terça-feira, 6 de julho de 2010

“Aula cronometrada”

oberta de Abreu Lima
Clipping Educacional - Veja / edição 2170 / 13 de junho de 2010
“Aula cronometrada” é uma matéria assinada por Roberta de Abreu Lima (Veja / edição 2170 / 13 de junho de 2010) sobre como os cronômetros podem ajudar a compreender as causas da propalada ineficácia na sala de aula em escolas públicas brasileiras. A presença de especialistas, com um suposto rigoroso método científico, munidos de cronômetros, sentados ao fundo da sala, foi rotulada pelo sindicato dos professores pernambucanos como prática de "patrulhamento" e "repressão". Segundo a autora da matéria, essa postura do sindicato mostra uma manifestação de flagrante corporativismo.
De qualquer modo, esses especialistas, além da observação tradicional, cronometram como o tempo de aula é utilizado. Com um universo de 400 escolas visitadas até o momento, nos Estados de Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro, um fato óbvio agora assume ares de ciência: as aulas são monótonas e o uso do quadro é a principal técnica de ensino, o que leva à indisciplina e à desatenção por parte dos alunos. Sugere-se também que os professores gastam tempo demais com temas irrelevantes e não se mostram capazes de atrair o interesse de alunos rodeados por demandas e desejos da chamada era digital.
Esses profissionais cronometradores são treinados pelo Banco Mundial e podem ser mais uma arma, mesmo que polêmica, para fazer com que o Brasil saia do ciclo vicioso do ensino precário/aprendizagem ineficaz. Só o tempo dirá se tal método cientificista e positivista poderá seduzir professores e educadores em geral, em nome de um ensino mais reflexivo e condizente com a contemporaneidade.
fonte: http://pt.shvoong.com

5 comentários:

  1. Se o argumento apresentado for, de fato, "Esses profissionais cronometradores são treinados pelo Banco Mundial e podem ser mais uma arma, mesmo que polêmica, para fazer com que o Brasil saia do ciclo vicioso do ensino precário/aprendizagem ineficaz", então vamos imaginar que:
    * o Tribunal de Justiça no Brasil sofre com o problema do tempo (seria ineficiência?) - então, CRONÔMETRO neles;
    * o Congresso não tem sessões às segundas e sexta-feiras, normalmente, e o tempo que as casas de leis têm para produzir e repassar leis é insuficiente (seria má ocupação de tempo?) - CRONÔMETRO neles;
    * o Executivo, eleito pelo povo, se não me prega uma peça a memória, JAMAIS esteve a andar pelas ruas da minha cidade para sentir o que o seu eleitor vive (seria má disposição do tempo?) - então, CRONÔMETRO nele;
    * os especialistas que falam da realidade de uma sala de aula, SEM nunca conviver o dia-a-dia de uma dela (seria por oportunidade de tempo), então SEJAM BEM-VINDOS/AS a uma dessas salas.

    NOTA 1: Não venha com o aparato do Estado, ou do Gabinete que você ostenta, porque assim moldarão a realidade de uma escola em função de suas presenças.

    NOTA 2: Venha como alguém do dia-a-dia, como um/a professor/a substituto, passem uma semana de trabalho efetivo, e depois formulem as suas novas teorias.
    Até mais.

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  2. GEROLOMO, A.C. disse...
    Com certeza todos que estão direta ou indiretamente envolvidos com uma sala de aula, com escola, escolarização, educação tem alguma crítica, sugestão para a sua melhoria. Que ótimo! Sobre escola, escolarização, educação, professor todos falam, “todos acham” e o direto de expressão ninguém pode impedir, Porém defender uma aula cronometrada como faz o artigo de Roberta de Abreu Lima é um anacronismo, para não dizer aberração. Aula cronometrada é defendida por uma filosofia que tem como objetivo a quantidade de conhecimento. Tal filosofia encara a sala de aula igualmente a uma linha de produção de uma fábrica ou um banco, quanto mais, melhor a qualidade. Ignora os reais problemas de uma sala de aula. Tal ideia é a propagação da educação bancária criticada por Paulo Freire. Os cronômetros “tayloristas” já foram abandonados há muito tempo.

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  3. GEROLOMO, A.C. disse...
    Com certeza todos que estão direta ou indiretamente envolvidos com uma sala de aula, com escola, escolarização, educação tem alguma crítica, sugestão para a sua melhoria. Que ótimo! Sobre escola, escolarização, educação, professor todos falam, “todos acham” e o direto de expressão ninguém pode impedir, Porém defender uma aula cronometrada como faz o artigo de Roberta de Abreu Lima é um anacronismo, para não dizer aberração. Aula cronometrada é defendida por uma filosofia que tem como objetivo a quantidade de conhecimento. Tal filosofia encara a sala de aula igualmente a uma linha de produção de uma fábrica ou um banco, quanto mais, melhor a qualidade. Ignora os reais problemas de uma sala de aula. Tal ideia é a propagação da educação bancária criticada por Paulo Freire. Os cronômetros “tayloristas” já foram abandonados há muito tempo.

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  4. Isso é de tamanha idiotice que nem sequer tenho como mensurar.
    Manda essa Senhora entrar numa sala de aula como educadora e depois ela me diga como foi. Palhaça.

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  5. Ela comentou em seu texto que as pesquisas afirmam que grande parte do tempo de uma aula é perdido com a indisciplina e as aulas chatas de louza. Será que o cronômetro poderia apontar deste tempo quanto o professor gastou chamando a atenção dos alunos indisciplinados?
    E este tal cronômetro afinal, vai disciplinar os alunos?
    Ah sim, estes alunos envolvidos na era digital... talvez o cronômetro dará um jeito então para as escolar TODAS ter data-schow, um computador POR ALUNO (três ou quatro alunos por computador é o fim)?
    Ah este CRONÔMETRO, ideia trazida lá dos paízes ricos traz também a disciplina e condição financeira que tem por lá alunos e professores de lá não??? OPA!!! Assim todos nós professores estenderemos um tapete vermellho para o cronômetro passar!!! Enquanto ele vem só com ideias de paízes que nada tem a ver com nossa realidade, bendito sejam os professores que ainda se "rebelam" contra as barbaridedes que fazem as pessoas que nada conhecem da realidade escolar brasileira. E pensar que são bem estes que tem opoder nas mãos... ACORDA BRASIL!!!

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