte: http://www.overmundo.com.br
Somos todos Iguais , então por que ter um dia da consciência negra?
ResponderExcluirAssim nos de descendência asiática merecíamos um dia da consciência amarela se for desse jeito e os de descendência européia tinha que ter o de consciência branca. A Sociedade esta tão racista que criou um dia desses. Só gosto dele pois é mais um feriado para eu descansar .
talvez estes povos foram expulsos de seu território e escravizados no mundo todo.
ResponderExcluirConcordo com o "anônimo".
ResponderExcluirNa verdade, eles não foram expulsos, foram vendidos pelos próprios irmãos. Não eram mercadores europeus quem caçavam e vendiam os negros das tribos ancestrais na África, eram os próprios negros. E quamto aos imigrantes europeus, asiáticos, etc, todos sofreram preconceito quando chegaram a este país, mas não pediram favores a ninguém, conquistaram seu espaço e prestígio através de muito trabalho, estudo e seriedade em sua vida pessoal.
ResponderExcluirMuito se fala, sobre as minorias nas universidades brasileiras, contudo, o vestibular sempre esteve aí, para quem quisesse pretá-lo, sópara citar um exemplo.
seus babacas preconceituosos, vão pesquisar e vê
ResponderExcluirse esvrevem algum comentario que vale a pena.
alias então o preconceito contra negro não existe
é só coisa da nossa cabeça?
E se existisse o "Dia da Consciência Japonesa"?
ResponderExcluirAí teria preconceito, pq as pessoas iriam pensar: "Se existe um dia dedicado aos japoneses, é pq eles são diferentes".
É assim com o Dia da Consiência Negra.
Pode até ser que os vestibulares estão aí pra quem quiser fazer mas o conhecimento necessário para ser aprovado? é recebido por todos? todos tem um ensino de qualidade???
ResponderExcluirJaponeses pelo q eu saiba não foram, vendidos, torturados, mortos ou escravizados. Eu nunca vi isso na escola... Será???
ResponderExcluirO negro (historicamente falando) não teve oportunidade para desenvolver seus potenciais, uma vez q quando chegava ao Brasil (ou demais países q já passaram pelo escravismo), o preconceito e a exploração q sofriam eram tamanhos q sua exploração por parte de outros era considerada algo "normal". Nenhuma outra minoria foi tão explorada e excluída num passado recente em nosso país; e as dores q os negros sofreram no passado (infelizmente) ainda ecoam no presente. A grande maioria das pessoas q vivem nas periferias, favelas e demais lugares pobres, com alta taxa de violência e baixo IDH são negros e mulatos descendentes de escravos, q por terem sido explorados e discriminados por toda a vida, n conseguiram deixar nada para seus filhos. E portanto estes (os filhos)não tiveram acesso à serviços básicos, e assim como seus antepassados, n puderam desenvolver suas potencialidades e nem ajudarem seus filhos, e assim criou-se um ciclo. É por isso q existe um dia da consciência negra. --- Priscila
ResponderExcluirPessoalmente, não acho q um feriado em nome dos negros seja uma maneira eficiente de combater o racismo. Acho q a melhor maneira de diminuir a discriminação racial é integrar as pessoas, diminuir a distância entre elas, ressaltar, não as diferenças, mas as coisas q temos em comum - e nós temos muito mais pontos em comum do q diferenças. --- Priscila
ResponderExcluireu acho isso muito infatil ter racismo e descrimiação
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