Fernanda Nogueira
Clipping Educacional - Do G1, em São Paulo
Licenciatura em educomunicação terá 30 vagas no período noturno.
Trabalho também pode ser desenvolvido em ONGs.
Novo curso de graduação da Universidade de São Paulo (USP), que faz parte do vestibular 2011, a licenciatura em educomunicação foi criada para formar profissionais capazes de levar as práticas comunicativas, como a criação de sites e a produção de programas de rádio e televisão, para dentro das escolas.
A ideia de oferecer o curso, que terá 30 vagas no período noturno e duração de 8 semestres, surgiu a partir de pesquisas desenvolvidas pela Escola de Comunicação e Artes (ECA). As disciplinas pedagógicas serão feitas na Faculdade de Educação.
O curso é a primeira licenciatura na área do Brasil. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferece um bacharelado em educomunicação a partir deste semestre.
Segundo o chefe do Departamento de Comunicações e Artes da ECA e coordenador da implantação do curso na USP, Ismar de Oliveira Soares, a palavra educomunicação já era usada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para definir a educação para crítica de mídia. “Demos um novo sentido à palavra, que, para nós, é um conjunto de ações na interface entre educação e comunicação”, disse.
O profissional pode atuar na gestão da comunicação em espaços educativos, na expressão comunicativa através das artes, no uso e gestão do uso de tecnologias, como TV, rádio e internet, dentro da escola e em projetos do terceiro setor, que trabalham mídia e educação. Atualmente, as ONGs já promovem esse diálogo, segundo Soares.
De acordo com o coordenador, o formado em educomunicação poderá ainda lecionar comunicação para turmas do ensino médio, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
“Nesse momento, o MEC faz uma revisão do ensino médio devido à evasão dos estudantes, que muitas vezes é motivada pela falta de interesse. Um dos motivos disso é o conteúdo das aulas, que tem um ensino não adequado à realidade”, disse Soares.
A presença de um comunicador na escola deverá propiciar a aproximação desse espaço com o mundo da produção cultural e fará com que os estudantes se expressem melhor, na opinião de Soares.
Com relação aos equipamentos, o professor explica que já faz parte de projetos do governo federal equipar com rádio, TV e vídeo as escolas do país e que o educomunicador será o profissional preparado para trabalhar com esse material. “Será uma forma de transformar a escola em espaço de expressão, de ‘dizer o mundo’, como defendia o educador Paulo Freire”, disse Soares.
O professor afirma que, mais do que um computador por aluno, como quer o governo federal, é preciso haver um laboratório por escola. “Esse espaço pode ser usado coletivamente, de forma democrática. Fica mais barato e não é tão individualista”, afirmou.
Apesar de noturno, o curso exigirá dedicação do estudante durante o dia, principalmente em leitura e nas 420 horas de estágio exigidas, segundo Soares.
Fonte: http://g1.globo.com
Licenciatura em educomunicação terá 30 vagas no período noturno.
Trabalho também pode ser desenvolvido em ONGs.
Novo curso de graduação da Universidade de São Paulo (USP), que faz parte do vestibular 2011, a licenciatura em educomunicação foi criada para formar profissionais capazes de levar as práticas comunicativas, como a criação de sites e a produção de programas de rádio e televisão, para dentro das escolas.
A ideia de oferecer o curso, que terá 30 vagas no período noturno e duração de 8 semestres, surgiu a partir de pesquisas desenvolvidas pela Escola de Comunicação e Artes (ECA). As disciplinas pedagógicas serão feitas na Faculdade de Educação.
O curso é a primeira licenciatura na área do Brasil. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferece um bacharelado em educomunicação a partir deste semestre.
Segundo o chefe do Departamento de Comunicações e Artes da ECA e coordenador da implantação do curso na USP, Ismar de Oliveira Soares, a palavra educomunicação já era usada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para definir a educação para crítica de mídia. “Demos um novo sentido à palavra, que, para nós, é um conjunto de ações na interface entre educação e comunicação”, disse.
O profissional pode atuar na gestão da comunicação em espaços educativos, na expressão comunicativa através das artes, no uso e gestão do uso de tecnologias, como TV, rádio e internet, dentro da escola e em projetos do terceiro setor, que trabalham mídia e educação. Atualmente, as ONGs já promovem esse diálogo, segundo Soares.
De acordo com o coordenador, o formado em educomunicação poderá ainda lecionar comunicação para turmas do ensino médio, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
“Nesse momento, o MEC faz uma revisão do ensino médio devido à evasão dos estudantes, que muitas vezes é motivada pela falta de interesse. Um dos motivos disso é o conteúdo das aulas, que tem um ensino não adequado à realidade”, disse Soares.
A presença de um comunicador na escola deverá propiciar a aproximação desse espaço com o mundo da produção cultural e fará com que os estudantes se expressem melhor, na opinião de Soares.
Com relação aos equipamentos, o professor explica que já faz parte de projetos do governo federal equipar com rádio, TV e vídeo as escolas do país e que o educomunicador será o profissional preparado para trabalhar com esse material. “Será uma forma de transformar a escola em espaço de expressão, de ‘dizer o mundo’, como defendia o educador Paulo Freire”, disse Soares.
O professor afirma que, mais do que um computador por aluno, como quer o governo federal, é preciso haver um laboratório por escola. “Esse espaço pode ser usado coletivamente, de forma democrática. Fica mais barato e não é tão individualista”, afirmou.
Apesar de noturno, o curso exigirá dedicação do estudante durante o dia, principalmente em leitura e nas 420 horas de estágio exigidas, segundo Soares.
Fonte: http://g1.globo.com
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