segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desigualdade dificulta avanço da educação no Brasil, aponta Ipea

Clipping Educacional - Do G1, em Brasília
População alcançou média de 7,5 anos de estudo. Ideal seria 11 anos.
Ipea fez análise da educação no Brasil de 1992 a 2009.
A população brasileira de 15 anos ou mais atingiu em 2009 a média de 7,5 anos de estudo, segundo análise divulgada nesta quinta (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizada com base nos dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad).
O instituto avaliou a educação no Brasil entre 1992 a 2009. Nesse período, segundo o Ipea, a média de anos de estudo da população se ampliou em 2,3 anos e atingiu os 7,5 anos.
De acordo com o diretor da área social do Ipea, Jorge Abrahão, o Brasil levará mais cinco anos para atingir a média de oito anos de escolaridade. "Nos países desenvolvidos, a população tem 11 anos de estudo. É o que seria ideal para o Brasil. É o número que o Brasil tem que buscar", disse Abrahão.
Segundo ele, a desigualdade impede um avanço mais rápído da melhoria da educação no Brasil. "Avançamos, mas a desigualdade permanece. Continuamos com diferenças entre regiões, classes sociais e raças", afirmou.
De acordo com o Ipea, a população urbana tem, na média, 3,9 anos de estudo a mais do que população rural, atingindo 8,7 anos de estudo. "No quesito cor/raça observa-se que os negros têm menos 1,7 anos de estudo, em média, que os brancos", aponta a análise do Ipea.
Analfabetismo
Segundo a análise do Ipea, a população brasileira apresenta uma elevada taxa de analfabetismo (9,7%), mesmo se comparada à de outros países do próprio continente sul-americano.
Entre 1992 e 2009, a taxa de analfabetismo foi reduzida em 7,5 pontros percentuais, com redução média de 0,44 ponto percentual ao ano. O número total de analfabetos no Brasil, segundo a análise, permaneceu praticamente o mesmo nos últimos anos, girando em torno de 14 mihões de pessoas.
Entre a população rural, a taxa de analfabetismo é de 22,8%. Já para a população urbana, esse índice é 4,4%. A população negra tem mais analfabetos (13,4%) que a população branca (5,9%), mas a velocidade da redução da taxa tem sido maior para os negros, em média, 0,76 ponto percentual ao ano, contra 0,27 ponto percentual ao ano para os brancos.
Fonte: http://g1.globo.com

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