Clipping Educacional - Agência O Dia.
Todo ano é a mesma coisa: logo após a correção de provas do Exame Nacional do Ensino Médio começam a pipocar pela internet as chamadas pérolas do Enem. Aquelas repostas que, de tão erradas, parecem ter sido escritas com um único intuito: provocar o riso da equipe responsável pela análise dos exames. As redações e provas de Língua Portuguesa são as campeãs no quesito repostas absurdas, com frases como "O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio (camada de ozônio)" ou "Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia". Mas o que se pode fazer, faltando pouco mais de um mês para a realização do exame, para diminuir as chances de que repostas como estas apareçam nas provas?
Professor de Língua Portuguesa do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Copacabana, Zona Sul do Rio, Felipe Diogo afirma que, nessa reta final, é necessário se concentrar nos conteúdos que ainda não foram totalmente assimilados pelos alunos. Isso pode ser feito através da revisão dos assuntos já abordados em sala de aula, com base em exercícios específicos daquela matéria. "Refazer as provas anteriores para se acostumar com o tipo de enunciado também é importante. Mas os candidatos devem, sobretudo, buscar se atualizar. Por isso é necessário ter sempre em dia a leituras de revistas, jornais, acompanhar noticiários e programas de debate".
Segundo Felipe, esta é uma boa maneira de abastecer-se culturalmente, tanto para responder às questões de Língua Portuguesa, História e Geografia, como para a re-contextualização de aspectos da Física, Biologia, Matemática e Química. "Vale ressaltar que o estudo das línguas estrangeiras (Inglês e Espanhol) não deve ser esquecido. Será o primeiro exame em que ambas aparecerão e por isso a compreensão instrumental de textos e imagens deve ser planejada", explica.
Criado em 1998, o Enem, inicialmente, exigia do candidato um conhecimento, por assim dizer, mais específico, um domínio maior de determinados conteúdos técnicos. Com o passar dos anos, essa característica mudou e a interdisciplinaridade, ou seja, uma certa conexão entre as disciplinas passou a fazer parte do programa do exame.
Fez-se necessário que o candidato tivesse uma visão mais ampla sobre esses mesmos conhecimentos, sendo instigado a perceber que determinadas áreas podem "conversar" umas com as outras na busca de análises e soluções para algumas situações - problema.
Aluno do terceiro ano do Ensino Médio, Leonardo de Almeida Souza, de 18 anos, vem fazendo, ao longo dos meses, provas de edições anteriores do Enem, para se acostumar com os enunciados e, principalmente, com o conteúdo que será cobrado no exame. Segundo ele, a principal dificuldade é lembrar do que a questão pede ao chegar ao final da pergunta. "São enunciados muito grandes, que costumam deixar a gente meio perdidos. Fazer as provas anteriores me ajuda a entender o que a questão realmente pede e responder da melhor maneira possível", avalia.
Para evitar que esse tipo de situação aconteça, Felipe Diogo aconselha os candidatos a selecionar os principais comandos do enunciado para não se perderem. Segundo o professor, a maioria dos candidatos tende a achar que a análise de um texto se refere estritamente a sua interpretação linear, ou seja, aquilo que ele consegue extrair do próprio texto, o que constitui um erro. Para que o aluno consiga realmente entender uma questão, é necessário que ele tenha um bom conhecimento gramatical para poder interpretar a pergunta, sem se perder no meio dela.
"Em um exame que selecionará candidatos a uma universidade, espera-se que o aluno seja capaz de mais do que apenas ler um texto. Para tanto, ele deve saber que todo tipo de produção representa um texto, seja ele um texto literário, um bilhete, uma charge, uma foto e até mesmo uma mensagem no twitter. Tudo é texto e pode ser analisado em sua essência, além de poder ser relacionado a outras questões", explica.
Em 2010 o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que 4.611.441 de pessoas se inscreveram para o Enem. As provas acontecerão nos dais 06 e 07 de novembro e estarão divididas em quatro grupos: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza (Física, Química, Biologia), além das Ciências Humanas (História e Geografia). Principal fantasma de nove entre dez estudantes, as chamadas "pegadinhas" dificilmente estarão presentes nas questões cobradas pelo exame.
"Falar em pegadinhas é estar desatento a esse novo olhar frente ao estudo e observação das disciplinas. É possível criar uma questão que envolva meio-ambiente, mas que se observe alguns aspectos da química, por exemplo. Do mesmo modo, deve-se observar que conceitos da Sociologia, Filosofia podem e devem fazer parte da argumentação no momento da construção da Redação, item importantíssimo na média final", finaliza Felipe Diogo.
fonte: http://noticias.terra.com.br/
Todo ano é a mesma coisa: logo após a correção de provas do Exame Nacional do Ensino Médio começam a pipocar pela internet as chamadas pérolas do Enem. Aquelas repostas que, de tão erradas, parecem ter sido escritas com um único intuito: provocar o riso da equipe responsável pela análise dos exames. As redações e provas de Língua Portuguesa são as campeãs no quesito repostas absurdas, com frases como "O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio (camada de ozônio)" ou "Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia". Mas o que se pode fazer, faltando pouco mais de um mês para a realização do exame, para diminuir as chances de que repostas como estas apareçam nas provas?
Professor de Língua Portuguesa do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Copacabana, Zona Sul do Rio, Felipe Diogo afirma que, nessa reta final, é necessário se concentrar nos conteúdos que ainda não foram totalmente assimilados pelos alunos. Isso pode ser feito através da revisão dos assuntos já abordados em sala de aula, com base em exercícios específicos daquela matéria. "Refazer as provas anteriores para se acostumar com o tipo de enunciado também é importante. Mas os candidatos devem, sobretudo, buscar se atualizar. Por isso é necessário ter sempre em dia a leituras de revistas, jornais, acompanhar noticiários e programas de debate".
Segundo Felipe, esta é uma boa maneira de abastecer-se culturalmente, tanto para responder às questões de Língua Portuguesa, História e Geografia, como para a re-contextualização de aspectos da Física, Biologia, Matemática e Química. "Vale ressaltar que o estudo das línguas estrangeiras (Inglês e Espanhol) não deve ser esquecido. Será o primeiro exame em que ambas aparecerão e por isso a compreensão instrumental de textos e imagens deve ser planejada", explica.
Criado em 1998, o Enem, inicialmente, exigia do candidato um conhecimento, por assim dizer, mais específico, um domínio maior de determinados conteúdos técnicos. Com o passar dos anos, essa característica mudou e a interdisciplinaridade, ou seja, uma certa conexão entre as disciplinas passou a fazer parte do programa do exame.
Fez-se necessário que o candidato tivesse uma visão mais ampla sobre esses mesmos conhecimentos, sendo instigado a perceber que determinadas áreas podem "conversar" umas com as outras na busca de análises e soluções para algumas situações - problema.
Aluno do terceiro ano do Ensino Médio, Leonardo de Almeida Souza, de 18 anos, vem fazendo, ao longo dos meses, provas de edições anteriores do Enem, para se acostumar com os enunciados e, principalmente, com o conteúdo que será cobrado no exame. Segundo ele, a principal dificuldade é lembrar do que a questão pede ao chegar ao final da pergunta. "São enunciados muito grandes, que costumam deixar a gente meio perdidos. Fazer as provas anteriores me ajuda a entender o que a questão realmente pede e responder da melhor maneira possível", avalia.
Para evitar que esse tipo de situação aconteça, Felipe Diogo aconselha os candidatos a selecionar os principais comandos do enunciado para não se perderem. Segundo o professor, a maioria dos candidatos tende a achar que a análise de um texto se refere estritamente a sua interpretação linear, ou seja, aquilo que ele consegue extrair do próprio texto, o que constitui um erro. Para que o aluno consiga realmente entender uma questão, é necessário que ele tenha um bom conhecimento gramatical para poder interpretar a pergunta, sem se perder no meio dela.
"Em um exame que selecionará candidatos a uma universidade, espera-se que o aluno seja capaz de mais do que apenas ler um texto. Para tanto, ele deve saber que todo tipo de produção representa um texto, seja ele um texto literário, um bilhete, uma charge, uma foto e até mesmo uma mensagem no twitter. Tudo é texto e pode ser analisado em sua essência, além de poder ser relacionado a outras questões", explica.
Em 2010 o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que 4.611.441 de pessoas se inscreveram para o Enem. As provas acontecerão nos dais 06 e 07 de novembro e estarão divididas em quatro grupos: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza (Física, Química, Biologia), além das Ciências Humanas (História e Geografia). Principal fantasma de nove entre dez estudantes, as chamadas "pegadinhas" dificilmente estarão presentes nas questões cobradas pelo exame.
"Falar em pegadinhas é estar desatento a esse novo olhar frente ao estudo e observação das disciplinas. É possível criar uma questão que envolva meio-ambiente, mas que se observe alguns aspectos da química, por exemplo. Do mesmo modo, deve-se observar que conceitos da Sociologia, Filosofia podem e devem fazer parte da argumentação no momento da construção da Redação, item importantíssimo na média final", finaliza Felipe Diogo.
fonte: http://noticias.terra.com.br/
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