quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MEC admite que matriz do Enem entregue à gráfica estava com erro

CLIPPING EDUCACIONAL - Do G1, com informações do Jornal Nacional
Falha ocorreu na fase de confecção das provas, diz MEC.
Exame está suspenso pela Justiça Federal do Ceará.
O Ministério da Educação admitiu que o erro nos cartões de respostas das provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorreu ainda na fase de confecção dos exames, antes de eles serem enviados para a gráfica RR Donnelley Moore. O exame está suspenso pela Justiça Federal do Ceará.
De acordo com o edital do Enem, por se tratar de impressão sigilosa, o modelo das provas é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A matriz para a impressão é codificada e entregue para a gráfica pessoalmente por funcionários do instituto. Depois, outra equipe do Inep entrega a senha para a gráfica para abrir os arquivos.
Funcionários do Inep têm de acompanhar e aprovar o processo de impressão. No final do trabalho, os arquivos são apagados dos equipamentos da gráfica. Apesar desse sistema de segurança, os cabeçalhos dos cartões de respostas foram invertidos e cadernos amarelos da prova foram impressos com erros de montagem.
O MEC informou que um funcionário do Inep acompanhou todo o processo de impressão na gráfica, mas que não percebeu que os cabeçalhos dos cartões de resposta estavam trocados. Segundo o MEC, a matriz entregue para a impressão já veio com erro do Inep.
Sobre os problemas com os cadernos amarelos, o MEC informou que a checagem é feita por amostragem, mas que o fiscal não notou nenhum problema porque a quantidade de provas com erro foi muito pequena: 0,003% do volume total.
Na única nota, divulgada nesta segunda-feira (8), a gráfica RR Donnelley Moore reconhece o erro de montagem nos cadernos amarelos e diz que o contrato impõe um sigilo do conteúdo que impede que sejam feitas revisões com a leitura do material impresso.
A troca de cabeçalhos confundiu muitos estudantes. Mesmo assim, o ministro, Fernando Haddad, nega falha de fiscalização. "Não haveria número de funcionários suficiente para fazer uma conferência de cinco milhões de cadernos, ou dez milhões nos dois dias. Então o que se faz é a conferência da matriz, e o controle de qualidade é da gráfica", diz Haddad.
Fonte: http://g1.globo.com

0 comentários:

Postar um comentário