segunda-feira, 22 de março de 2010

210 mil profissionais da Educação de SP vão ganhar bônus; governo muda regras

Ana Okada
Clipping Educacional - Em São Paulo
O governo do Estado de São Paulo anunciou, na tarde desta segunda-feira (22), que concederá bônus salarial por mérito para 209.833 funcionários da Educação do Estado. De acordo com a política adotada, têm direito ao benefício os funcionários que pertencem às escolas que atingiram as metas da educação paulista.
Em 2010, houve aumento no número de beneficiados de 7,1% em relação ao ano passado, quando 196 mil profissionais foram contemplados. Podiam receber o bônus 227,7 mil funcionários – ou seja, 17 mil ficaram de fora.
A bonificação, que pode chegar a quase três salários, é baseada no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) de 2009, divulgado em 26 de fevereiro. O benefício só é integral para os docentes e profissionais que não faltaram ao serviço. Caso tenham sido registradas ausências, o bônus é concedido de maneira proporcional.
A consulta ao bônus, que será depositado em conta no dia 25, estará disponível no site da secretaria de Educação na tarde desta segunda.
Mudança de critério para premiação
Em 2009, as escolas que estavam entre as melhores de cada ciclo ganharam bônus adicional. Este benefício se restringia às instituições situadas entre as 10% melhores do Estado em cada ciclo de ensino (fundamental 1, fundamental 2 e ensino médio).
Este ano, o governo decidiu alterar o critério alegando que houve melhora de desempenho de 9% na rede. Portanto, segundo a pasta, mais escolas tinham de ser congratuladas. A partir de agora, todos os profissionais de colégios que superaram a média têm direito ao adicional do bônus. O benefício é proporcional à proximidade da meta de longo prazo.
Segundo Paulo Renato Souza, a mudança atende a reivindicações das escolas.
Denúncia
O bônus é calculado com base na média de cada escola no Idesp, que é feito a partir do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), uma prova aplicada aos estudantes.
A Secretaria da Educação do Estado informou que investiga 11 escolas que tiveram aumento muito expressivo na avaliação. De acordo com a pasta, recai sobre estes colégios a suspeita de terem fraudado a realização do exame. Até que fique constatada a lisura do processo de avaliação, estas instituições estão com o bônus suspenso.
Na terça-feira que vem (30), o governo deverá anunciar os nomes de 44 mil professores contemplados no Programa de Valorização por Mérito, que concede aumento salarial para quem tirou as melhores notas em uma avaliação do Estado.

2 comentários:

  1. Que jóia! Tenho amigas professoras que dão um duro danado. Não sei se elas serão contempladas mas vou torcer pra isso. Mas de modo geral é muito bom que assuntos de ensino e exercício da profissão apareçam na mídia.
    Acho que todo o jornal, toda a revista, mídia em geral, que trata de assuntos do cotidiano deveria abrir espaço para os professores se expressarem (friso: só para professores), a vida na escola, destacar também alunos para dar o exemplo, estimular e incentivar professor e aluno, que também não se sente valorizado, pq questões de ensino, precisam estar sempre em pauta, para ninguém esquecer que educação é a base na formação moral e cível de uma sociedade.

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  2. Acho que investir mais na educação e na formação e reciclagem dos professores seria bem mais justo.
    Vamos só supor que um determinado professor se empenhe , mas a classe não esteja determinada a aprender, porque o que vemos constantemente é a falta de interesse do aluno, mas este professor não receberá o bônus por que a sua escola não teve a nota mínima exigida para receber o prêmio.
    Isto é ser justo?
    Eu discordo.
    E sem contar que premiam serventes da escola que nada tem a ver com o projeto pedagógico ou que contribuem de forma efetiva com a alfabetização do aluno.
    Isto é fazer politica.
    O professor que hoje em dia aguenta tudo quanto é situação em uma sala de aula, é ameaçado, agredido, desrespeitado e por muitas vezes dão aulas em comunidades carentes onde a condição de dar aula é muito reduzida face a realidade social em que se encontram as pessoas e por vezes não há nem o mínimo de interesse destes alunos em estudar.
    Mas não há que se premiar este professor que se arrisca todos os dias em busca do seu ganha pão e da esperança de fazer deste mundo um lugar melhor para as pessoas através da educação.
    Sinceramente, volto a repetir, isto pra mim é jogada política.
    Eu sou a favor de melhores salários e que a educação seja vista de uma outra forma pela gestão, que seja dada autonomia para os professores darem aula e não só ficar presos a apostilas q o Governo distribui.
    Abraços.

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