Clipping Educacional - Folha de São Paulo
Foi infeliz, e deveria ser abandonada, a ideia do governo de São Paulo de oferecer recompensa monetária aos estudantes da rede pública que aceitarem tomar aulas de reforço em matemática.
Mesmo de um ponto de vista estritamente pragmático, é difícil crer que uma cédula de R$ 50, entregue às mãos de uma criança de 11 ou 12 anos de idade, represente o incentivo melhor e necessário para a frequência às sessões extras de estudo.
É de educação que se trata e é dessa perspectiva que a iniciativa precisa ser avaliada. Que tipo de lição o poder público dará aos estudantes de 6º e 7º anos ao lhes oferecer dinheiro em troca do comparecimento à sala de aula?
A atribuição de preço específico, seja ele qual for, a valores que não podem nem devem ser trocados no mercado tende a debilitá-los. Há comportamentos que devem ser perseguidos independentemente do benefício material que possam gerar. Esse princípio vale para a honestidade e o respeito ao próximo. Vale também para o esforço escolar. Parece óbvio, mas o governo do Estado, ao que tudo indica, não aprendeu essa lição.
É lamentável, sobretudo, que essa proposta enviesada venha macular um esforço elogiável da atual gestão para melhorar o desempenho dos alunos em matemática, verdadeiro calcanhar de aquiles do ensino público no país.
O projeto de tutoria acerta ao organizar aulas de reforço da disciplina, oferecidas pelos bons estudantes do ensino médio a seus colegas na etapa fundamental. O temor de que os mais novos faltem ou desistam do programa é que veio incluir a recompensa argentária na discussão.
Há outros meios para manter as crianças em sala de aula. É preciso melhorar a qualidade e a motivação dos professores e as condições de infraestrutura dos colégios, tornando-os mais atrativos para os alunos. Quanto custará, ainda, para o poder público realizar com competência esse trabalho?
fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Foi infeliz, e deveria ser abandonada, a ideia do governo de São Paulo de oferecer recompensa monetária aos estudantes da rede pública que aceitarem tomar aulas de reforço em matemática.
Mesmo de um ponto de vista estritamente pragmático, é difícil crer que uma cédula de R$ 50, entregue às mãos de uma criança de 11 ou 12 anos de idade, represente o incentivo melhor e necessário para a frequência às sessões extras de estudo.
É de educação que se trata e é dessa perspectiva que a iniciativa precisa ser avaliada. Que tipo de lição o poder público dará aos estudantes de 6º e 7º anos ao lhes oferecer dinheiro em troca do comparecimento à sala de aula?
A atribuição de preço específico, seja ele qual for, a valores que não podem nem devem ser trocados no mercado tende a debilitá-los. Há comportamentos que devem ser perseguidos independentemente do benefício material que possam gerar. Esse princípio vale para a honestidade e o respeito ao próximo. Vale também para o esforço escolar. Parece óbvio, mas o governo do Estado, ao que tudo indica, não aprendeu essa lição.
É lamentável, sobretudo, que essa proposta enviesada venha macular um esforço elogiável da atual gestão para melhorar o desempenho dos alunos em matemática, verdadeiro calcanhar de aquiles do ensino público no país.
O projeto de tutoria acerta ao organizar aulas de reforço da disciplina, oferecidas pelos bons estudantes do ensino médio a seus colegas na etapa fundamental. O temor de que os mais novos faltem ou desistam do programa é que veio incluir a recompensa argentária na discussão.
Há outros meios para manter as crianças em sala de aula. É preciso melhorar a qualidade e a motivação dos professores e as condições de infraestrutura dos colégios, tornando-os mais atrativos para os alunos. Quanto custará, ainda, para o poder público realizar com competência esse trabalho?
fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Oi Silvana,
ResponderExcluirUma idéia infeliz, de um governo infeliz, que infelizmente quer governar o país.
Espero, para a felicidade geral, dos professores e alunos, não consiga.
Bela matéria.
Um abraço.
Amiga Silvana,
ResponderExcluirÉ lamentável lermos uma notícia desse tipo.
O dinheiro não compra tudo, principalmente a educação e o bom senso, que são bens de valor incalculável.
Parabéns pela excelente postagem.
Grande Abraço.
Roni.
Eu tenho uma idéia melhor.
ResponderExcluirMe pague R$ 50,00 por aula assistida em uma universidade pública e me ajudem a me tornar doutor.
Estes alunos que irão ser benefíciados com este recurso, serão os eleitores do futuro que venderão seus votos.
I can't belive !!!!! go to school, sit in the chair and U$ 25; No thank's education i prefor.
ResponderExcluirQue tal empregar o dinheiro para que professores façam cursos de qualificação para se aprimorarem mais; apliquem tambem o dinheiro para compra de novos equipamentos, como computadores, e livros para biblioteca escolar? Oferecerem lanche aos estudantes, porque muitos talvez sintam fome e um café com leite já seria excelente para se sentirem melhor?
ResponderExcluirSil, minha querida!
ResponderExcluirÉ triste ver como a educação é tratada como um fardo, um verdadeiro incômodo. O governo há muito que perdeu as suas rédeas. Pagar é mais fácil do que incentivar e estimular. Me lembra o caso de pais que preferem pagar "babás" para educarem os filhos que são sua responsabilidade. Preferem repassar o problema. Muitos desses jovens "comprados", dependendo de onde moram, estão em contato com o crime e as drogas e esse ato do governo, mais do que um incentivo ao estudo, viabiliza um outro problema que também passa despercebido ou ignorado...é como aquela sujeira que se quer colocar debaixo do tapete... Muito triste...futuro de pessoas corruptíveis.
Grande beijo,
Jackie
Não se espante. Aqui no Rio foi a mesma coisa. Apenas ficamos imaginando se os alunos pediriam notas melhores tendo um revolver ou uma faca nas mãos, ou ambas. :)
ResponderExcluirAbraços.
Triste ver que nosso país dá mais valor ao dinheiro do que ao caráter.... nossas crianças e adolescentes precisam de um ensino de qualidade e não de dinheiro como incentivo ao estudo!
ResponderExcluirVamos respeitar e exigir respeito as nossas crianças... adultos de amanhã.
Lamentável
Beijo no coração
Minha querida amiga Silvana
ResponderExcluirÉ um absurdo !
Desse jeito a moçada não vai aprender mesmo,esse mau exemplo que o governo paulista pode representar um futuro aniquilador na vidas dessas crianças.
Outro absurdo é não haver repetência e os alunos vão passando sem saber ler,escrever e acabam por eleger gente sem a minima noção de democracia,cidadania ...
Eu ainda acredito num pais melhor (mais as pessoas têm que evoluirem,se depender dos politicos nunca isso irá acontecer)
Um abraço
Bom post...má notícia!
ResponderExcluirO governo resolveu ensinar os futuros eleitores a se vender...mau exemplo.
A cultura do "jeitinho" ensinado nas escolas! E não me venham culpar os professores pela má educação...estes sim são vítimas, tendo que utilizar cartilhas burras, com conhecimento engessado. É triste a realidade das escolas públicas brasileiras...
Um abraço!
Saudações!
ResponderExcluirAmiga Silvana Marmo:
A matéria é delicada. Tenho minhas dúvidas sobre a pretensão de desafiarem a inteligência de estudantes. Primeiro é que eu tenho quase certeza que um estudante por menos esclarecido que seja, não deseja atirar no próprio pé em troca de 50 $$$“pleques”.
Não só o governo do estado de são Paulo, mas todos os governos deveriam dar condições palpáveis a todos os professores e demais profissionais que trabalham com a educação.
Se bem, que por outro lado, esta é a típica cultura das “bolsas” que se espalham pelo país afora, no afã do “tudo pelo social”, onde prevalece critérios eivados de politicagem principalmente nos pequenos e médios municípios quando pseudas lideranças indicam seus cabos eleitorais e controlam com seus familiares os “conselhos” para viabilizar suas péssimas políticas públicas.
Parabéns por mais uma excelente matéria!
Abraços,
LSION.