ANGELA PINHO
Clipping Educacional - da Folha de S.Paulo, em Brasília
Onze questões da prova de comunicação social do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) foram anuladas por problemas na sua formulação. A prova é aplicada a alunos e formandos de educação superior e serve de base para a avaliação das instituições de ensino. Cada área é examinada de três em três anos.
Uma das anuladas gerou polêmica por pedir que os alunos analisassem críticas feitas na imprensa a Lula, quando disse que a crise mundial no Brasil não passaria de "marolinha".
"Agora é a imprensa internacional que lembra e confirma a previsão do presidente Lula", dizia o enunciado da questão, pedindo em seguida que o aluno avaliasse se houve por parte da imprensa "atitude preconceituosa", "irresponsabilidade", "livre exercício da crítica", "manipulação política da mídia" ou "pré-julgamento".
A resposta prevista no gabarito era "c", ou seja, houve livre exercício da crítica, mas a comissão considerou que a questão envolvia um contexto político que poderia confundir o candidato. Ou seja: pelo fato de a prova ser aplicada pelo governo, o estudante poderia pensar que o certo seria dizer que a crítica da imprensa era preconceituosa ou irresponsável.
A prova de cada habilitação de comunicação (jornalismo, relações públicas etc.) tinha dez perguntas a todos os universitários, 15 comuns a todas as áreas da comunicação e 15 específicas. Foram anuladas as questões 18 e 19, na parte comum às áreas de comunicação; as de número 30, 33 e 35 de jornalismo; a 33 e a 37 de publicidade; a 34 e a 36 de relações públicas; e a 34 e a 38 de cinema.
A correção da prova considerará que todos os alunos acertaram as perguntas anuladas. As questões foram elaboradas pela Consulplan, empresa contratada pelo Inep (instituto ligado ao MEC) para aplicar a prova.
A anulação, que ainda será divulgada oficialmente, foi decidida pela comissão que analisa as questões e é formada por professores. Segundo membros do colegiado, as perguntas anuladas tinham problemas de formulação no enunciado, respostas incorretas ou mesmo duas alternativas corretas.
A comissão também avaliou que houve erros técnicos em enunciados. É o caso da questão 30 de jornalismo, que pedia a avaliação do aluno sobre uma página de um jornal angolano. O problema é que a impressão da prova só deixava visíveis os títulos da capa do jornal.
Outra questão, de publicidade, perguntava sobre a célebre propaganda "o primeiro valisère a gente nunca esquece", de 1987. Parte da comissão considerou que as respostas exigiam conhecimentos técnicos detalhados sobre um vídeo publicitário que não seria do tempo dos alunos avaliados.
O Inep informou que a avaliação das perguntas cabe às comissões de especialistas de cada área e que o relatório completo com as questões anuladas em todas as áreas será divulgado a partir da próxima semana.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Onze questões da prova de comunicação social do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) foram anuladas por problemas na sua formulação. A prova é aplicada a alunos e formandos de educação superior e serve de base para a avaliação das instituições de ensino. Cada área é examinada de três em três anos.
Uma das anuladas gerou polêmica por pedir que os alunos analisassem críticas feitas na imprensa a Lula, quando disse que a crise mundial no Brasil não passaria de "marolinha".
"Agora é a imprensa internacional que lembra e confirma a previsão do presidente Lula", dizia o enunciado da questão, pedindo em seguida que o aluno avaliasse se houve por parte da imprensa "atitude preconceituosa", "irresponsabilidade", "livre exercício da crítica", "manipulação política da mídia" ou "pré-julgamento".
A resposta prevista no gabarito era "c", ou seja, houve livre exercício da crítica, mas a comissão considerou que a questão envolvia um contexto político que poderia confundir o candidato. Ou seja: pelo fato de a prova ser aplicada pelo governo, o estudante poderia pensar que o certo seria dizer que a crítica da imprensa era preconceituosa ou irresponsável.
A prova de cada habilitação de comunicação (jornalismo, relações públicas etc.) tinha dez perguntas a todos os universitários, 15 comuns a todas as áreas da comunicação e 15 específicas. Foram anuladas as questões 18 e 19, na parte comum às áreas de comunicação; as de número 30, 33 e 35 de jornalismo; a 33 e a 37 de publicidade; a 34 e a 36 de relações públicas; e a 34 e a 38 de cinema.
A correção da prova considerará que todos os alunos acertaram as perguntas anuladas. As questões foram elaboradas pela Consulplan, empresa contratada pelo Inep (instituto ligado ao MEC) para aplicar a prova.
A anulação, que ainda será divulgada oficialmente, foi decidida pela comissão que analisa as questões e é formada por professores. Segundo membros do colegiado, as perguntas anuladas tinham problemas de formulação no enunciado, respostas incorretas ou mesmo duas alternativas corretas.
A comissão também avaliou que houve erros técnicos em enunciados. É o caso da questão 30 de jornalismo, que pedia a avaliação do aluno sobre uma página de um jornal angolano. O problema é que a impressão da prova só deixava visíveis os títulos da capa do jornal.
Outra questão, de publicidade, perguntava sobre a célebre propaganda "o primeiro valisère a gente nunca esquece", de 1987. Parte da comissão considerou que as respostas exigiam conhecimentos técnicos detalhados sobre um vídeo publicitário que não seria do tempo dos alunos avaliados.
O Inep informou que a avaliação das perguntas cabe às comissões de especialistas de cada área e que o relatório completo com as questões anuladas em todas as áreas será divulgado a partir da próxima semana.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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