terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O vestibular dos vestibulares

Clipping Educacional - Jornal da Tarde
Os 37.968 candidatos que passaram para a segunda fase do vestibular da Fuvest têm um motivo a mais para se orgulhar do seu desempenho. O exame de seleção da USP foi considerado o melhor vestibular das universidades públicas paulistas pelos professores de dez cursinhos e colégios ouvidos pelo Estadão.edu.
Eles analisaram as provas da USP, da Unesp e da Unicamp para votar em seis quesitos: o melhor vestibular; o mais difícil; o que exigiu mais conteúdo; o mais trabalhoso; o de perfil mais interdisciplinar; e o que exigiu maior conhecimento de atualidades.
A Fuvest venceu em todas as categorias - em uma delas, a de prova mais trabalhosa, houve empate com a Unicamp. O exame da USP recebeu 35 votos dos 60 possíveis. A Unesp veio a seguir, com 15 votos, e a Unicamp ficou em terceiro lugar, com 14. O número total de votos superou o de entrevistados porque alguns deles indicaram mais de uma universidade nas respostas.
Para os professores do cursinho Intergraus, que responderam à pesquisa em conjunto, a Fuvest se destacou pela abordagem abrangente e por exigir do candidato a capacidade de trabalhar com conceitos. Álvaro Zimmermann Aranha, que ensina matemática no Colégio Bandeirantes, concorda: "Pensando em uma prova que deve examinar conteúdos do ensino médio, a Fuvest foi, sem dúvida, a melhor."
Para a diretora da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, as mudanças promovidas no exame deste ano colaboraram para manter o bom nível da prova. "A avaliação da Fuvest mostra também a qualidade dos candidatos", diz.
No levantamento, o exame da USP venceu com folga na categoria de vestibular mais difícil, com 6 votos. Para a coordenadora do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, essa é uma característica histórica do exame. "A Fuvest é mais difícil pela exigência de conteúdo, pelo tempo de prova e pelo número de questões."
O grau de dificuldade dos vestibulares das universidades paulistas dividiu opiniões no Vértice. "Os professores votaram na Unesp, mas os alunos escolheram a Fuvest", diz Adilson Garcia, diretor do colégio. Para o professor do Global, Cesar Betioli, todos os exames tiveram dificuldade média. "As provas seguiram a linha dos anos anteriores."
Agora, o foco de cursinhos e colégios é ensinar atalhos para driblar os desafios das provas finais, já que entrar na USP, Unesp e Unicamp é o sonho de uma legião de alunos. Em 2009, os três vestibulares receberam, juntos, 252.134 inscrições. O número é mais de 12 vezes maior que a oferta de vagas, que não chega a 21 mil.
Os exames deste ano têm novidades que deixaram candidatos ansiosos. Na Fuvest, os pontos da primeira fase não contam mais na nota final. E a segunda fase passou a exigir todas as disciplinas. "É uma prova mais profunda, mesmo tendo o conteúdo básico igual ao da primeira fase", diz Maria Thereza.
A Unesp agora é dividida em áreas interdisciplinares, como Ciências Humanas e da Natureza, seguindo o modelo do Enem. Tania Cristina Arantes Macedo de Azevedo, diretora da Vunesp - que organiza a prova da Unesp -, diz que, "para não surpreender os candidatos", apenas algumas questões com esse novo modelo entraram no exame de primeira fase. Ela faz um alerta semelhante ao de Maria Thereza em relação à segunda etapa do vestibular: "O conteúdo será o mesmo do exame da primeira fase, mas as questões estão mais complexas."
A Unicamp promete uma segunda fase sem surpresas. Renato Pedrosa, coordenador-executivo da Comvest, responsável pelo exame, afirma que o foco da prova está no conteúdo. "Mas sempre no modelo da Unicamp, que tem avaliação de conceitos, e não decoreba."

Unesp
20 e 21 de dezembro
Duração: 4h30

USP
De 3 a 5 de janeiro
Duração: 4 h

Unicamp
De 10 a 13 de janeiro
Duração: 4 h
fonte:http://www.saopaulo.sp.gov.br

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