Clipping Educacional - The Washington Post/ www.estadao.com.br
Confisco de celulares e bloqueio das redes sociais substituem punições tradicionais
Não faz muito tempo, os adolescentes que se metiam em encrencas eram colocados de castigo: perdiam o direito de sair à noite, por exemplo. Mas, nos últimos tempos, a disciplina familiar passou a refletir a era digital. Agora os pais apreendem celulares e fecham perfis do Facebook.
Katherine Frey/The Washington PostIantha Carey observa Ian ao computadorFoi o que ocorreu em Silver Spring, Maryland, quando o filho de Iantha Carey, de 53 anos, recebeu um boletim contendo letras diferentes de A, B e C. Ela decretou que o rapaz de 16 anos não poderia mais acessar o Facebook até obter notas melhores. O resultado: seis semanas fora da rede. “Ele sobreviveu”, conta.
A abordagem dela está se tornando cada vez mais comum, conforme a tecnologia altera aquilo que os adolescentes mais valorizam. Para a geração digital, a prioridade nem sempre é sair com os amigos. Basta estar em contato com eles por meio de mensagens de texto, por exemplo.
Com o começo de um novo ano escolar nos EUA, a ameaça da restrição dos privilégios digitais será uma medida recorrente. “Trata-se de uma versão moderna do castigo”, diz Richard Weissbourd, psicólogo de Harvard. “Representa igualmente uma privação do contato social.”
Em um estudo publicado neste ano, 62% dos pais disseram ter confiscado celulares como forma de castigar os filhos, de acordo com o Pew Internet and American Life Project. Os pais “sabem o quanto o aparelho é importante para seus filhos adolescentes”, diz Amanda Lenhart, coautora da pesquisa. “Eles estavam castigando os filhos em um ponto realmente sensível.”
Em Silver Spring, Iantha crê no poder da tecnologia. Uma semana antes de seu filho, Ian, trazer para casa o boletim ruim, ela tinha limitado o uso do celular dele porque a cota de mensagens de texto havia sido ultrapassada pelo segundo mês seguido. O boletim insuficiente a levou a concluir: “Ele não consegue lidar com tudo isso. Precisa ser desplugado com urgência.”
Os dois conversaram e ela expressou sua opinião: “Você precisa descobrir uma forma de fazer com que essas coisas se encaixem na sua vida, sem deixar que elas a dominem.”
Iantha mudou a senha do perfil do filho no Facebook, impedindo-o de acessar o site durante o período do castigo. “Foi incrível o quanto seu desempenho melhorou quando Ian foi privado das distrações”, diz ela. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
Fonte: http://www.crmariocovas.sp.gov.br
Confisco de celulares e bloqueio das redes sociais substituem punições tradicionais
Não faz muito tempo, os adolescentes que se metiam em encrencas eram colocados de castigo: perdiam o direito de sair à noite, por exemplo. Mas, nos últimos tempos, a disciplina familiar passou a refletir a era digital. Agora os pais apreendem celulares e fecham perfis do Facebook.
Katherine Frey/The Washington PostIantha Carey observa Ian ao computadorFoi o que ocorreu em Silver Spring, Maryland, quando o filho de Iantha Carey, de 53 anos, recebeu um boletim contendo letras diferentes de A, B e C. Ela decretou que o rapaz de 16 anos não poderia mais acessar o Facebook até obter notas melhores. O resultado: seis semanas fora da rede. “Ele sobreviveu”, conta.
A abordagem dela está se tornando cada vez mais comum, conforme a tecnologia altera aquilo que os adolescentes mais valorizam. Para a geração digital, a prioridade nem sempre é sair com os amigos. Basta estar em contato com eles por meio de mensagens de texto, por exemplo.
Com o começo de um novo ano escolar nos EUA, a ameaça da restrição dos privilégios digitais será uma medida recorrente. “Trata-se de uma versão moderna do castigo”, diz Richard Weissbourd, psicólogo de Harvard. “Representa igualmente uma privação do contato social.”
Em um estudo publicado neste ano, 62% dos pais disseram ter confiscado celulares como forma de castigar os filhos, de acordo com o Pew Internet and American Life Project. Os pais “sabem o quanto o aparelho é importante para seus filhos adolescentes”, diz Amanda Lenhart, coautora da pesquisa. “Eles estavam castigando os filhos em um ponto realmente sensível.”
Em Silver Spring, Iantha crê no poder da tecnologia. Uma semana antes de seu filho, Ian, trazer para casa o boletim ruim, ela tinha limitado o uso do celular dele porque a cota de mensagens de texto havia sido ultrapassada pelo segundo mês seguido. O boletim insuficiente a levou a concluir: “Ele não consegue lidar com tudo isso. Precisa ser desplugado com urgência.”
Os dois conversaram e ela expressou sua opinião: “Você precisa descobrir uma forma de fazer com que essas coisas se encaixem na sua vida, sem deixar que elas a dominem.”
Iantha mudou a senha do perfil do filho no Facebook, impedindo-o de acessar o site durante o período do castigo. “Foi incrível o quanto seu desempenho melhorou quando Ian foi privado das distrações”, diz ela. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
Fonte: http://www.crmariocovas.sp.gov.br
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