sábado, 6 de março de 2010

Secretaria da Educação diz que greve dos professores de SP é "decisão política"

Clipping Educacional - da Folha Online
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, a Secretaria Estadual da Educação classificou a aprovação da greve dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo como "uma decisão política". A paralisação, a partir da próxima segunda-feira (8), foi decidida em assembleia realizada nesta sexta-feira na praça da República, no centro de São Paulo, em frente à secretaria.
A secretaria considera a pauta de reivindicações da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) como "inimiga da melhoria da qualidade da educação de São Paulo", já que a entidade é contra as provas de avaliação dos professores.
"A secretaria confia que o conjunto dos professores, a exemplo das tentativas anteriores da Apeoesp, não vai se mobilizar em relação a essa pauta que só prejudica o ensino público e que é contrária aos próprios interesses dos professores", afirma a nota.
Sobre o reajuste salarial que motivou a greve --a Apeoesp pede 34,3% para todos os professores-- a secretaria afirma que o Estado já investe 30% do orçamento em educação, e que não há condição econômica para sustentar um "aumento dessa dimensão, o que desorganizaria todos os programas que permitem o funcionamento das mais de 5.000 escolas estaduais".
De acordo com a Apeoesp, a proposta, feita pelo governo, de incorporar as gratificações ao salário cria um reajuste de 0,27% para professores até a 4ª série do ensino fundamental, e 0,59% para os professores da 5ª série do ensino fundamental ao ensino médio.
Com a greve, os professores esperam que a gestão José Serra (PSDB) sinta-se pressionada e inicie um processo de negociação para o reajuste dos salários. A paralisação deve permanecer até a próxima sexta-feira (12), quando ocorre uma nova assembleia para avaliação e definição dos rumos a serem tomados. O local escolhido para o encontro foi o vão do Masp, na avenida Paulista --os organizadores esperam sair de lá em passeata.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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