sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Hiroshima, 6 de Agosto de 1945, 8h15 - bomba atómica

Uma bomba atômica (português brasileiro) ou bomba atómica (português europeu), ou com maior rigor bomba nuclear, é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso — dependendo da potência uma única bomba é capaz de destruir uma grande cidade inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial (consistindo em um dos maiores ataques a uma população civil, quase 200 mil mortos, já ocorridos na história). No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países.
Muitos confundem o termo genérico "bomba atômica" com um aparato de fissão. Por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos (caças ou bombardeiros) ou lançamento por mísseis. Entretanto, mesmo neste sentido o termo bomba atômica mostra-se não muito adequado pois bombas tradicionais lançadas por aviões ou mísseis também têm suas energias liberadas a partir de átomos (pela eletrosfera durante as reações químicas), entretanto, mostrando-se o termo bomba nuclear certamente mais adequado para se fazer referências aos artefatos no escopo deste artigo. Por ogivas nucleares, entende-se as armas nucleares passíveis de utilização em mísseis. Já os artefatos nucleares não são passíveis de utilização militar, servindo portanto, somente para a realização de testes, como foi o caso do artefato de Trinity (o primeiro detonado) ou o caso do artefato nuclear norte-coreano testado em 9 de Outubro de 2006.
As potências nucleares declaradas são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia, o Paquistão e Israel. Estes países já possuem o material para fins ofensivos. Outra nação que já testou armamento nuclear foi a Coreia do Norte, porém assinou um acordo com a ONU para se desarmar, devido a embargos econômicos e a forte pressão norte americana.
O arsenal nuclear é, hodiernamente, uma "moeda de troca" ou uma poderosa "força de barganha" nas relações políticas entre as nações nestes tempos de comércio global. Tanto é assim que os países que possuem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU são potências nucleares. Há muitos motivos para a não-proliferação das armas atômicas, mas o principal, certamente, não é o que tem por objetivo "o bem da humanidade" ou o anseio pela "paz eterna", isto porque a Paz (um mundo sem guerras) é contrário aos objetivos instituídos pela indústria bélica que emprega milhares de pessoas e lucra bilhões de dólares por ano. Os tratados de não-proliferação impostos aos países que ainda não fazem parte do "clube nuclear" é apenas um meio de mantê-los afastados de um dos melhores argumentos de convencimento no âmbito do "jogo político".

Relatos de sobreviventes
Quando a bomba veio vi um clarão amarelo e fiquei rodeada pela escuridão. Um edifício de madeira com dois andares que era a minha casa com oito quartos ficou feito em pedaços e cobriu-me.
Quando vim a mim estava tudo negro como breu à minha volta. Tentei levantar-me mas tinha uma perna partida. Tentei falar mas vi que tinha partido seis dentes. Quando reparei que tinha a cara e as costas queimadas, que tinha um corte que ia do ombro até à cintura, rastejei até à margem do rio e quando lá cheguei vi centenas de corpos a boiar. Foi aí que percebi, chocada, que tinham atingido toda a cidade de Hiroshima.
Encontrei uma fila infindável de refugiados todos sem qualquer peça de roupa no corpo e a pele da cara, dos braços e do peito fora arrancada e estava pendurada e, contudo, eles não tinham qualquer expressão. Fugiam em silêncio profundo. Achei que era uma procissão de fantasmas.

Relatos de sobreviventes
Vimos uma nuvem a subir. (...) Estávamos a 33 mil pés e a nuvem estava lá e continuava a subir em ebulição, como se estivesse a rolar e a ferver. A superfície não passava de um ponto negro em ebulição. A única comparação possível é com um barril de alcatrão. Era isso o que parecia. Onde antes estava uma cidade com casas, prédios e tudo o que se via àquela altitude, agora só se viam destroços pretos e em ebulição lá em baixo.
Paul Tibbets

Lembro-me de uma frase das escrituras hindus, o Bhagavad Gita. Vishnu está a tentar persuadir o príncipe a fazer o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços e diz: “agora sou a morte, a destruidora dos mundos.”
Robert Oppenheimer
fonte: http://pt.wikipedia.org/ e http://obviousmag.org/

4 comentários:

  1. Que Post Fantástico!
    Amiga Silvana:
    Eu gostei da explicação sobre as Bombas. Sabe amiga, sempre que leio alguma matéria sobre a fatídica guerra de Hiroshima e Nagasaki, isso me corta o coração. Para mim, nunca fui convencido da necessidade de usar a bendita Bomba, pois, o Japão já estava vencido. O Japão aprendeu, e o agressor continua a ensaiar das suas e quem sofre com tudo isso é próprio povo americano. Podemos fazer as contas. É o que eu penso.
    Parabéns pela excelente matéria!
    Fraternalmente,
    LISON.

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  2. Parabéns pelo post... instrutivo demais: aprendi muito e tirei minhas dúvidas a respeito do assunto!
    Obrigado por esse post e pelo seu blog, que me mantém atualizado! Saiba que o divulgo sempre em reuniões das quais participo.
    Abraços

    Wilson

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  3. Nossa, realmente post fantástico, as pessoas não podem mesmo se esquecer disso, as pessoas lembram tnt dos campos de concentração, mas esquecem desse terrível acontecimento, só por causa de quem atacou, foi uma tragédia enorme, que eu espero sinceramenre que nunca se repita.

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  4. Segundo os ultimos calculos a quantidade de armas nucleares dá pra acabar com o mundo umas 50 vezes ..... rsrsr e só precisamos de uma ...

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