segunda-feira, 29 de março de 2010

Só piso salarial não resolve problema de professor, diz Haddad

Sarah Fernandes
Clipping Educacional - Enviada especial a Brasília (DF)
Garantir um piso salarial não é suficiente para dar conta das necessidades dos professores. Será preciso criar um plano de carreira e aumentar a verba direcionada para as escolas, principalmente as das regiões mais pobres. A avaliação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a abertura da Conferência Nacional da Educação (Conae), que acontece entre 28 e 1ª de abril em Brasília (DF).
Antes de 2005 um profissional que não se dedicava à docência recebia um salário 86% maior que um professor. “Em 2005 a diferença caiu para 51%, mas ela ainda é muito grande”, avaliou Haddad. “Reconhecer o piso não é suficiente. Temos que aprovar diretrizes de carreira, para dizermos à juventude: ‘venha ser professor, sua carreira estará assegurada”.
A recomendação do ministro é que o piso salarial e o plano de carreira sejam assuntos debatidos na Conferência e que passem a integrar o Plano Nacional de Educação (PNE) – série de diretrizes que vão pautar as políticas públicas de educação entre 2011 e 2020 e que serão levantadas na Conae. A sugestão de Haddad é que sejam estipuladas metas específicas para os dois temas, para garantir a aplicação.
O Plano também deve contemplar a diminuição da diferença de verba entre os estados, recomenda o Ministério. “Temos que garantir que todos os brasileiros, não importa o local de nascimento, tenham acesso a educação de qualidade”, avaliou Haddad.
O ministro também recomendou que o PNE não contemple apenas metas quantitativas. “Esses indicadores são importantes porque se referem ao atendimento. Mas não basta atender, é preciso dar qualidade. Meios e fins precisam andar juntos no novo Plano”.

Etapas da Educação
A educação infantil e o ensino médio devem ser assuntos fundamentais na Conferência, sugeriu o Ministério. “Sem educação infantil não dá para avançar no ensino fundamental, nem baixar os índices de repetência”, avaliou Haddad. “O mesmo vale para o ensino médio. Como pensar educação superior e fundamental sem pensar em ensino médio?”.
fonte: http://aprendiz.uol.com.br

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